02-07-2019, 03:28 PM
Na noite de ontem, após o término da minha jornada de trabalho, estava debatendo com um colega de profissão na sala dos professores sobre o comportamento dos nossos alunos, colegas de trabalho, sobre o uso exacerbado de tecnologia e de que modo isso acarretará daqui a poucos anos. Pela manhã de hoje, recebo um e-mail deste meu colega professor com um link a qual gostaria de compartilhar com todos sobre uma matéria correlata do qual falávamos no dia anterior.
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Transformação digital: estamos obesos de informações e famintos de significados
(A transformação digital nos trouxe novos comportamentos, hábitos e possibilidades de escolhas. Hoje vivemos uma era de explosão informacional e déficit de atenção)
Ontem estava na missa e tinha um jovem na minha frente, aparentemente 18 a 19 anos, que demonstrava profunda impaciência e desatenção ao momento. Talvez ele estivesse ali por contragosto, porém, o comportamento dele, por mais que eu tentasse prestar atenção na celebração, já estava me incomodando demasiadamente.
O jovem em questão mexia no celular, balançava a perna, levantava, sentava, olhava para os lados e não se concentrava em uma única ação. Ele podia naquele momento se concentrar na missa ou simplesmente em seu Iphone X de última geração. O fato é que ele (Geração Z) e várias outras pessoas estão com déficit de atenção em detrimento do volume de informação existente.
O excesso de informação que somos impactados diariamente nos torna mais acelerados, impacientes e acredite, desatenciosos. Nosso cérebro não foi criado para este volume informacional que somos impactados diariamente. De acordo com a revista Forbes, o volume de dados criado nos últimos dois anos é maior do que a quantidade produzida em toda a história da humanidade. Atualmente, o número de dados armazenados na internet vem crescendo mais rápido do que nunca e tudo indica que até 2020 cerca de 1,7 megabyte de novas informações serão criadas por segundo para cada uma das pessoas no planeta. A cada segundo nós criamos um novo dado. Um exemplo disso é que, só no Google, a humanidade faz cerca de 40.000 consultas por segundo, o que significa 3,5 bilhões de buscas por dia e 1,2 trilhão por ano.
Todos esses dados e informações, repito - não temos capacidade cognitiva de armazenar, decodificar e utilizar assertivamente. Estamos passando, como sempre digo a uma grande amiga especialista em Transformação Digital, por uma disfunção narcotizante: a informação que deveria ser uma função, acaba por se tornar uma disfunção da comunicação. De acordo com os sociólogos americanos Merton e Lazarsfeld o acúmulo de informação serve para "narcotizar" o cidadão em vez de estimulá-lo.
De acordo com Thiago Ávila, conselheiro consultivo da Open Knowledge Brasil, nas perspectivas atuais, 67% da oferta de dados em 2020 poderão ser inúteis para reuso e apoio à construção do conhecimento e subsidiar a tomada de decisão.
Para finalizar, outro fenômeno social oriundo do excesso de informações e opções é o paradoxo das escolhas, título do livro do professor de Teoria Social da Universidade de Swarthmore, Barry Schwartz, que nos fala que todo este excesso também pode reduzir a felicidade uma vez que nos sentimos culpados com possíveis escolhas. A Revista Época Negócios publicou recentemente uma reportagem onde mostra que de acordo com o mesmo sociólogo, podemos entrar nos seguintes estados:
O excesso de informação que somos impactados diariamente nos torna mais acelerados, impacientes e acredite, desatenciosos. Nosso cérebro não foi criado para este volume informacional que somos impactados diariamente. De acordo com a revista Forbes, o volume de dados criado nos últimos dois anos é maior do que a quantidade produzida em toda a história da humanidade. Atualmente, o número de dados armazenados na internet vem crescendo mais rápido do que nunca e tudo indica que até 2020 cerca de 1,7 megabyte de novas informações serão criadas por segundo para cada uma das pessoas no planeta. A cada segundo nós criamos um novo dado. Um exemplo disso é que, só no Google, a humanidade faz cerca de 40.000 consultas por segundo, o que significa 3,5 bilhões de buscas por dia e 1,2 trilhão por ano.
Todos esses dados e informações, repito - não temos capacidade cognitiva de armazenar, decodificar e utilizar assertivamente. Estamos passando, como sempre digo a uma grande amiga especialista em Transformação Digital, por uma disfunção narcotizante: a informação que deveria ser uma função, acaba por se tornar uma disfunção da comunicação. De acordo com os sociólogos americanos Merton e Lazarsfeld o acúmulo de informação serve para "narcotizar" o cidadão em vez de estimulá-lo.
De acordo com Thiago Ávila, conselheiro consultivo da Open Knowledge Brasil, nas perspectivas atuais, 67% da oferta de dados em 2020 poderão ser inúteis para reuso e apoio à construção do conhecimento e subsidiar a tomada de decisão.
Para finalizar, outro fenômeno social oriundo do excesso de informações e opções é o paradoxo das escolhas, título do livro do professor de Teoria Social da Universidade de Swarthmore, Barry Schwartz, que nos fala que todo este excesso também pode reduzir a felicidade uma vez que nos sentimos culpados com possíveis escolhas. A Revista Época Negócios publicou recentemente uma reportagem onde mostra que de acordo com o mesmo sociólogo, podemos entrar nos seguintes estados:
- Paralisia de análise: As pessoas passam mais tempo analisando as opções quando elas são muitas.
- Arrependimento antecipado: São tantas opções que nenhuma parece perfeita.
- Arrependimento pós-decisão: Quando uma pessoa faz determinada escolha, ela muitas vezes se arrepende da decisão, já que a experiência pode não ter sido tão boa quanto se o a escolha fosse outra
- Expectativas escaladas: Quanto mais opções existem, maiores são as expectativas. E com expectativas grandes, aumentam as chances de decepção.
E aí? O que fazer? Meu conselho é simples: equilibre-se! Faça uma curadoria pessoal de temas e páginas que realmente são relevantes, se imponha horas e tempos para consumir seus conteúdos e principalmente – se desconecte com frequência.
Existe vida real fora do mundo digital.
Existe vida real fora do mundo digital.
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Um Abraço Fraterno!
"Fiat justitia, et pereat mundus..."