Fórum da Real - Legado Realista

Versão completa: Da revolta contra a realidade by Nessahan Alita
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Da revolta contra a realidade.
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Aquele  que  desperta  da  ilusão  e  “sai  da  matrix”,  como  dizem  meus  leitores,  deve  tomar  cuidado  para  não  se  deixar  tomar   por   sentimentos   negativos,   como   a   raiva,   tristeza   e   outros. Quando percebemos que as mulheres não são os anjos que acreditávamos   e   que   também   possuem   o   lado   sinistro   da   natureza   humana   apontados   por   Maquiavel   e   por   Freud,   podemos cair em estados internos indesejáveis. Tais estados são prejudiciais  e  aumentam  os  nossos  problemas  emocionais  e  amorosos  ao  invés  de  diminuí-los.  Ao  perceber  que  a  mulher  trapaceia,  joga,  não  abre  mão  do  domínio,  manipula  e  quer  ser  dona  do  seu  coração,  ex-matrixiano  recém-liberto  deve  cuidar-se  para  não  se  deixar  tragar  pela  revolta.  A  rebeldia  e  a  indignação são justas e até necessárias, mas a revolta (raiva) é prejudicial, anti-estratégica e contraproducente.  Na  guerra  da  paixão,  a  capacidade  de  aceitar  a  realidade  crua,  tal  como  se  apresenta,  é  requisito  indispensável  para  se  poder operar sobre a mesma de forma realista, tirando proveito ou modificando-a na medida do possível. O revoltado não aceita a  realidade,  se  debate  contra  o  inevitável  e  esmurra  facas,  demonstrando incompreensão.  Qualquer estrategista sabe muito bem que, para se vencer uma   guerra,   são   necessários   a   frieza   e   o   realismo.   Os   impulsivos  fazem  burradas,  metem  os  pés  pelas  mãos,  caem  como   patos   em   armadilhas   e   são   facilmente   vitimados   por   artimanhas.  
Entendo  que,  na  guerra  da  paixão,  a  meta  do  homem  sensato  não  é  conquistar  a  mulher  amada/desejada  a  todo  custo  e  nem  tampouco  forçá-la  a  se  enquadrar  em  moldes  idealizados  ou  a  se  adequar,  contra  a  sua  própria  vontade,  aos  nossos    desejos,    mas    sim    conseguir    estados    interiores    resolvidos.    É    isso    o    que    interessa:    resolver    os    nossos    sentimentos e conquistar a paz interior.