Enquete: Homem Honrado de 2019
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Jair Messias Bolsonaro
23.81%
10 23.81%
Bruce Lee
9.52%
4 9.52%
Tommy Robinson
0%
0 0%
Miyamoto Musashi
4.76%
2 4.76%
Nessahan Alita
19.05%
8 19.05%
Alberto Santos Dumont
7.14%
3 7.14%
Carlos Martel
26.19%
11 26.19%
Hans-Hermann Hoppe
7.14%
3 7.14%
Irineu Evangelista de Souza
2.38%
1 2.38%
Total 42 voto(s) 100%
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Avaliação do Tópico:
  • 1 Voto(s) - 5 em Média
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[DEBATE] Homem Honrado de 2019
#1
Vamos à votação do Homem Honrado de 2019. Abaixo a lista dos candidatos, com breves descricões sobre os mesmos. Cada membro terá, assim como em 2018, direito a 2 (dois) votos.

vencedor de fevereiro de 2019 foi Jair Messias Bolsonaro.

vencedor de março de 2019 foi Bruce Lee.
vencedor de abril de 2019 foi Tommy Robinson.
vencedor de maio de 2019 foi Miyamoto Musashi.
vencedor de junho de 2019 foi Nessahan Alita.
vencedor de julho de 2019 foi Alberto Santos Dumont.
vencedor de agosto de 2019 foi Carlos Martel.

vencedor de setembro de 2019 foi Hans-Hermann Hoppe.
O vencedor de outubro de 2019 foi Irineu Evangelista de Souza.

O primeiro candidato, Jair Bolsonaro, dispensa apresentações. Mas se alguém quiser acrescentar, fique à vontade em contribuir. Foi indicado por diversos membros em vários momentos de 2018, e foi candidato e vencedor em janeiro/2019.

O segundo candidatoBruce Lee, foi indicado pelo @Libertador .



[Image: 1a6627da78960e2d71cc1b0a99422244-700.jpg]



No fórum temos dois tópicos que falam um pouco sobre ele:



BRUCE LEE: O preço do desenvolvimento pessoal


Jeet Kune Do - Filosofia de Bruce Lee e o Desenvolvimento Pessoal

O terceiro candidatoTommy Robinson, foi indicado pelo @Fernando_R1 . Não consigo colar os vídeos aqui, então acessem o tópico de abril para mais informações.

O quarto candidato, foi Miyamoto Musashi, indicado pelo @Raynor. Ele 
Citação:foi um espadachim e ronin, por vezes identificado como um samurai, criador do estilo de luta com duas espadas chamado [b]Niten Ichi Ryu[/b] e escritor do tratado sobre artes-marciais conhecido como o [b]Livro dos Cinco Anéis[/b] Segundo o Livro dos Cinco Anéis, Musashi nunca foi derrotado em combate, apesar de ter enfrentado mais de sessenta oponentes, algumas vezes mais de um simultaneamente.  Além de ter sido um duelista imbatível desde os 13 anos de idade, Musashi também se dedicou a outras artes, como a pintura, caligrafia e a escultura, e chegou a escrever livros sobre esgrima e estratégia. 


O quinto candidatoNessahan Alita, foi indicado pelo @Libertador, e também dispensa apresentações (assim espero). Novamente, a contribuições sobre o candidato são bem vindas.

O sexto candidato, Alberto Santos Dumont, foi indicado pelo @"Jagunço" 

Vou fazer mais duas indicações que não sei se encaixam exatamente na temática, cabe ao @Mr. Rover decidir. Trata-se dos pioneiros da aviação. Há divergências sobre quem foi o primeiro  a fazer voar uma máquina mais pesada que o ar, se Santos Dumont ou os irmãos Wright. Sendo assim, vou indicar o trio. O @Mr. Rover decide se vai pôr sob escrutínio todos os indicados, só um deles ou nenhum.



Santos Dumont



Alberto Santos Dumont (Palmira, atual Santos Dumont, 20 de julho de 1873 — Guarujá, 23 de julho de 1932) foi um aeronauta, esportista e inventor brasileiro.



Santos Dumont projetou, construiu e voou os primeiros balões dirigíveis com motor a gasolina. Esse mérito lhe é garantido internacionalmente pela conquista do Prêmio Deutsch em 1901, quando em um voo contornou a Torre Eiffel com o seu dirigível Nº 6, transformando-se em uma das pessoas mais famosas do mundo durante o século XX. Com a vitória no Prêmio Deutsch, ele também foi, portanto, o primeiro a cumprir um circuito pré-estabelecido sob testemunho oficial de especialistas, jornalistas e populares.



[Image: santos-dumont.jpghttp:]   [Image: voo-2.jpghttp:]



Santos Dumont também foi o primeiro a decolar a bordo de um avião impulsionado por um motor a gasolina. Em 23 de outubro de 1906 voou cerca de sessenta metros a uma altura de dois a três metros com o Oiseau de Proie' (francês para "ave de rapina"), no Campo de Bagatelle, em Paris. Menos de um mês depois, em 12 de novembro, diante de uma multidão de testemunhas, percorreu 220 metros a uma altura de 6 metros com o Oiseau de Proie III. Esses voos foram os primeiros homologados pelo Aeroclube da França de um aparelho mais pesado que o ar e possivelmente a primeira demonstração pública de um veículo levantando voo por seus próprios meios, sem a necessidade de uma rampa para lançamento.


Apesar de os brasileiros considerarem Santos Dumont como o responsável pelo primeiro voo num avião, na maior parte do mundo o crédito à invenção do avião é dado aos irmãos Wright.

O sétimo candidato, Carlos Martel, foi indicado por mim.


[Image: carlos-martel.jpg?fit=229%2C240]



Carlos Martel: Um homem destemido para tempos tenebrosos


Por Antonio Cabrera*

       “Um homem como eu fugiria?” – Ne 6:11



No restaurante onde eu almoçava na última quarta (18/11) a televisão  estava ligada e um repórter, ao vivo, ao lado de uma construção majestosa que me parecia conhecida transmitia o resultado da caçada da polícia francesa aos terroristas do ultimo atentado em Paris:



foram sete horas de combate, mais de cinco mil tiros disparados, sete pessoas presas e dois terroristas mortos, dentre eles uma mulher que se explodiu.



E terminou dizendo o seu nome, exclamando:


“…, direto de Saint-Denis.” Saint-Denis?


Nos dois dias seguintes vi e li um sem número de matérias sobre a tragédia, com todo o tipo de personalidade ou especialista descrevendo ou tentando explicar ou justificar o injustificável.   Mas fiquei surpreso que não li uma linha sequer sobre este local:



Saint-Denis.



Relembro.


Spoiler Revelar

A irônica lição da história é que nesta Catedral de Saint-Denis está enterradoCarlos Martel (da Wikipedia), que em 732 liderou uma das mais épicas e brilhantes batalhas da história, a Batalha de Poitiers impedindo que os muçulmanos tomassem o coração da Europa cristã.



Como espanhol que sou, talvez eu tenha mais facilidade em lembrar este episódio.



Os muçulmanos já tinham tomado a Espanha, invadindo toda a Península Ibérica com uma velocidade fulgurante, promovendo um imenso botim, escravizando as populações (infiéis) das regiões conquistadas com uma notável crueldade e estavam batendo às portas da França.



Reforçando, Carlos Martel não é apenas o inicio da linhagem de conhecidos reis (seu neto foi Carlos Magno) mas ele será sempre lembrado como o homem que promoveu a ação que salvou a Europa do expansionismo muçulmano, e a sua vitória é considerada decisiva para a história mundial na medida em que preservou a Europa ocidental da islamização.



Enquanto o mundo assistia perplexo o avanço implacável dos mouros, impondo o julgo do Islã nos territórios abarcados, eis que se acendeu uma nova estrela no firmamento da Cristandade.



Carlos Martel não foi apenas o líder do exército cristão que prevaleceu em Tours.  Carlos Martel foi um verdadeiro gigante do início da Idade Média, um general brilhante em uma época privada desse tipo de talento e considerado o pai da cavalaria pesada ocidental.



Melhor é recorrer ao historiador  Edward Gibbon:



“A Cristandade continuou pelo gênio e boa sorte de um homem: Carlos Martel”.



Sorte?



De Tolouse, Martel observava que os muçulmanos estavam tomando  grande parte da Europa e, convencido de que chegariam logo à França,  começou a se preparar para as batalhas futuras.



Ele acreditava na necessidade de um exército em tempo integral, treinando-o com um corpo de veteranos para habilitar os recrutas comuns para os  tempos de guerra que se aproximavam. Durante a Baixa Idade Média, as tropas estavam disponíveis apenas após as sementeiras terem sido plantadas e antes da época de colheita.



Para treinar o tipo de infantaria que se poderia opor à cavalaria pesada muçulmana, Carlos precisava delas o ano todo, o que exigia pagá-las para que suas famílias pudessem manter-se. Para obter este dinheiro, em uma atitude ousada, ele tomou propriedades e terras da Igreja, e usou os fundos para pagar aos soldados.



Leve em conta que naquela época, antes da Reforma Protestante, havia apenas uma igreja, que enfurecida, estava pavimentando a excomunhão de Carlos Martel.



Mas então se iniciam as invasões muçulmanas com exércitos extremamente bem equipados e como se fossem um imenso enxame, seus cavalos começaram a pisar em solo francês.



Em sua visão de general e brilhante estrategista, Martel procurou entender o que seria necessário para  se opor a uma grande força e a uma tecnologia superior (os cavaleiros muçulmanos possuíam estribos em suas montarias, algo desconhecido para os europeus).



Assim, ele treinou a nata de seus homens um ano inteiro e estudou as forças inimigas, para em seguida se adaptar a elas, inicialmente usando estribos e selas recuperadas dos cavalos mortos dos inimigos, e armaduras dos cavaleiros mortos. Sim, os europeus ainda não tinham conhecimento das armaduras dos cavaleiros muçulmanos.



Portanto, Carlos Martel não titubeou em enviar seus poucos cavaleiros contra a cavalaria islâmica, pois tinha treinado o seu exército para atacar numa formação usada pelos antigos gregos para resistir a um número superior de armas pela disciplina, coragem e a aceitação de morrer por sua causa: a defesa do cristianismo.

[size=undefined]
Foi destas táticas que nasceu a falange da cavalaria medieval, uma tática que originou as vitórias esplendorosas de Carlos Martel.  Foi esta incorporação da cavalaria pesada blindada nos exércitos ocidentais que criou os primeiros “cavaleiros” do Ocidente.[/size]


Além do mais, a sua habilidade e experiência em coordenar infantaria e cavalaria era inigualável para aquelas épocas e lhe permitiu enfrentar invasores em maior número, e derrotá-los de maneira absoluta e repetidamente.





Foi um comandante tático por excelência, capaz de no calor da batalha adaptar seus planos às forças e aos movimentos dos inimigos – e, espantosamente, derrotá-los de maneira surpreendente, mesmo quando eles eram muito superiores em número de homens e armas.



Carlos possuía a mais elevada qualidade com a qual se define a grandiosidade genuína em um comandante militar:
  • ele antevia os perigos que seus inimigos poderiam causar, e se preparava para eles com cuidado;
  • ele usava o solo, a hora, o lugar e a lealdade de suas tropas para contrabalançar a superioridade de seus inimigos em armas e táticas;
  • e, finalmente, ele se adaptava, repetidamente, ao inimigo no campo de batalha, mudando rapidamente para compensar o inesperado e o imprevisível.
Dada a complexidade dos dias atuais, cuja desordem exige planejamento, técnica e estratégia para enfrentar novamente este terror, onde está o nosso Carlos Martel?



Voltando aos estudiosos da História, Thomas Arnold classifica a vitória de Carlos Martel no seu impacto sobre toda a história moderna:



“A vitória de Carlos Martel em Tours foi um daqueles sinais de libertação que influenciaram por séculos a alegria da humanidade”.



Historiadores alemães são especialmente ardentes em seus elogios a Martel e nas suas crenças de que ele salvou a Europa e a cristandade da conquista total do Islã.



Já Schlegel fala sobre suas “poderosas vitórias” em termos de calorosa gratidão, e conta como “o braço de Carlos Martel salvou e livrou as nações cristãs do Ocidente da captura fatal da destruição completa pelo Islão.”



Ranks aponta sua época “como uma das mais importantes épocas na história da humanidade, o início do oitavo século, quando em um dos lados o Islamismo ameaçava conquistar a Itália e a Gália, e do outro a antiga idolatria da Saxônia e da Frísia mais uma vez forçava uma passagem através do Reno. 



As instituições cristãs em perigo, um jovem príncipe da raça germânica, ‘Karl Martell’, surgiu entre os seus defensores, mantendo-os com toda a energia necessária para a autodefesa e finalmente estendendo-a a novas regiões.”



Nos Países Baixos Carlos Martel é considerado um herói.  Especialmente na Alemanha, ele é reverenciado como um herói de proporções épicas.



O já citado  Gibbon chama aqueles oito dias em 732, como “os eventos que salvaram nossos ancestrais da Grã-Bretanha, e nossos vizinhos da Gália, do jugo civil e religioso do Corão”.



Dante Alighieri escreve sobre ele no paraíso como um dos “Defensores da Fé”.



John H. Haaren afirma no seu livro Famous Men of the Middle Ages:



“A batalha de Tours, ou Poitiers, como deveria ser chamada, é considerada como uma das batalhas decisivas da história mundial. Ela decidiu que os cristãos, e não os muçulmanos, seriam o poder dominante na Europa. Carlos Martel é celebrado especialmente como o herói dessa batalha”.



Resumindo, Paul Akers,  diz para aqueles que abraçam o cristianismo, como você e eu:



“vocês talvez reservem um minuto hoje, e a cada outubro, para dizer um silencioso ‘obrigado’ para um bando de alemães semi-bárbaros e especialmente a seu líder, Carlos  Martel”.



No final de sua vida, para quem iria ser excomungado, Carlos Martel recebeu do Papa Gregório III o título de Herói da Cristandade.



Quem poderia imaginar que na terra de um herói desta envergadura se passaria uma episódio como este exibido na televisão?



Quem diria que na terra da reforma, nas paragens dos puritanos,  nos lares dos pietistas,  na brigada dos morávios, no berço das missões modernas a nossa geração iria assistir este continente se tornar pós-cristão, com inúmeras tentativas de remover todas as características da herança judaico-cristã da sua cultura?

[size=undefined]
Como muitas pessoas não sabem nada sobre Carlos Martel ou sobre a história do cristianismo, os valores cristãos são tratados de maneira desdenhosa na França nos dias de hoje.[/size]


Há um senso real em que o sangue destes heróis clama da terra para nós hoje, porque não estamos dispostos a fazer os mesmos sacrifícios que eles fizeram por nós, e, Deus certamente não honrará uma igreja constituída de omissos.



Billy Graham afirmou recentemente que “Como um todo, não sabemos o que é sacrifício. Nós não sabemos o que é sofrimento… Se começarmos a experimentar um pouco de perseguição religiosa, é provável que, sob pressão, muitos negariam a Cristo.”

[size=undefined]
Lembrei-me de um velho ditado cristão em que “Gente muda não muda a igreja.”[/size]


Não estou aqui pregando uma guerra contra os muçulmanos. Não sou contra o islã, mas sei que sou a favor do cristianismo e que meu Mestre ensina que temos que testemunhar neste mundo. Ao invés de terem medo das pessoas de outra religião, os europeus deveriam voltar-se para as raízes do seu continente, para o leito original do cristianismo.



Confiar no Senhor Jesus!  



Como estes antepassados confiaram. Como Carlos Martel. E aí poderão ficar tranquilos quando Deus perguntar:

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“…Onde estás?”  Gn 3:9[/size]

*Antonio Cabrera foi ministro da Agricultura de 1990 a 1992 durante o governo Collor. Mensagem recebida via email, sem alteração de conteúdo, formatada para publicação em blogs.


O oitavo candidato, Hans-Hermann Hoppe, também foi indicado por este que vos fala.

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Hans-Hermann Hoppe é um filósofo e economista libertário alemão-americano da escola austríaca, de tradição anarcocapitalista. É professor emérito de economia na Universidade de Nevada, Las Vegas, tendo se aposentado em 2008. Obteve seu PhD na Universidade de Frankfurt Johann Wolfgang Goethe, na Alemanha. É membro sênior do Ludwig von Mises Institute e co-editor do periódico Review of Austrian Economics.

Suas contribuições abarcam desde a ética - na qual fundamenta o direito natural a partir da teoria discursiva habermasiana - à economia - debatendo o conceito de bem público, passando pela política libertária e a apologia do direito privado como o único ético e eficaz. Também demonstrou cabalmente que família e capitalismo são intrínsecos um ao outro, e portanto, fundamentais à civilização.


Spoiler Revelar

Entretanto, a economização da terra era apenas parte da solução para o problema criado pela crescente pressão populacional. Por meio da apropriação da terra, fez-se um uso mais eficaz da mesma, permitindo que uma população amplamente maior pudesse ser sustentada. Porém, a instituição da propriedade da terra, por si só, não afetou o outro lado do problema: a contínua proliferação de novos rebentos. Esse aspecto do problema também requeria uma solução. Era necessária a criação de uma instituição social que deixasse essa proliferação sob controle. E a instituição criada para consumar esse objetivo foi a instituição da família.  


Como explicou Thomas Malthus, para solucionar o problema da superpopulação, junto com a instituição da propriedade, o "as relações sexuais entre os gêneros" também teve de passar por mudanças fundamentais.





Qual era a relação sexual entre os gêneros antes e qual foi a inovação institucional produzida nesse sentido pela família? Em termos de teoria econômica, pode-se descrever que a mudança se deu de uma situação em que tanto os benefícios de se criar descendentes — a criação de mais um produtor em potencial — quanto especialmente os custos dessa criação — a criação de um consumidor (comedor) adicional — eram socializados, isto é, pagos por toda a sociedade e não apenas pelos "produtores" desses rebentos, para uma situação em que tanto os benefícios quanto os custos envolvidos na procriação passaram a ser internalizados pelos indivíduos diretamente responsáveis pela produção dos rebentos.





Quaisquer que tenham sido os detalhes mais exatos, tudo indica que a instituição de um relacionamento monógamo estável — bem como a de um relacionamento polígamo estável — entre homens e mulheres, o que atualmente é associada ao termo família, é algo relativamente recente na história da humanidade, e foi precedido por uma instituição que pode ser amplamente definida como sendo de relações sexuais "irrestritas" ou "não reguladas", ou mesmo de "matrimônio grupal" ou "poliamor" (algumas vezes também rotulado de "amor livre"). As relações sexuais entre os gêneros durante esse estágio da história humana não excluíam a existência de relacionamentos temporários a dois entre um homem e uma mulher.  





Entretanto, em princípio, toda mulher era considerada uma potencial parceira sexual para todo homem, e vice versa. Nas palavras de Friedrich Engels: "Os homens viviam em poligamia e suas mulheres simultaneamente em poliandria, e seus filhos eram considerados como sendo de todos eles. ... Cada mulher pertencia a todos os homens, e cada homem pertencia a todas as mulheres."





Porém, o que Engels e vários outros socialistas posteriores não perceberam em relação à glorificação do amor livre — tanto a que ocorrera no passado quanto a que supostamente viria no futuro — é o fato de que tal instituição possui um efeito direto na produção de rebentos. Como Ludwig von Mises comentou: "O fato é que, mesmo que uma comunidade socialista possa implementar o 'amor livre', ela não pode de maneira alguma ficar livre de procriações". O que Mises quis subentender com esse comentário é que o amor livre tem consequências: gravidezes e descendentes. E uma prole gera benefícios e também custos. 





Esse dilema não seria um problema enquanto os benefícios excedessem os custos, isto é, enquanto um membro adicional da sociedade agregasse mais a ela como produtor de bens do que subtraísse dela como consumidor — e isso pode perfeitamente vir a ser o caso por algum tempo.





No entanto, como ensina a lei dos retornos, essa situação não pode durar para sempre. Inevitavelmente, chegará um ponto em que os custos de rebentos adicionais irão exceder os benefícios. A partir daí, portanto, qualquer procriação adicional deve ser interrompida — contenções morais devem ser exercidas —, a menos que se queira vivenciar uma queda progressiva nos padrões de vida. Contudo, se as crianças são consideradas como sendo de todo mundo e, ao mesmo tempo, de ninguém, pois todo mundo mantém relações sexuais com todo mundo, então os incentivos para conter a procriação desaparecem ou são significativamente diminuídos. 





Instintivamente, em virtude da natureza biológica do ser humano, todo homem e toda mulher são impulsionados a difundir e espalhar seus genes para a próxima geração da espécie. Quanto mais rebentos um indivíduo gerar, melhor, pois mais de seus genes sobreviverão. É claro que esse instinto humano natural pode ser controlado por uma deliberação racional. Porém, se pouco ou nenhum sacrifício econômico tivesse de ser feito em decorrência dos instintos animais de cada indivíduo — porque todas as crianças seriam sustentadas pela sociedade como um todo —, então pouco ou nenhum incentivo existiria para se empregar a razão em questões sexuais, isto é, para se exercer a contenção moral.





De um ponto de vista puramente econômico, portanto, a solução para o problema da superpopulação deveria ser imediatamente aparente. A administração das crianças — ou, mais corretamente, a curadoria das crianças — tinha de ser privatizada. Em vez de considerar as crianças como sendo propriedade coletiva da "sociedade", ou responsabilidade da "sociedade", ou mesmo ver o nascimento de crianças como um evento natural incontrolado e incontrolável — e, como consequência, encarar as crianças como propriedade de ninguém e não estando aos cuidados de ninguém —, as crianças tiveram de passar a ser consideradas entidades que foram produzidas privadamente e, por isso, confiadas aos cuidados privados de quem as produziu.





Além do mais e finalmente: com a formação de famílias monógamas ou polígamas surgiu outra decisiva inovação. Antes, todos os membros de uma tribo formavam uma família única e uniforme, e a divisão do trabalho intra-tribal era essencialmente uma divisão do trabalho intra-família. Com o advento da formação de famílias veio a fragmentação de uma grande família uniforme em várias famílias independentes, e com isso veio também a formação de várias propriedades privadas sobre a terra. 



Ou seja, a apropriação de terras anteriormente descrita não foi simplesmente uma transição de uma situação em que uma terra que antes era sem dono passou a ser propriedade, mas sim, mais precisamente, uma transição de uma situação em que uma terra até então sem dono foi transformado em propriedade de famílias separadas (permitindo assim também o surgimento da divisão do trabalho inter-famílias).





Consequentemente, portanto, a maior renda social possibilitada pela propriedade da terra não mais era distribuída como era anteriormente: para cada membro da sociedade "de acordo com suas necessidades". A fatia de cada família no total da renda passou a depender do produto que cada uma imputava à economia — isto é, passou a depender do seu trabalho e da sua propriedade investidos na produção. 


Em outras palavras: o antes difuso "comunismo" pode até ter continuado existindo dentro de cada família, porém o comunismo desapareceu da relação entre os membros de famílias diferentes.  s rendas das diferentes famílias eram distintas, dependentes da quantidade e da qualidade do trabalho e da propriedade investidos, e ninguém tinha o direito de reivindicar a renda produzida pelos membros de outra família. Com isso, a "carona" sobre os esforços alheios tornou-se amplamente — ou totalmente — impossível. Aquele que não trabalhasse não mais poderia esperar comer gratuitamente.


E o nono e último vencedor mensal de 2019 foi Irineu Evangelista de Souza, indicado pelo @Libertador.

Biografia de Barão de Mauá

Barão de Mauá (Irineu Evangelista de Sousa) (1813-1889) foi um industrial e político brasileiro. Pioneiro da industrialização no Brasil, foi um símbolo dos capitalistas empreendedores brasileiros do século XIX. Foi responsável por grandes obras como um Estaleiro, a Companhia Fluminense de Transporte e a primeira estrada de ferro ligando o Rio de Janeiro à Petrópolis. Investiu como sócio nas ferrovias do Recife e de Salvador que chegavam até o Rio São Francisco, entre várias outros empreendimentos.



Infância e Adolescência

Irineu Evangelista de Sousa nasceu em Arroio Grande no Rio Grande do Sul em 28 de dezembro de 1813. Filho do fazendeiro João Evangelista de Ávila e Sousa e Maria de Jesus Batista de Carvalho, ficou órfão de pai aos oito anos de idade, sendo entregue aos cuidados de um tio, capitão da marinha mercante. Entre 1821 e 1823 permaneceu internado em um colégio em São Paulo.


Spoiler Revelar

Com 11 anos, foi para o Rio de Janeiro onde se empregou como balconista de uma loja de tecidos. Em 1826, com 13 anos já é empregado de confiança do português Antônio Pereira de Almeida. Em 1829, passando dificuldades, os bens de Almeida passam para seu maior credor, o inglês Ricardo Carruthers. Irineu passa então a trabalhar como caixeiro da Companhia Inglesa, especializada em importação e exportação.



Sócio da Carruthers & Cia

Em 1836, com 23 anos, dominando o inglês, Irineu Evangelista de Souza torna-se sócio gerente da empresa Carruthers. Em 1837, seu sócio vai para a Inglaterra, deixando Irineu à frente do negócio. Após 20 anos de trabalho, o jovem havia acumulado uma importante fortuna pessoal. Enquanto prosperava, adquiriu uma chácara no Morro de Santa Teresa. Chamava seus empregados de meus auxiliares. Criou antipatia de senhores de engenho e também da corte, por dar abrigo a escravos foragidos.



Em 1839 vai buscar sua mãe, sua irmã e sua sobrinha Maria Joaquina, com 15 anos e, as três se instalam em sua chácara. Nesse mesmo ano, Mauá vai para a Inglaterra e traz um anel de ouro, que presenteia a sobrinha, era o pedido de casamento. Casaram-se em 1841 e juntos tiveram 12 filhos dos quis 10 sobreviveram. Dona Guilhermina, sua irmã e sogra, comandava a casa, agora uma mansão na Rua do Catete.



Primeiras Indústrias

Em 1845, Irineu vende sua parte na Carruthers e adquire uma pequena fundição, situada na Ponta da Areia em Niterói. Vai buscar recursos na Inglaterra, estava convencido que o Brasil deveria caminhar para a industrialização. Nesse mesmo ano constrói um estaleiro da Companhia Ponta da Areia, iniciando a indústria naval brasileira. Logo, multiplica por quatro seu patrimônio.



Título de Barão de Mauá

Irineu Evangelista de Sousa foi pioneiro no campo dos serviços públicos. Em 1852 fundou a Companhia Fluminense de Transportes, em 1853 criou a Companhia de Navegação a Vapor do rio Amazonas, obtendo o direito à navegação por 30 anos. A Amazônia teve pela primeira vez um transporte regular entre seus pontos mais longínquos.



Em 1854 fundou a Companhia de Iluminação a gás do Rio de Janeiro e no dia 30 de abril inaugura 15 km da primeira estrada de ferro ligando o Porto Mauá, na baía da Guanabara, à encosta da Serra da Estrela. Entre os convidados estava Dom Pedro II, que no mesmo dia concede a Irineu o título de "Barão de Mauá". A locomotiva recebe o nome de "Baronesa" em homenagem à sua esposa. Inaugurou nesse mesmo ano o trecho inicial da União e Indústria, primeira rodovia pavimentada do país, entre Petrópolis e Juiz de Fora.



Empresário e Banqueiro

Em sociedade com capitalistas ingleses e cafeicultores paulistas, o Barão de Mauá participou da construção da Estrada de Ferro Dom Pedro II, atual Central do Brasil, da Estrada de Ferro Recife – São Francisco e da Santos-Jundiaí. Iniciou a construção do canal do mangue no Rio de Janeiro e foi o responsável pela instalação dos primeiros cabos telegráficos submarinos, ligando o Brasil à Europa.



O Barão de Mauá fundou, no final da década de 1850, o Banco Mauá, MacGregor & Cia. Em seguida abriu filiais do banco em várias capitais brasileiras, e também nas cidades de Londres, Nova Iorque, Buenos Aires e Montevidéu. Ajudou a fundar o segundo Banco do Brasil, pois o primeiro havia falido em 1829.



Falência

Liberal, abolicionista e contrário à Guerra do Paraguai, o Barão de Mauá forneceu os recursos financeiros necessários para a defesa de Montevidéu quando o governo imperial decidiu intervir nas questões do Prata, em 1850, tornando-se persona non grata no Império. Suas fábricas passaram a ser alvo de sabotagens criminosas e seus negócios foram abalados pela legislação que sobretaxava as importações de matéria prima para suas indústrias. Em 1857 seu estaleiro foi criminosamente incendiado.



O Barão de Mauá foi deputado pelo Rio Grande do Sul em diversas legislaturas, mas renunciou ao mandato em 1873 para cuidar de seus negócios ameaçados desde a crise bancária de 1864. Apesar de todas as realizações, o Barão de Mauá terminou falindo.



Visconde de Mauá

Em 1874, Irineu recebe o título de Visconde de Mauá. Em 1875, com o encerramento do Banco Mauá, viu-se obrigado a vender a maioria de suas empresas a capitalistas estrangeiros. Doente, sofrendo com a diabetes, só descansou depois de pagar todas as dívidas encerrando com nobreza todas as suas atividades, embora sem patrimônio.


Barão de Mauá, faleceu em Petrópolis, Rio de Janeiro, no dia 21 de outubro de 1889.


Para não ficar um tópico gigantesco, decidi colocar algumas informações em spoilers. Cada membro terá, assim como em 2018, direito a 2 (dois) votos, com as votações abertas até 31/12/2019. 

Para a terceira edição anual das votações do Homem Honrado, em 2020, serão 6 votações, a serem realizadas nos meses ímpares, com a votação anual ocorrendo em dezembro. Aqueles membros que se interessarem em conduzi-las podem se manifestar.
  • Sem a visão de um objetivo um homem não pode gerir a sua própria vida, e muito menos a vida dos outros.
Leia: Nuvem de Giz
Responda-o
#2
Voted

Responda-o
#3
Votado. Votemos.
Responda-o
#4
Votado!
"Fiat justitia, et pereat mundus..."
Responda-o
#5
Nossa, grata surpresa nos resultados. Fico orgulhoso da escolha dos senhores (ao menos até aqui).
Um homem com escolhas é um homem livre.
Responda-o
#6
Votado.
Por mínimo que seja o que um homem possua, sempre descobre que pode contentar-se ainda com menos."
Responda-o
#7
(20-11-2019, 10:17 PM)Gorlami Escreveu: Nossa, grata surpresa nos resultados. Fico orgulhoso da escolha dos senhores (ao menos até aqui).

Bem que eu disse né Yaoming
  • Sem a visão de um objetivo um homem não pode gerir a sua própria vida, e muito menos a vida dos outros.
Leia: Nuvem de Giz
Responda-o
#8
Up para quem não votou.
  • Sem a visão de um objetivo um homem não pode gerir a sua própria vida, e muito menos a vida dos outros.
Leia: Nuvem de Giz
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#9
Votado!
Spoiler Revelar
Memento Mori 

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#10
Voto concluido!
"É o saldão das balzacas"  Minerin 
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#11
Com 11 de 42 votos, o equivalente a 26.19%, o vencedor do Homem Honrado de 2019 foi Carlos Martel.

[Image: carlos-martel.jpg?fit=229%2C240]

Obrigado a todos que participaram ao longo do ano, e que as votações continuem cada vez melhores em 2020.
  • Sem a visão de um objetivo um homem não pode gerir a sua própria vida, e muito menos a vida dos outros.
Leia: Nuvem de Giz
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