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Versão completa: Políticas antinaturalistas das feministas
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A ingenuidade das políticas antinaturalistas das feministas
(Postado por The Truth na Quarta-feira, 12 de abril de 2011)

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O último post relatou uma tese naturalista sobre a agressividade masculina. A tese em questão não legitimava a violência contra a mulher. Em nenhum momento eu disse que a mulher é saco de pancada. Só o fato de ter que explicar isso já demonstra o grau de dificuldade que existe na escrita desse assunto. Por mais que você tenha cautela, sempre alguém irá distorcer o que você escreve. 

Demonizar a natureza masculina apenas porque a tensão hormonal masculina é maior é a mesma coisa que demonizar os animais selvagens por serem selvagens. Deveríamos entrar na selva e sair matando todos os animais selvagens porque eles são potencialmente agressivos e perigosos? 

Não estou dizendo que os homens são selvagens como os leões, mas apenas que eles possuem uma natureza mais agressiva do que a mulher. Logo, os homens deveriam ser alvos de políticas especiais. Ninguém leva um leão para casa e cuida dele como um animal de estimação. Por quê? Porque simplesmente a relação do homem com o leão é uma relação muito perigosa. Nenhuma pessoa entra num zoológico e se aproxima do leão para fazer cafuné nele. Alguém já viu isso? 

Não se trata de matar leões e homens. A questão não é essa. A questão é o reconhecimento da natureza do homem. As feministas erram porque são antinaturalistas ingênuas. Elas simplesmente querem que os homens tenham o desejo sexual de um urso panda, já que esse bonito animal possui o mínimo de agressividade sexual. Se os homens tivessem o desejo sexual de um urso panda, eles seriam bem menos violentos. A taxa de criminalidade seria bem baixa. 

O mundo no qual o homem tem tanto desejo sexual quanto um urso panda não existe e jamais existirá, porque os genes do homem não mudarão ou mudarão muito pouco! Esse mundo é tão ilusório quanto o mundo no qual o leão pode ser tratado como animal de estimação. Por mais que a natureza do homem incomode, ela precisa ser vista de maneira realista. As feministas vivem de fantasia. Elas querem que os homens sejam conformistas como se eles não tivessem desejo sexual nenhum e como eles não são conformistas do jeito que elas querem, então elas demonizam a natureza masculina. 

As feministas não conhecem o meio termo, o equilíbrio. Elas dialogam na base dos extremismos. Para elas só existem dois pontos de vista extremos, diametralmente opostos. Ou o homem tem um desejo de urso panda e não possui agressividade sexual nenhuma, ou ele é um misógino que quer controlar toda a liberdade sexual das mulheres. Elas não conhecem meio termo e é cômodo para elas afirmar uma lógica dualista e maniqueísta. O bem para elas é o homem conformista, sem desejo sexual e o mal para elas é a natureza masculina, que elas elevam ao potencial máximo de maldade possível. 

Eu não deveria escrever sobre esses assuntos, pois tudo isso é óbvio. Não saí do terreno das obviedades hoje, mas as feministas não reconhecem o óbvio, de tal modo que é impossível dialogar com pessoas que não aceitam o óbvio. Elas querem implantar uma visão utópica. Elas querem substituir a natureza real pela natureza ideal. A natureza ideal é o homem com o mínimo de desejo sexual. 

Muitos homens vão dizer que as feministas estão certas. Eles vão dizer que são homens e que nunca foram agressivos com as mulheres. Mas é claro que não são. A agressividade do homem é maior do que a agressividade feminina, mas não é um determinismo. Dizer que natureza do homem é mais agressiva do que a natureza feminina não significa que o problema em questão seja insolucionável e que devemos aceitar a violência masculina passivamente. A tese naturalista da agressividade masculina não legitima a violência, porém exige cuidados. Assim, como um animal selvagem exige cuidados. A comparação é uma caricatura, pois ela certamente é exagerada. Então podemos dizer que o homem é um pouco mais selvagem do que a mulher. Mas isso é uma analogia didática. 

A natureza agressiva do homem não incomoda somente as mulheres, mas os próprios homens. Os homens podem ser vítimas da agressividade masculina também. E somos os alvos preferenciais dessa violência. Por que os homens iriam defender a violência se eles são os alvos primários da mesma? Os homens em geral correm mais risco de morte por causas violentas do que as mulheres. Os homens são as primeiras vítimas da própria violência, porque eles se matam entre si em busca de poder. Qual seria a solução dessa questão? Demonizar a natureza masculina? Domesticar essa natureza? Exterminar os homens? Também estou interessado no fim da violência. Não vamos ser demagogos, estamos interessados no fim da violência de um modo geral! 

A solução das feministas é a domesticação dos homens. Levando-se em conta, que essa seja a solução feminista do problema, como elas fariam isso? Elas não sabem como fazer isso. A política feminista é ingênua. Elas acham que vão acabar com a violência aumentando a pressão sobre os homens.

Agora pensem no caso brasileiro. O homem brasileiro já é inseguro e tem pouco poder perante as brasileiras. Além disso, o brasileiro possui poucas fugas para a sua vida limitada. Como o aumento da pressão sobre o brasileiro irá ajudar a diminuir a violência? Afirmar mulheres com valores elitistas vai ajudar os homens? Um homem com muita educação e cultura e com uma boa condição financeira, consegue lidar bem com as pressões sociais, mas o homem excluído do sistema, inseguro e sem poder vai reagir da pior forma possível! 

A política séria e consciente jamais poderá desprezar fatores naturalistas. Se quisermos acabar com a violência no Brasil, não podemos banalizar a natureza masculina, nem demonizá-la de maneira acrítica com as feministas fazem. Elas não vão ajudar a acabar com a violência com políticas emocionais e precipitadas. Elas querem acabar com a violência, aumentando a pressão sobre os homens. Elas querem resolver o problema jogando combustível no fogo. 

O blog não autoriza a violência masculina. O reconhecimento da natureza masculina não autoriza essa violência. A questão é que não dá para resolver o problema na base da utopia. A única maneira de acabar com o problema da violência é atuar diretamente nas suas causas. Uma dessas causas é a natureza masculina. Portanto, deveriam existir políticas voltadas para a diminuição das pressões sobre essa natureza. Mas como? As mulheres deveriam aceitar passivamente a violência? Não. As feministas adoram isso, pois elas acham que há aqui uma defesa da violência. Elas estão erradas e são elas que adoram a lógica dualista. Reconhecer a natureza masculina não é defender a violência contra a mulher, mas condená-la.

A única maneira de acabar com a violência é propor mudanças nos valores da sociedade. A ética do sexo apenas aumenta a pressão psicológica sobre um homem que já sofre com a tensão hormonal. O homem infelizmente é escravo dos seus hormônios e somente uma educação elevada pode ajudá-lo a sair dessa escravidão. Se quisermos acabar com a violência, temos que afirmar uma ética não qual o sexo não seja um critério essencial de valorização do ser humano. 

O que ajudará o homem brasileiro a lidar com a liberdade feminina não é o conformismo forçado, mas sim uma ética que valorize as pessoas por critérios não sexuais. As feministas querem que os homens aceitem a restrição sexual e sejam conformistas numa sociedade excessivamente sexualizada, que rebaixa o tempo inteiro o homem que não é garanhão. Para educar o homem é necessário educar a mulher. Isso já foi falado em outros posts. As feministas querem homens conformistas, mas não querem educar as mulheres a aliviar as tensões sobre os homens excluídos. As mulheres de hoje afirmam uma ética elitista que estimula a agressividade e a competição masculina. 

O antinaturalismo ingênuo só funciona na Europa porque o europeu possui muito mais fugas do que o brasileiro. Além disso, a educação do europeu é muito melhor do que a educação brasileira. Ainda que esse antinaturalismo ingênuo funcione relativamente bem na Europa, as conseqüências só não são piores, porque os europeus ainda conseguem lidar bem com os efeitos colaterais dessa política. Eles conseguem absorver bem as tensões sociais criadas pelo feminismo. 

As políticas feministas não aceitam a realidade. Elas querem claramente moldar a realidade de acordo com os caprichos delas. Elas mesmas não possuem uma noção exata das coisas que estão defendendo. Uma política séria jamais defenderia a idéia de que aumentar as pressões e as restrições sobre os brasileiros iria acabar com a violência. Quais são as fugas que os brasileiros possuem atualmente? Qual é a alternativa que as feministas ofereceriam aos brasileiros em troca da restrição sexual, já que é inevitável a exclusão de muitos do mercado sexual? 

A única solução para o Brasil atualmente é diminuir as pressões externas sobre a natureza masculina. Ou seja, criar uma cultura de aceitação e respeito generalizado pelos homens excluídos do mercado sexual. Enquanto o homem excluído do mercado sexual não for tão respeitado e valorizado quanto o homem incluído dentro desse mercado, a violência não diminuirá. A tensão hormonal masculina é controlável se há apoio social suficiente e uma forte educação que ensine diversos maneiras saudáveis de lidar com isso. Alguns acharão isso utópico, mas a saída do problema é a afirmação de uma ética social saudável. Não adianta criar travas jurídicas numa sociedade repleta de valores egoístas. Os valores atuais estimulam a competição e o conflito.

Agora, o pensamento das feministas de “botar para quebrar” e encher a sociedade brasileira de restrições e travas contra os homens só vai piorar o problema e aumentar as tensões externas sobre os homens. Estas tensões externas vão prejudicar a luta interna do homem para controlar os seus impulsos sexuais. Qualquer que seja a solução restritiva, o homem se sentirá mais reprimido do que a mulher. Ter uma tensão hormonal mais forte tem um grande custo existencial para os homens. 

Políticas responsáveis não são ingênuas e não vivem de ideais ilusórios. As feministas antinaturalistas são ingênuas porque afirmam políticas emocionais que dependem da capacidade de absorção de tensões da sociedade. Na lógica delas, o mundo deve agüentar as tensões que elas criam. A logística delas não leva em conta os efeitos colaterais que a imposição de um ideal revolucionário a qualquer custo pode gerar. As políticas delas dependem do bom senso adaptativo da sociedade e não é uma lógica que pensa claramente as melhores conseqüências possíveis. 

O brasileiro atualmente não tem condições mentais e psicológicas de agüentar a pressão que as feministas estão criando, mas os europeus sim. Os brasileiros têm uma educação miserável e são extremamente inseguros e dependentes das mulheres. Não é necessário ser um gênio da sociologia para saber que o aumento das pressões sociais irá destruir a sanidade desses homens. A proteção educativa que eles possuem contra a tensão interna deles é precária. 

Achar que os homens são educados para odiar as mulheres é uma forma de reducionista de encarar o problema. A sociedade possui valores que estimulam a competição e a agressividade. O homem é muito mais fraco emocionalmente do que a mulher. Ele é o primeiro a não agüentar a realidade. Ele usa a agressividade como meio desastroso de auto-afirmação, uma vez que ele vê a exclusão do mercado sexual como uma morte em vida. A pressão de uma sociedade excessivamente sexualizada está estourando na cabeça dos brasileiros mais inseguros. Eles preferem toda sorte de conseqüências desastrosas do que o fracasso sexual. O brasileiro tem tolerância absurdamente baixa para a frustração sexual. Aumentar a pressão sobre esses homens emocionalmente explosivos é um ato de inconseqüência. As variáveis da sociedade brasileira são muito instáveis e exigem políticas cuidadosas.


Este texto faz parte do projeto: Segunda das Relíquias Perdidas.
Não entendí a lógica do artigo ao dizer de que "os europeus estão mais preparados para o feminazismo". Eu diria que eles estão é mais "doutrinados" pelo feminazismo e pelo multiculturalismo pós-moderno do que nós brasileiros. Peguemos países como a Noruega, onde tem até cotas para mulheres em altos cargos de empresas. Ou a Espanha e o Reino Unido, onde os pró-vida não podem se manifestar em frente às matanças de bebês clínicas de aborto.

Os europeus estão cada vez menos cristãos. Vejam os "católicos" alemães, com o tal "Caminho Sinodal", por exemplo. É praticamente um Cisma.

Apesar de tudo, ainda prefiro o Brasil do jeito que está hoje, do que a Europa pós-moderna.

Eu não tenho dúvidas, do jeito que está indo, lá por 2070, e Europa será toda islamizada, com exceção da Polônia e da Hungria (os únicos que não estão contaminados pelo multiculturalismo e o laicismo).
(20-02-2023, 07:34 PM)Vital Escreveu: [ -> ]Os europeus estão cada vez menos cristãos. Vejam os "católicos" alemães, com o tal "Caminho Sinodal", por exemplo. É praticamente um Cisma.

Não é um cisma da igreja católica, e sim um grupo de pessoas que se dizem católicas com propostas que vão contra o próprio cristianismo. Não existe catolicismo ou cristianismo ali. O simples ato de reconhecer o homossexualismo como algo normal e que deva ser tolerado, já é uma heresia, fora as outras ideias.

Inclusive é muito comum na Europa e nos EUA, esse tipo de "igreja" progressista. Tem uma em San Francisco, que tem um reverendo travesti.
(20-02-2023, 07:34 PM)Vital Escreveu: [ -> ]Não entendí a lógica do artigo ao dizer de que "os europeus estão mais preparados para o feminazismo". 

Acredito que o autor afirmou isso porque os homens de lá já sabem o que esperar do sistema e se protegem como podem, como por exemplo fazem reuniões a portas abertas com mulheres. E os que ainda querem casar chegam ao ponto de buscarem mulheres na tailandia, li que as mulheres dali são bem tradicionais e religiosas.