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Versão completa: A Matrix do Amor Romântico (segundo o Shibumismo)
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Estava olhando uns textos bem antigos meus e comecei a atualizar algumas definições e teorias. Segue um trecho de um texto onde defino o conceito de pseudo-idealização

"Podemos dizer que a tal Matrix do amor romântico nada tem de romântico, além de seu sentido poético. Não se trata apenas de crença, mas uma insistência em um tipo específico de ilusões. Aqui, o termo "romântico" recebe um conteúdo auto-contraditório, indicando basicamente uma unilateralidade. 

Para evitar confusões, é necessário esclarecer que a "Matrix do Amor Romântico" nada tem a ver com amor ou romantismo - e nem mesmo com o que conhecemos como "amor romântico" -, mas com o que podemos chamar de "pseudo-idealização": uma teimosia emocional quase imperceptível na crença de que uma pessoa é tudo aquilo que não é.

 O conceito de "pseudo-idealização" pode ser definido como uma distorção da própria idealização, sendo uma contradição em si mesma, uma vez que a própria idealização é traída pelo indivíduo fragilizado, que passa a ter todos seus ideais inconscientemente transmutados numa idealização precipitada, com o objetivo de adequá-la a uma pessoa que seja o extremo oposto de sua verdadeira idealização

Tal operação é motivada por uma necessidade extrema de auto-engano, sendo seu gatilho ativado por situações onde a pessoa se encontra presa a um relacionamento auto-destrutivo e que não consegue de sair devido a uma covardia emocional que a faz distorcer toda realidade sobre a outra pessoa por ser incapaz de aceitar o erro, uma vez que tal aceitação exige uma atitude."

(o original é tudo um parágrafo, mas separei aqui em 4 pra ficar mais agradável a leitura. preciso perder essa mania de ficar fazendo parágrafos gigantes)
Não entendi, me pareceu confuso.

Segundo seu pensamento, o que seria a idealização?
Pra facilitar a compreensão, sugiro explicar o que são as seguintes coisas:
1 - matrix do amor romântico
2 - romantismo
3 - 'própria idealização
4 - verdadeira idealização
5 - amor romântico
6 - pseudo-idealização

A única definição clara é a da pseudo-idealização. E há 2 definições diferentes para esse mesmo termo.
Significado 1 - teimosia emocional quase imperceptível na crença de que uma pessoa é tudo aquilo que não é
Significado 2 - distorção da própria idealização

Não é possível discutir a diferença as coisas sem definir o que elas são. Percebi que você inventa um termo do nada e depois fala que ele é contraditório consigo mesmo, citando outro termo inventado pra explicar a diferença entre ele e uma palavra com significados diferentes.
Por exemplo, uma pessoa tem uma idealização bem específica do q seria a mulher perfeita: algumas das várias características que ele considera ideal numa mulher seria ela ser carinhosa, recatada, caseira, querer sempre ficar perto dele etc.

Entao esse cara conhece uma mulher q acha extremamente atraente e começa a ficar com ela e logo estão namorando... porém, essa mulher eh baladeira, fria, attwhore, vive sumindo pq sempre andando e cagando p ele etc.

O cara, porém, insiste em continuar com ela, mesmo sendo uma relação de bosta com uma chata que só faz merda e vive dando dor de cabeça pra ele, pq eh incapaz de terminar por algum motivo qualquer, como, por exemplo, apego, não querer ficar sozinho, nao querer perder uma mulher tao atraente, se sentir fodao por estar c ela etc etc etc.

Entao ele arruma uma descupa p si mesmo pra continuar c ela, mesmo ela sendo o q ele mais detesta, o extremo oposto de tudo q sempre idealizou. Assim, ele começa a distorcer a propria idealização para q se adeque a ela: se ela eh fria, ele diz q ela eh perfeita pq nao eh uma chata melosa; se ela eh baladeira, diz q eh uma mulher divertida e nao uma chata q vive trancada em casa; se eh attwhore, diz q eh uma mulher original, segura, sensual, q sabe se vestir etc; se some, diz q ela eh uma mulher pé no chão, responsável, que tem vida própria, que não fica sufocando ele, q respeita o espaço dele etc. Aqui ele distorce tudo pra condicionar a propria idealização ao q ela eh.

Outra coisa q pode acontecer eh manter alguns ideias e relativiza-lo: o cara sempre quis uma mulher que só tivesse olhos pra ele, mas está com que mete galho nele direto, entao se engana dizendo q ela estava apenas tentando fazer ciumes nele por amá-lo demais...

Etc.

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(10-01-2016, 12:56 AM)Aragons Escreveu: [ -> ]Pra facilitar a compreensão, sugiro explicar o que são as seguintes coisas:
1 - matrix do amor romântico
2 - romantismo
3 - 'própria idealização
4 - verdadeira idealização
5 - amor romântico
6 - pseudo-idealização

A única definição clara é a da pseudo-idealização. E há 2 definições diferentes para esse mesmo termo.
Significado 1 - teimosia emocional quase imperceptível na crença de que uma pessoa é tudo aquilo que não é
Significado 2 - distorção da própria idealização

Não é possível discutir a diferença as coisas sem definir o que elas são. Percebi que você inventa um termo do nada e depois fala que ele é contraditório consigo mesmo, citando outro termo inventado pra explicar a diferença entre ele e uma palavra com significados diferentes.
Deveria ter percebido q escrevi antes que era um TRECHO.

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Interessante...


Obsessão auto hipnótica platônica ?

Aguardando a tradução...

[Image: Selvazzano%20-%20scale%20labirinto.jpg]
A matrix do 'amor romantico' foi uma maneira que os endinheirados conseguissem atraves da midia enfraquecer emocionalmente os homens, neutralizando assim possiveis concorrentes!
Muito bom, destaquei essa parte:

"pseudo-idealização": uma teimosia emocional quase imperceptível na crença de que uma pessoa é tudo aquilo que não é."

Isso é bastante observado em maus relacionamentos, com os matrixianos, quando mesmo quando analisados e confrontados com a realidade da companheira que acreditam ser o que não é (o que se define na Real como exceção), o retardado não enxerga a pessoa e permanece APEGADO a ela e insistindo no relacionamento como um louco buscando a auto-destruição.
Valew, Thoth Big Grin

nova parte da teoria sobre matrix:

"É verdade que, desde o nascimento somos condicionados a viver dentro de diversas Matrix, tomando-as como verdades únicas e absolutas e, conseqüentemente, acreditando em todas suas ilusões. Essa Matrix do Amor Romântico, muitas vezes, pode ser causa principal do sofrimento emocional de uma pessoa, levando-a a crer em ilusões para depois arrancá-la subitamente destas mesmas ilusões, levando-a ao desespero, ao fundo do poço e, em casos mais extremos, ao suicídio.

Porém, como com qualquer conceito, toda cautela é necessária para não ceder à tentação das generalizações precipatadas. É extremamente importante deixar claro que tal condicionamento não significa, literalmente, que o meio seja o verdadeiro responsável: podemos dizer que o sentido do que chamamos "condicionamento" é mais figurado, uma vez que se limita ao fornecimento dos objetos necessários para a construção de sua Matrix - cabe ao indivíduo a decisão final de aceitar ou recusar os objetos que lhe são oferecidos, assim como todo o planejamento e construção da obra, sendo, portanto, o único responsável pelo resultado de sua própria Matrix."
(10-01-2016, 01:18 AM)lawlyet leonardo Escreveu: [ -> ]O cara, porém, insiste em continuar com ela, mesmo sendo uma relação de bosta com uma chata que só faz merda e vive dando dor de cabeça pra ele, pq eh incapaz de terminar por algum motivo qualquer, como, por exemplo, apego, não querer ficar sozinho, nao querer perder uma mulher tao atraente, se sentir fodao por estar c ela etc etc etc.

"Infusão de vulva debilita o campeiro".

(chá de buça derruba o peão)
Novo trecho:

"Nos relacionamentos, esta Matrix desempenha seu papel no reforço das crenças disfuncionais, muitas vezes já presentes no indivíduo, relativas a amor romântico, relacionamentos tranqüilos e pureza do ser amado. Trabalhando na distorção desses conceitos, tais crenças disfuncionais acabam por gerar no indivíduo um conflito entre o intelectual e o emocional: por mais berrantes que possam ser as evidências, o indivíduo termina por ignorá-las, priorizando o emocional em detrimento do intelectual, de acordo com as exigências do momento em que se encontra. Podemos dizer que tal operação se dá em 3 fases:

1. Aceitação intelectual: O intelecto do indivíduo ainda é plenamente capaz de trabalhar na interpretação de suas percepções. É nesta fase que se dá o maior conflito emocional-intelectual: tendo suas capacidades perceptivas inalteradas, o indivíduo aceita as evidências intelectuais e decide por continuar dentro de tal situação, criando inconscientemente uma desculpa para poder suportar tal conflito: é a famosa segunda chance - por exemplo: "Não acredito que isso aconteceu. Vou dar uma segunda chance, contanto que não se repita. Se isso acontecer novamente, então acabou para sempre!"

2. Relativização intelectual: Não sendo mais capaz de se manter no conflito da primeira fase, o intelecto do indivíduo passa a agir na distorção de suas percepções, afim de relativizar atitudes que já não poderiam ser trabalhadas na primeira fase. É aqui que começam as desculpas: "não está me maltratando, é que ela é insegura e tem medo de sofrer"

3. Subordinação do intelecto: Aqui, o intelectual se subordina completamente ao emocional. Uma vez que uma mesma situação não pode se repetir indefinidamente dentro de uma primeira ou segunda fase, o indivíduo passa a subordinar o próprio intelecto às suas necessidades emocionais. É o momento em que seus valores finalmente passam a ser distorcidos para que possam se adequar à situação em que se encontra: "Ela tem muitos amigos homens que vivem abraçando ela e tentando beijá-la. Tenho sorte de estar com uma mulher tão sociável e cobiçada, ao invés de uma chata sem amigos que vive que nem carrapato atrás de mim. Devo ser bem invejado. Ainda bem sou seguro e confio no meu taco"."
O tópico está se desenvolvendo...

Estamos diante de uma teoria geral da matrix  onde o sujeito é doutrinado demagogicamente e fica vulnerável a todo tipo de ideologia.

O processo e as fases de supressão do intelecto foram sintetizadas e descritas sumariamente. As paixões ideológicas também existem,  o culto a religião politica esquerdista é uma espécie de devoção irracional.
Já postei uns trechos deste texto enquanto estava escrevendo. É uma tremenda atualização de um texto que escrevi em 2010. Ficou meio grande, porém, lá vai: 

"Tendo entendido o conceito de Matrix comumente usado hoje, e sabendo que podemos aplicá-los em vários contextos, podemos observar que este cenário pode, muitas vezes, se repetir nos relacionamentos. Podemos dizer que a tal Matrix do Amor Romântico nada tem de romântico, além de seu sentido poético. Não se trata apenas de crença, mas uma insistência em um tipo específico de ilusões. Aqui, o termo “romântico” recebe um conteúdo auto-contraditório, indicando basicamente uma unilateralidade. Para evitar confusões, é necessário esclarecer que a “Matrix do Amor Romântico” nada tem a ver com amor ou romantismo – e nem mesmo com o que conhecemos como “amor romântico” -, mas com o que podemos chamar de “pseudo-idealização”: uma teimosia emocional quase imperceptível na crença de que uma pessoa é tudo aquilo que não é. O conceito de “pseudo-idealização” pode ser definido como uma distorção da própria idealização, sendo uma contradição em si mesma, uma vez que a própria idealização é traída pelo indivíduo fragilizado, que passa a ter todos seus ideais inconscientemente transmutados numa idealização precipitada, com o objetivo de adequá-la a uma pessoa que seja o extremo oposto de sua verdadeira idealização. Tal operação é motivada por uma necessidade extrema de auto-engano, sendo seu gatilho ativado por situações onde a pessoa se encontra presa a um relacionamento auto-destrutivo e que não consegue de sair devido a uma covardia emocional que a faz distorcer toda realidade sobre a outra pessoa por ser incapaz de aceitar o erro, uma vez que tal aceitação exige uma atitude.

É verdade que, desde o nascimento, somos condicionados a viver dentro de diversas Matrix, tomando-as como verdades únicas e absolutas e, conseqüentemente, acreditando em todas suas ilusões. Essa Matrix do Amor Romântico muitas vezes pode ser causa principal do sofrimento emocional de uma pessoa, levando-a a crer em ilusões para depois arrancá-la subitamente destas mesmas ilusões, atirando-lhe no desespero, ao fundo do poço e, em casos mais extremos, ao suicídio.
Porém, como com qualquer conceito, toda cautela é necessária para não ceder à tentação das generalizações precipatadas. É extremamente importante deixar claro que tal condicionamento não significa, literalmente, que o meio seja o verdadeiro responsável: podemos dizer que o sentido do que chamamos “condicionamento” é mais figurado, uma vez que se limita ao fornecimento dos objetos necessários para a construção de sua Matrix – cabe ao indivíduo a decisão final de aceitar ou recusar os objetos que lhe são oferecidos, assim como todo o planejamento e construção da obra, sendo, portanto, o único responsável pelo resultado de sua própria Matrix.
Nos relacionamentos, esta Matrix desempenha seu papel no reforço das crenças disfucionais, muitas vezes já presentes no indivíduo, relativas a amor romântico, relacionamentos tranqüilos e pureza do ser amado. Trabalhando na distorção desses conceitos, tais crenças disfuncionais acabam por gerar no indivíduo um conflito entre o intelectual e o emocional: por mais berrantes que possam ser as evidências, o indivíduo termina por ignorá-las, priorizando o emocional em detrimento do intelectual, de acordo com as exigências do momento em que se encontra. Podemos dizer que o tal operação se dá em 3 fases:
  1. Aceitação intelectual: O intelecto do indivíduo ainda planamente é capaz de trabalhar na interpretação de suas percepções. É nesta fase que se dá o maior conflito emocional-intelectual: tendo suas capacidades perceptivas inalteradas, o indivíduo aceita as evidências intelectuais e decide por continuar dentro de tal situação, criando inconscientemente uma desculpa para poder suportar tal conflito: é a famosa segunda chance – por exemplo: “Não acredito isso aconteceu. Vou dar uma segunda chance, contanto que não se repita. Se isso acontecer novamente, acabou para sempre!”

  2. Relativização intelectual: Não sendo mais capaz de se manter no conflito da primeira fase, o intelecto do indivíduo passa a agir na distorção de suas percepções, a fim de relativizar atitudes que já não poderiam ser trabalhadas na primeira fase. É aqui que começam as desculpas: “Ela não está me maltratando, é que ela é insegura e tem medo de sofrer”

  3. Subordinação do intelecto: Aqui, o intelectual se subordina completamente ao emocional. Uma vez que uma mesma situação não poder se repetir indefinidamente dentro de uma primeira ou segunda fases, o indivíduo passa a subordinar o próprio intelecto às suas necessidades emocionais. É o momento em que seus valores finalmente passam a ser distorcidos para que possam se adequar à situação em que se encontra: “Ela tem muitos amigos homens que vivem abraçando ela e tentando beijá-la. Tenho sorte de estar com uma mulher tão querida e cobiçada, ao invés de uma chata sem amigos que só vive me enchendo o saco. Devo ser bem invejado. Ainda bem sou seguro e confio no meu taco”.
Dessa forma, tudo concorre para o favorecimento de fortes crenças relativas à integridade da mulher – em alguns casos, daquela que idealiza; em outros, de toda mulher – o que é pior, uma vez que tal idealização, ao contrário do que muitos poderiam pensar, tem menos a ver com respeito e consideração pela mulher como indivíduo do que com um nivelamento em que afetações pseudo-românticas se prestam a um papel meramente estético, escondendo sob si uma espécie de sutil de objetificação, uma vez que o individual é inconscientemente ignorado.
Acreditando com todas as forças que toda mulher – ou pelo menos aquela que idealiza – é um ser angelical, livre de falhas e perfeito em cada molécula de seu ser, tal matrixiano logo poderá se encontrar preso pelas correntes de tal Matrix, cujos ganchos tantas vezes lhe parecerão capazes de perfurar a carne e a alma, inebriando seus sentidos e podendo afundá-lo em uma espécie de abismo emocional, onde, cercado de intenso sofrimento, se permite ser carregado por uma onda de devastação, arruinando a própria vida por migalhas de um amor que talvez nunca tenha existido. Essas ilusões são tão tentadoras que até mesmo os atos mais pérfidos, capazes de refletir o pior que pode haver numa pessoa, são ignorados – afinal, é quase impossível dar as costas para uma doce ilusão, mesmo quando nos encontramos conscientes do absurdo presente na mesma.
O indivíduo atolado nesta matrix acaba por despir-se de sua honra, de seu orgulho e, enfim, de seu amor próprio. É capaz de se humilhar, se rebaixar e se entregar ao sofrimento com a mesma coragem e convicção com que um mártir caminha para o próprio sacrifício. Assim, tal sofrimento causado por esta Matrix também pode ser capaz de ofuscar os objetivos e ambições de um homem (e também de uma mulher). Muitas vezes, este matrixiano se deixa levar pelas paixões mais profanas tendo em vista um único objetivo: o preenchimento de um vazio existencial à partir da ilusão (tão comum hoje) de se sentir “vivo” – infelizmente, tal sensação acaba por ser obtida através da dor sem sentido.
No coletivo, essa matrix costuma ser reforçada por filmes, livros, músicas, poemas e frases de impacto que colocam o amor não retribuído acima do amor próprio. Músicas que idolatram o feminino, a paixão divorciada do amor, as sensações superficiais, cujas letras passam uma mensagem de que é “melhor sofrer por amor do que nunca ter amado” e filmes onde a mulher traí o homem e, ainda assim, terminam com a cena clichê do apaixonado correndo atrás dela no aeroporto são apenas alguns exemplos.
Mulheres não são seres angelicais e perfeitos (ora, ninguém o é). Assim como todo ser humano, a mulher também tem seu lado ruim, que, em muitos casos, pode ser ainda mais sombrio e intenso que o do homem. Também é necessário entender que elas não são necessariamente mais sensíveis que os homens, como costumamos acreditar. Às vezes, a sensibilidade feminina pode não passar de uma máscara, ou mesmo, em certos casos, uma forma de lograr com o instinto de proteção masculino. Desde cedo uma mulher pode aprender, por meio de observação e prática, que às vezes basta uma voz suave para conseguir muito de um homem (e até mesmo de outra mulher). E, se não conseguem com uma voz doce, talvez possam conseguir com o choro (se tudo falhar, ainda existe a sedução). Homens, ao contrário, costumam ser obrigados, desde cedo, a se fecharem internamente: qualquer demonstração de sentimento pode ser ridicularizada e interpretada como fraqueza emocional – até mesmo por aquelas mulheres que parecem mais doces e sensíveis. Um homem que chora pode ser considerado desequilibrado e, não raro, até mesmo fresco – isso se não for visto como chantagista e manipulador. Por esses e outros motivos, os homens, ainda em tenra idade, aprendem a controlar melhor seus sentimentos – o que não significa que não os tenha.
Na verdade, os sentimentos masculinos muitas vezes podem ser ainda mais intensos que os femininos. Os homens, em sua maioria, costumam ser verdadeiramente românticos e capazes de amar uma mulher de forma incondicional. Ao mesmo tempo, também há várias mulheres que não amam simplesmente pelo fato de serem amadas ou por aquilo que é o homem é como ser humano, mas por algum interesse – se é que podemos chamar isso de amor. É esse o tipo de mulher que se vê como um prêmio a ser conquistado, acreditando com todas as forças que o homem apaixonado não passa de um ser débil e fraco. Ainda pior: esse tipo costuma acreditar que são justamente esses os sentimentos que tornam o sujeito indigno de merecê-la. Estruturalmente corrompida, seu interior se encontra numa situação em a menor das futilidades passa a agir como um espelho embaçado, em que toda a luz jogada pela percepção se transforma, passando a refletir de acordo com suas cores e formas. Como a luz, tais reflexos se propagam pelo ser, iluminando o interior do indivíduo de acordo com seus próprios padrões. Uma vez propagado, parte considerável do que foi refletido acabará indo ao encontro dos filtros de seleção do indivíduo, onde, uma vez jogadas, suas luzes passarão a agir como uma espécie de droga (cujos danos são muitas vezes irreversíveis), causando micro-distorções em tais filtros. Fortalecidos paulatinamente por tais reflexos, uma espécie de redemoinho interno é gerado, fornecendo o ambiente ideal para filtros e futilidades possam se alimentar constantemente. Assim, tal tipo de mulher acaba por “premiar” aqueles cujos critérios distorcidos de seleção apontam como superiores, ou seja, cafajestes, marginais, playboys etc. Essas são sado-masoquistas por natureza, ainda que incapazes de perceber isso conscientemente: sentem um prazer fetichista ao fazer um homem sofrer, da mesma forma que também encontram algum prazer no sofrimento que têm nas mãos de um canalha. Ao passo que o homem busca tranquilidade na relação, este tipo de mulher está buscando as emoções mais loucas e intensas.

Enquanto essas não encontram o tal “amor bandido” que tanto sonham, se valem das desculpas mais esfarrapadas para brincar com os sentimentos do matrixiano, levando-o ao sofrimento e à loucura – o que é uma coisa perigosa não apenas para o matrixiano, mas também para a fetichista em questão. O “relativismo matrixiano” chega ao ponto de impedir que ambas as partes sejam capazes de diferenciar dor de prazer. Porém, não é necessário que o homem “saia da Matrix” para que uma mulher desonesta se dê mal. Muitas vezes, um matrixiano desequilibrado pode chegar ao limite e estourar, levando tudo a uma conclusão desastrosa (um exemplo são os crimes passionais, onde o corno assassina a adúltera ao descobrir a traição. Porém, devemos entender que nesses casos a culpa é do próprio indivíduo, não de algo como uma “matrix”, uma vez que há limites que nenhuma pessoa saudável ultrapassaria).

Podemos concluir que esse tipo de relacionamento e Matrix é, tanto para um homem carente e emocionalmente desequilibrado quanto para uma mulher promíscua e desonesta, como a Caixa de LeMarchand (artefato do filme de terror Hellraiser, também conhecido como Configuração dos Lamentadores), que promete os prazeres do Céu e do inferno. E, infelizmente, muitos homens e mulheres não querem saber qual desses “prazeres” receberá, contanto que os receba.
Para não cair nesta Matrix, não basta apenas enxergar a realidade, mas também ser capaz de dominar as próprias emoções, inseguranças, carências, vaidade etc. O homem deve ser ainda maior que suas paixões, emoções, necessidades. Deve se armar de coragem e temperança. É necessário o exercício das virtudes. Um homem de verdade é capaz de ser racional, justo e bondoso, por maior e mais intensos que sejam seus sentimentos. Deve também, além de ter metas e objetivos, saber que há na vida um sentido – e ter essa sede de sentido. Não deve ter mulheres como objetivo principal, mas somente uma mulher como amada e companheira, que estará ao seu lado, apoiando-o tanto na luta por seus objetivos quanto nos caminhos que tiver que passar em sua vida, bons ou maus. Se não for assim, então é melhor que fique sozinho, lembrando o ditado popular: “antes só do que mal acompanhado”.

Para refletir: O amor romântico não é uma matrix em si. Matrix é acreditar que qualquer tipo de relacionamento é amor romântico."


Link: http://institutoshibumi.org/blog/lifesty...romantico/
Demorei a ler esse texto, mas achei-o sensacional!

Parabéns Law!

Me ajude com imagens que faço dele uma série a postar na MH pois ficou muito grande pro facebook.
Obrigado, Loki. Vou ver se amanhã vejo as imagens e te mando pelo face.

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Texto muito bom!
(09-02-2016, 11:47 PM)Minerim Escreveu: [ -> ]O tópico está se desenvolvendo...

Estamos diante de uma teoria geral da matrix  onde o sujeito é doutrinado demagogicamente e fica vulnerável a todo tipo de ideologia.

O processo e as fases de supressão do intelecto foram sintetizadas e descritas sumariamente. As paixões ideológicas também existem,  o culto a religião politica esquerdista é uma espécie de devoção irracional.

Esse tópico precisa continuar!
Gostei da sugestão de definição dos termos, como solicitou o Aragons, tentei fazer algo mas não sei se está 100% correto.

Pra facilitar a compreensão, sugiro explicar o que são as seguintes coisas:

1 - matrix do amor romântico: matrix na qual o homem, por ser mais visual se guia mais pela aparência feminina que pelo caráter e atos da mulher amada. Assim a idealiza e cai no romantismo. Enfim, essa matrix é o que se desenvolve na mentalidade do homem matrixiano ao longo de uma vida de aprendizados errôneos em relação à realidade das ações humanas relativas a verdadeira natureza feminina.

Isso foi muito bem explicado pelo Silvio Koerich:
"Desde pequeno nós guris somos ensinados como as mulheres são perfeitas, inteligentes e mais poderosas que nós guris. Que devemos fazer de tudo por elas. Que são seres mágicos que nunca erram cercados de mistérios, sensibilidades, poderes diferentes dos nossos, frágeis e doces delicadas flores que não fazem mal nenhum. As geradoras de vida. Então, tu és ensinado isso tudo. O que eu chamo de “discurso oficial feminino” e de amor romântico. Essas duas pragas te são ensinadas desde pequeno pela tua mãe, televisão, músicas, cinema, professores e adultos. (...) Os homens vivem no que eu chamo de “matrix”. Um mundo onde eles não sabem a real face do sexo feminino. Não sabem lidar com suas artimanhas delas e acham que são puras, doces, certinhas, não jogam e gostam de homens sensíveis, fiéis, certinhos, corretos, carinhosos. Que elas não são preconceituosas com os homens, que não são interesseiras etc."


2 - romantismo: diz respeito ao fortalecimento da ilusão da matrix do amor romântico. Esse, diferentemente de uma visão pessoal é a versão social e forçada em nós através da televisão, mídia, outras pessoas, arte, etc. É o que nos vem de fora e nos força a continuarmos presos à matrix do amor romântico.

Um exemplo: comentário extraído da Central-Bufalo
"O período conhecido como Romantismo consolidou essa ideologia da mulher idealizada como uma santa e o homem apaixonado que move moinhos pela sua amada. Enquanto arte, pode-se aproveitar muitas peças de alta qualidade, dentre elas poemas, canções, sinfonias e livros marcantes. Mas na vida real, as tentativas de se aplicar essas ideias 'românticas' se mostram falhas a longo prazo. É realmente um trabalho digno de Prometeu manter a chama acesa por toda uma vida."

3 - própria idealização: é o conceito inicial do relacionamento perfeito. A idealização inicial do "e viveram felizes para sempre". É a idealização que o indíviduo faz quando da escolha errada de uma parceira, sobrevalorizando as qualidades, cegando-se aos defeitos, ou mesmo transmutando os defeitos em virtude idealizada.

4 - verdadeira idealização: é a perfeição pessoal que o indivíduo busca para um relacionamento, baseado em seu sistema de crenças condicionados à matrix do amor romãntico.

5 - amor romântico: crença que a mulher seja totalmente romântica, sensível em realidade tal qual é mostrada nas obras do romantismo (ideal literário-platônico da natureza feminina).

6 - pseudo-idealização: uma teimosia emocional quase imperceptível na crença de que uma pessoa é tudo aquilo que não é."

Isso é bastante observado em maus relacionamentos, com os matrixianos, quando mesmo quando analisados e confrontados com a realidade da companheira que acreditam ser o que não é (o que se define na Real como exceção), o retardado não enxerga a pessoa e permanece APEGADO a ela e insistindo no relacionamento como um louco buscando a auto-destruição.
O que mais vemos hoje em dia?

A auto-destruição masculina nos relacionamentos causada pela cegueira da realidade e o envolvimento com vadias.

Geralmente acontece que o infeliz, tendo a vida toda construído seu sistema de crenças a partir do que ouviu dos outros, da mídia, das propagandas, viu nos filmes, etc (ROMANTISMO), estabeleceu seu sistema de crenças e não enxerga que está envolto por essa névoa (MATRIX DO AMOR ROMÂNTICO). A partir desse ponto o homem chega a juventude e idade adulta buscando uma mulher que se encaixe no sistema de crenças aprendido ao longo da vida (VERDADEIRA IDEALIZAÇÃO) e encontra alguma mulher mundana e sem princípio moral algum com quem começa a se relacionar (encaixe aqui m$ol, vadia, pseudo-exceção, baladeira de família, GP com vida dupla, etc.).

Nessa mulher o paspalho começa a encaixar o sistema de crenças e a tentar aceitá-la e moldar o relacionamento nisso tudo que aprendeu (PRÓPRIA IDEALIZAÇÃO). Com essa própria idealização no relacionamento ele se entrega totalmente e faz todas as vontades (assumir cuidados dos filhos de m$ol, aceitar traições, ignorar sinais de vadiagem, aceitar ser humilhado) pois já a viu como perfeita, a encaixou em seu sistema de crenças, acha que seu relacionamento se molda ao seu sistema de crenças e está agora preso pelos sentimentos e pela sua visão falsa do mundo, virou um paspalho que come na mão da mulher (AMOR ROMÂNTICO).

Logo depois, o relacionamento começa a ficar mais firme, aparentar mais seriedade, e aí a mulher que já mostrava a verdadeira cara, mas que ele sempre ignorou começa a passar mais e mais do ponto, acreditando que o idiota irá ignorar tudo isso como já fez com o restante. O paspalho força-se e teima-se em ignorar que seu anjo perfeito é uma mulher comum, capaz de agir bem ou mal, detentora de livre-arbítrio e que faz as merdas que faz porque escolheu isso (PSEUDO-IDEALIZAÇÃO).

Por fim ou o paspalho vira capacho da mulher, ou segue em frente até não aguentar mais e sucumbir à depressão, suicídio, separação ou crime passional.

Acho que isso é mais ou menos o roteiro padrão dos relacionamentos modernos. Alguns paspalhos surtam completamente ao ponto de destruir a própria vida nesse jogo infernal da cegueira masculina, outros são corroídos por dentro pelo sofrimento e depressão com a mulher os abandonando completamente e os fazendo sofrer ainda mais após o relacionamento com provocações em redes sociais e através de amigos e fofocas. E outros tornam-se verdadeiros burros de carga ignorando tudo, e acreditando que a mulher o ama e que apesar das barbaridades que apronta ainda é a mulher perfeita que o idiota idealizou desde a adolescência e juventude se prendendo a um relacionamento destrutivo pela sua carência emocional e incapaz de reação alguma: nem de enxergar a realidade, nem de fugir de tal relacionamento, nem de surtar a ponto de quebrar a mulher idealizada que é o ídolo de barro que ele construiu.
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