27-04-2022, 04:48 PM
Livro: A FALECIDA
Autor: NELSON RODRIGUES
Peça curta do Nelson Rodrigues, dá parar ler em 1h.
Ri tanto que vou deixar o resumo aqui, mas recomendo a leitura, é boa demais essa obra.
Mais uma obra cômica, engraçada e e bem escrita, para variar.
O adultério me parece ser o tema mais abordado pelo Nelson Rodrigues, deve estar presente em quase todas as obras dele.
Os personagens também são sempre muito elaborados, quase todos são sempre hipócritas (é o médico que não sabe nada, é a cartomante que vê o futuro, é a esposa fiel que trai, e por aí vai )
Se mesmo conhecendo as obras de Nelson Rodrigues e Nessahan o camarada ainda cair no conto da donzela exceção, com todo o respeito, é caso perdido.
Autor: NELSON RODRIGUES
Peça curta do Nelson Rodrigues, dá parar ler em 1h.
Ri tanto que vou deixar o resumo aqui, mas recomendo a leitura, é boa demais essa obra.
Spoiler Revelar
A personagem principal, Zulmira, vai a uma cartomante e descobre que tem uma mulher loira que vai avacalhar o casamento dela. Nisso ela tem quase certeza que é sua prima, de quem ela não gosta e é recíproco. Nesse momento, quem lê acha que o marido tem algo com essa prima, e é justamente isso que ela faz com o marido: fica puta com ele, como se eles tivéssem um caso.
Só que lá no final desse spoiler vocês vão entender a mente perversa de Zulmira.
Acontece que a Zulmira (a personagem principal) está com tuberculose e morrendo. Daí ela pede que seu marido cuide de seu enterro, caixão e etc com um amigo dela, já que o marido está desempregado (saia de casa dizendo que ia procurar trabalho, mas ia jogar sinuca) e não tem dinheiro. Ela faz o marido dela prometer que não fará perguntas sobre o cidadão e passa o nome e endereço dele.
Detalhe que ela diz ao marido para não se apresentar como seu donzelo, mas sim como um primo
Logo após fazer esse pedido, ela falece, e então o marido vai atrás do camarada amigo dela.
Chegando no endereço, ele se apresenta como primo e a desgraça começa. Ele descobre que o camarada comeu sua donzela numa sorveteria. Ele na mesa, ela no banheiro dando para ele HUAHUEAHUEHUAE. Os dois não se conheciam, tampouco sabiam o nome um do outro, mas mesmo assim a ripa comeu no banheiro.
Foi o primeiro encontro dos dois, depois disso ela o visitava várias vezes para sentar na madeira.
O pior que esse amigo começa a contar todas as libertinagens que os dois faziam, sem saber que o camarada ali era o próprio marido.
Rapaz, eu ri demais disso, sério mesmo, mas não deixa de ser trágico.
Conversa vai, conversa vem, o camarada conta que eles não saíam como casal, mas na primeira vez que fizeram isso, saindo de braços dados, a prima dela, a loira lá do início, viu a cena.
Ela decide terminar o caso com o amante, com medo da prima cagar no pau (era por esse motivo que ela tinha medo da prima loira avacalhar o casamento dela... e ainda encheu o saco do marido com a falsa história de que os dois tinham um caso HUASUHAHUSUAHS)
Continuando, o enterro ia ficar caro para caralho, pois Zulmira era moça honrosa, queria um enterro decente e da hora.
O amigo sapecador se recusa a pagar o valor, diz que dá uma quantidade (ínfima) e só.
Nesse momento o nosso boi diz que não é primo, mas sim marido da donzela falecida.
Ele ameaça ir num jornal falar mal do Ricardão (o cara é um ricaço conhecido na cidade), até que ele abaixa a guarda e dá o dinheiro do enterro.
O marido, contrariando sua donzela, compra o caixão mais barato, faz uma merda de enterro e logo depois vai ao estádio de futebol assistir jogo, gastar o dinheiro que pegou em bebidas e apostas
Só que lá no final desse spoiler vocês vão entender a mente perversa de Zulmira.
Acontece que a Zulmira (a personagem principal) está com tuberculose e morrendo. Daí ela pede que seu marido cuide de seu enterro, caixão e etc com um amigo dela, já que o marido está desempregado (saia de casa dizendo que ia procurar trabalho, mas ia jogar sinuca) e não tem dinheiro. Ela faz o marido dela prometer que não fará perguntas sobre o cidadão e passa o nome e endereço dele.
Detalhe que ela diz ao marido para não se apresentar como seu donzelo, mas sim como um primo
Logo após fazer esse pedido, ela falece, e então o marido vai atrás do camarada amigo dela.
Chegando no endereço, ele se apresenta como primo e a desgraça começa. Ele descobre que o camarada comeu sua donzela numa sorveteria. Ele na mesa, ela no banheiro dando para ele HUAHUEAHUEHUAE. Os dois não se conheciam, tampouco sabiam o nome um do outro, mas mesmo assim a ripa comeu no banheiro.
Foi o primeiro encontro dos dois, depois disso ela o visitava várias vezes para sentar na madeira.
O pior que esse amigo começa a contar todas as libertinagens que os dois faziam, sem saber que o camarada ali era o próprio marido.
Rapaz, eu ri demais disso, sério mesmo, mas não deixa de ser trágico.
Conversa vai, conversa vem, o camarada conta que eles não saíam como casal, mas na primeira vez que fizeram isso, saindo de braços dados, a prima dela, a loira lá do início, viu a cena.
Ela decide terminar o caso com o amante, com medo da prima cagar no pau (era por esse motivo que ela tinha medo da prima loira avacalhar o casamento dela... e ainda encheu o saco do marido com a falsa história de que os dois tinham um caso HUASUHAHUSUAHS)
Continuando, o enterro ia ficar caro para caralho, pois Zulmira era moça honrosa, queria um enterro decente e da hora.
O amigo sapecador se recusa a pagar o valor, diz que dá uma quantidade (ínfima) e só.
Nesse momento o nosso boi diz que não é primo, mas sim marido da donzela falecida.
Ele ameaça ir num jornal falar mal do Ricardão (o cara é um ricaço conhecido na cidade), até que ele abaixa a guarda e dá o dinheiro do enterro.
O marido, contrariando sua donzela, compra o caixão mais barato, faz uma merda de enterro e logo depois vai ao estádio de futebol assistir jogo, gastar o dinheiro que pegou em bebidas e apostas
Mais uma obra cômica, engraçada e e bem escrita, para variar.
O adultério me parece ser o tema mais abordado pelo Nelson Rodrigues, deve estar presente em quase todas as obras dele.
Os personagens também são sempre muito elaborados, quase todos são sempre hipócritas (é o médico que não sabe nada, é a cartomante que vê o futuro, é a esposa fiel que trai, e por aí vai )
Se mesmo conhecendo as obras de Nelson Rodrigues e Nessahan o camarada ainda cair no conto da donzela exceção, com todo o respeito, é caso perdido.