10-06-2019, 09:34 PM
![[Image: dgrdyyd.jpg]](https://i.imgur.com/dgrdyyd.jpg)
Olá meus caros, me ausento por longos períodos, mas nunca esqueço aqui do fórum. Boa parte deste longo texto que posto aqui hoje pra vocês foi escrito ainda no final do ano passado, pouco antes de vir passar o fim do ano no Brasil, onde compareci ao LR por uns dias e postei sobre a experiência do meu primeiro ano morando nos EUA e alguns artigos antigos do PFL.
Infelizmente naquela ocasião o texto de hoje não estava pronto, estava cru, não tive tempo de revisá-lo e também não quis floodar o fórum com meus posts, pois já tinha postado 3 ou 4 durante aquela semana. Acabei deixando ele no meu acervo pessoal de anotações e esqueci totalmente, pois como contei no post da virada do ano, me mantenho bastante ocupado. Mas agora tenho tempo de sobra para completá-lo, atualizá-lo e adicionar conteúdo, pois aprendi coisas novas nesses seis meses que se passaram.
Fazem cinco dias que estou no Brasil. Pretendo ficar aqui nas próximas semanas dependendo de como a situação se desenrolar. Infelizmente dessa vez não vim por motivo de férias ou para dar um tempo do meu negócio lá na América.
Sem querer muito entrar em detalhes, meu pai foi diagnosticado há algumas semanas com um câncer agressivo que está no seu ultimo estágio, algo que geralmente só mostra sintomas quando não há mais condições de tratamento. Ele vai morrer em breve e não há nada para ser feito além de medidas paliativas. Mesmo não dependendo apenas do SUS e suas longas filas de espera (eu e meus irmãos possuimos os recursos para evitar boa parte do SUS), fazendo exames e se consultando rapidamente com bons médicos, não há solução para o caso dele.
Depois de quase 10 anos lutando contra problemas cardíacos, ele vai morrer de algo completamente não relacionado. É impressionante como a vida nos prega essas peças nos dá essas bordoadas. Nesse caso uma extremamente desagradável. Foi um choque enorme para todos nós. Confesso que fazia anos que eu não chorava igual criança, mas foi o que ocorreu quando fiquei sabendo disso semanas atrás. A barra está pesadíssima na minha família.
Então deleguei as tarefas na empresa ao meu confiável "número 2" por lá e entrei no avião. Vou ter que controlar as coisas de longe por essas semanas, pelo telefone e pela internet, talvez faça um bate e volta daqui uns 10 ou 15 dias. Mas nada é mais importante do que passar as ultimas semanas de vida do meu pai junto dele. Se der pepino na empresa, deu, foda-se. Também vou provavelmente aproveitar para visitar alguns fornecedores e fechar algum negócio, já que estou aqui mesmo. Mas isso não vem ao caso.
Minha mãe também precisa da ajuda de alguém. Ela não quer estranhos em casa, meus irmãos trabalham e não podem estar em casa o tempo todo. Então nesses últimos dias a vida se tornou o básico do básico para mim novamente. Ajudá-la com meu velho, dar um apoio psicológico, pois ela anda precisando demais e ajudá-la nas tarefas domésticas. Por mais que tenhamos insistido em arrumar uma empregada, ela não quer, pois como citei não gosta da presença de estranhos em casa. Não posso culpá-la, eu também não sou muito fã disso.
Pra terminar o assunto antes de começar o texto propriamente dito, os últimos dias tem sido extremamente duros e de um aprendizado enorme. Ver o meu pai desmoronando física e psicologicamente é extremamente doloroso. A sensação de impotência que tenho sentido nos últimos dias é enorme. Depois que nos tornamos adultos achamos que nunca mais teremos as grandes lições, do tipo que temos quando deixamos a infância e fazemos a transição para a vida adulta. Mas a vida é igual zagueiro argentino, quanto menos você espera, ela vai entrar de sola pra tentar quebrar sua perna, não importa se é começo de jogo ou 45 do segundo tempo.
A única coisa que me consola é o fato de que posso conversar e rir com meu velho, que ainda está lúcido e quase não sente dores apesar de extremamente fraco e magro. Tenho a chance de dizer a ele como tenho orgulho de ser filho dele e coisas do tipo. Tem muita gente que perde pai, mãe, irmãos, etc, e não tem nem essa oportunidade. Eu tenho, então estou me agarrando nela, mesmo que tenha que abrir mão da minha vida lá longe por algum tempo.
Sei que os confrades vão comentar a situação do meu pai e agradeço (de coração) de forma antecipada àqueles que derem um apoio, mas peço que prestem atenção e concentrem os comentários no assunto do post. Vamos lá.
Os homens e suas vidas de desespero silencioso
Alguns de vocês já devem ter ouvido sobre ou até lido alguma obra do filósofo americano Henry David Thoreau. Thoreau viveu a maior parte de sua vida na primeira metade do século XIX. Até o início desse ano confesso que não conhecia o filósofo e nada de suas obras. Eu leio muito, sou leitor assíduo, mas geralmente leio ficção e obras que me ajudam de maneira didática. Filosofia nunca foi minha praia. Não que eu não ache importante, mas eu gosto de aplicar as coisas que aprendo em leituras na prática. Os falantes de inglês tem uma expressão pra isso, eles dizem que a pessoa é "nuts and bolts", ou seja, uma pessoa que prefere coisas reais e tangíveis, práticas ao invés de teorias e ideias abstratas.
Eis que estava na casa de um dos meus vizinhos, um cara que gosta também de acampar e pescar e vi na prateleira da sala dele um livro chamado "Walden, Life on the Woods". A capa me chamou atenção e peguei o livro pra dar uma olhada. Perguntei pra ele se aquilo era um guia de sobrevivência em floresta, como viver em cabanas, etc. Ele respondeu que era mais ou menos isso, mas que tinha mais, era um livro bem mais complexo. Por fim me disse pra ficar com o livro, pois ele já tinha lido mais de uma vez. Aceitei e eventualmente li o negócio em poucos dias.
Pra minha surpresa, o livro e várias ideias do Thoreau se alinham com muitas das minhas próprias ideias. Foi um achado realmente fascinante pra mim. E pessoalmente acho que várias ideias se alinham com a Real, incluindo a famosa citação:
"The mass of men lead lives of quiet desperation. What is called resignation is confirmed desperation."
Traduzindo livremente ficaria algo como: "A maioria dos homens levam vidas de desespero silencioso. O que chamam de resignação é desespero confirmado."
Thoreau chegou à conclusão e escreveu isso na primeira metade do século XIX. Mas puta que pariu, como isso é real na nossa sociedade atual. Talvez por causas diferentes daquela época, mas a velha angústia continua a mesma. Naquela primeira metade do século XIX era a dureza da vida em si, a violência quase sempre sem justiça, homens ainda eram escravos, doenças que são simples pra nós hoje, mas que eram sentenças de morte lá atrás, etc. Uma fria incerteza sobre tudo e todos. Um caos vagamente sob controle.
Hoje, sendo bem prático e se concentrando apenas aqui na nossa comunidade realista, o desespero silencioso que enxergo, dos quais muitas coisas eu também já tive dentro de mim são:
O apego romântico que todos temos em relação às mulheres, especialmente aquelas que são fáceis aos olhos e que em determinados momentos nos enchem com carinho. Aquela afeição tão bem dissecada nos livros do Nessahan, que todos aqui conhecem (ou deveriam conhecer). A famigerada matrix que é tão difícil de escapar, mesmo quando se sabe tudo sobre ela.
O deserto sexual que muitos atravessam às vezes por anos.
A luta contra o ego e a necessidade de ostentar resultados para os círculos sociais, seja resultado de sucesso financeiro ou vida amorosa.
A falta de noção que a maioria tem sobre vida profissional e dinheiro na nossa sociedade consumista. Falta de compreensão causada muitas vezes pela visão de mundo da própria família, do círculo social, cegueira religiosa, escolas concentradas em produzir força de trabalho ao invés de bons cidadãos e malditas ideologias políticas de cunho marxista, que cerceiam a individualidade e matam o intelecto.
Tem mais, mas vou parar por aqui, porque quem está lendo sabe exatamente o que causa a angústia silenciosa dentro de si. Provavelmente os itens descritos ai em cima fazem parte.
Lá por 2015, quando eu ainda escrevia no meu blog, PFL, eu recebi um email de um cara, um marketeiro digital, me propondo criar um curso de coaching. Eu declinei porque a oferta era ruim e eu não queria me expor. Muito tempo seria gasto, eu iria me expor publicamente e o retorno financeiro seria ruim (sempre avaliem o custo benefício das coisas). Dinheiro eu já estava ganhando mais que o suficiente e já estava sendo ameaçado mesmo no anonimato do blog. Não queria essa dor de cabeça.
Nunca se esqueçam, ser low profile é o primeiro passo pra evitar uma avalanche de merda na sua vida. Ou seja, eu não sou coach, nunca fui e nem quero ser. Não dou mentoria (vou mentorar o que, caralho?). Eu só aprendo as coisas e escrevo sobre elas. Escrevo porque gosto de escrever e escrever me ajuda a internalizar tudo que aprendo. Muito do que escrevo, escrevo pra mim mesmo, ninguém lê. E se escrevo bem é porque tenho prática. Como em todas as coisas, quanto mais você pratica, melhor você fica. Escrever não é exceção.
Agora sim vem o artigo em si, o prato principal dessa parede de texto. De novo, não sou coach. O que vem ai embaixo não sou eu cagando regras pra vocês seguirem pra "se tornarem melhores" ou ter sucesso. Nada disso. Aliás, quem sou eu para querer aconselhar alguém?
São apenas sugestões, que para mim tem dado certo. Então se quiserem levar em consideração, aplicar e ver se funciona pra vocês, fiquem à vontade, se não... não tem problema. E também, este post é baseado nas minhas opiniões, ou seja, não precisa concordar e levar como verdade definitiva universal. Opinião é igual cu, cada um tem a sua.
Como (eu deixei) deixar de levar uma vida em desespero silencioso
A regra de ouro do auto-questionamento
Quando nós somos pequenos e temos pais e/ou avós que se importam conosco, ele dizem: "Filho/netinho você pode ser tudo que quiser na vida! Basta estudar/trabalhar/se esforçar o bastante."
A parte de que você pode ser tudo ou ter tudo o que quiser na vida é mentira. Não podemos. A parte de que esforço e dedicação te levam longe é uma meia verdade, vai depender de certos fatores. Mas não podemos ser tudo e ter tudo que quisermos. O maior problema é que somos bombardeados durante toda a vida por familiares, amigos e hoje em dia coaches de autoajuda com essa afirmação, chegamos na vida adulta e quando conseguimos realizar muito pouco ou quase nada, ai bate aquele desespero.
E tudo isso é pior para nós homens, que não ganhamos nada de graça por não termos uma perseguida entre as pernas como é o caso das mulheres. As mulheres também sofrem do mesmo desespero, mas no caso delas é diferente. Pra elas o desespero vem depois que desperdiçam sua juventude e oportunidades, ao contrário dos homens que já começam a sofrer na adolescência. As mulheres tem a vantagem de não ter que fazer nenhum esforço para ter contato sentimental e sexual com outra pessoa (de novo, elas tem o bucetão, que todo mundo quer, nós não temos). Homens nem essa facilidade tem.
Podemos ser muitas coisas, mas sempre é necessário ter o perfil certo e estar no lugar certo na hora certa. Dentro daquela janela de oportunidade.
Por exemplo, eu gosto de Formula 1. Mas eu já tenho 35 anos, idade em que geralmente os pilotos estão perto de se aposentar. Mesmo que eu tivesse 25 anos nas costas, ainda não poderia ser piloto, porque tirando minhas idas ao kartódromo de vez em quando, eu não tenho experiência pilotando carros de competição de verdade, nem tenho o biotipo necessário pra caber num monoposto e nem a grana/patrocínio pra isso. Se eu tivesse 15 anos, as chances não seriam melhores, minha família não teria grana pra me bancar e de novo, eu não tenho experiência suficiente atrás de um volante pra guiar de forma competitiva. Sem esquecer que mesmo que eu tivesse todos os pré-requisitos, ainda temos que lembrar que só existem 20 vagas no mundo para ser piloto de F1. E todas estão preenchidas. Tem vários pilotos que deviam estar lá e não estão. Só esse exemplo já dá uma boa ilustrada na coisa. Mas vamos dar outro mais simples.
Digamos que eu fosse apaixonado por barcos e quisesse ser capitão de corveta na marinha brasileira. Eu sou brasileiro nato, poderia servir a marinha, mas não tenho mais idade pra ingressar na marinha. Ou seja, não posso ser capitão de corveta. Essa oportunidade já passou.
Quando vocês querem fazer algo, a primeira coisa é se perguntar: Quais são as exigências pra isso? Como posso fazer realizar/isso? Quais são os passos? O que preciso ter, ser ou aprender pra isso? Onde preciso estar?
Usem isso pra tudo. Pra trocar o chuveiro no seu banheiro, o pneu do seu carro ou pra escolher uma profissão, pra fazer investimentos, pra se dedicar a hobbies, pra estudar, pra fazer uma feijoada, pra pegar uma mulher que você está de olho há um tempo, etc. Pra tudo.
Lembro que uma vez, quando eu ainda escrevia no blog, escrevi um artigo sobre não colocar mulheres em pedestais, principalmente por causa da aparência delas. Choveu comentários no artigo e encheu minha caixa de entrada do email do blog. Um desses emails era de um leitor que nem era assíduo no meu blog, ele era assíduo no blog do pobretão (então já da pra imaginar o vitimismo). Pelo que me recordo ele enviou um email com algo assim escrito (lembro até hoje porque o cara era tão vitimista que dava até pena):
"Rover eu sou preto, beta e pobre, mas não sinto atração por mulheres da minha raça, só me sinto afim de brancas. Só que as mulheres brancas não querem nada comigo. O que eu faço?"
Eu não lembro muito bem o que respondi pra ele naquela época, eu tinha bem menos paciência que hoje. Provavelmente dei uma cagada nele por ficar com essa rotulagem de alfa e beta, que continuo achando uma merda. Mas hoje usando esse exercício de se autoquestionar eu diria o seguinte:
Se o cara é negro e só tá afim de mulher branca, de duas uma, ou ele vai ter que achar uma branca que sinta atração por negros (e por ele), ou ele vai ter que jogar com o jogo das probabilidades e ir viver num país onde um número maior de mulheres brancas se atraem por negros. Por exemplo, já ouvi dizer que negão faz sucesso na Suécia, na Dinamarca, Finlândia, etc. Se o problema dele for apenas esvaziar o saco com brancas, simplesmente puta é o que mais tem por ai, não precisa mudar de país. Putas só ligam pra cor do seu dinheiro, elas curtem a nota azul, de R$ 100 mitos (e as civis também).
Infelizmente naquela ocasião o texto de hoje não estava pronto, estava cru, não tive tempo de revisá-lo e também não quis floodar o fórum com meus posts, pois já tinha postado 3 ou 4 durante aquela semana. Acabei deixando ele no meu acervo pessoal de anotações e esqueci totalmente, pois como contei no post da virada do ano, me mantenho bastante ocupado. Mas agora tenho tempo de sobra para completá-lo, atualizá-lo e adicionar conteúdo, pois aprendi coisas novas nesses seis meses que se passaram.
Fazem cinco dias que estou no Brasil. Pretendo ficar aqui nas próximas semanas dependendo de como a situação se desenrolar. Infelizmente dessa vez não vim por motivo de férias ou para dar um tempo do meu negócio lá na América.
Sem querer muito entrar em detalhes, meu pai foi diagnosticado há algumas semanas com um câncer agressivo que está no seu ultimo estágio, algo que geralmente só mostra sintomas quando não há mais condições de tratamento. Ele vai morrer em breve e não há nada para ser feito além de medidas paliativas. Mesmo não dependendo apenas do SUS e suas longas filas de espera (eu e meus irmãos possuimos os recursos para evitar boa parte do SUS), fazendo exames e se consultando rapidamente com bons médicos, não há solução para o caso dele.
Depois de quase 10 anos lutando contra problemas cardíacos, ele vai morrer de algo completamente não relacionado. É impressionante como a vida nos prega essas peças nos dá essas bordoadas. Nesse caso uma extremamente desagradável. Foi um choque enorme para todos nós. Confesso que fazia anos que eu não chorava igual criança, mas foi o que ocorreu quando fiquei sabendo disso semanas atrás. A barra está pesadíssima na minha família.
Então deleguei as tarefas na empresa ao meu confiável "número 2" por lá e entrei no avião. Vou ter que controlar as coisas de longe por essas semanas, pelo telefone e pela internet, talvez faça um bate e volta daqui uns 10 ou 15 dias. Mas nada é mais importante do que passar as ultimas semanas de vida do meu pai junto dele. Se der pepino na empresa, deu, foda-se. Também vou provavelmente aproveitar para visitar alguns fornecedores e fechar algum negócio, já que estou aqui mesmo. Mas isso não vem ao caso.
Minha mãe também precisa da ajuda de alguém. Ela não quer estranhos em casa, meus irmãos trabalham e não podem estar em casa o tempo todo. Então nesses últimos dias a vida se tornou o básico do básico para mim novamente. Ajudá-la com meu velho, dar um apoio psicológico, pois ela anda precisando demais e ajudá-la nas tarefas domésticas. Por mais que tenhamos insistido em arrumar uma empregada, ela não quer, pois como citei não gosta da presença de estranhos em casa. Não posso culpá-la, eu também não sou muito fã disso.
Pra terminar o assunto antes de começar o texto propriamente dito, os últimos dias tem sido extremamente duros e de um aprendizado enorme. Ver o meu pai desmoronando física e psicologicamente é extremamente doloroso. A sensação de impotência que tenho sentido nos últimos dias é enorme. Depois que nos tornamos adultos achamos que nunca mais teremos as grandes lições, do tipo que temos quando deixamos a infância e fazemos a transição para a vida adulta. Mas a vida é igual zagueiro argentino, quanto menos você espera, ela vai entrar de sola pra tentar quebrar sua perna, não importa se é começo de jogo ou 45 do segundo tempo.
A única coisa que me consola é o fato de que posso conversar e rir com meu velho, que ainda está lúcido e quase não sente dores apesar de extremamente fraco e magro. Tenho a chance de dizer a ele como tenho orgulho de ser filho dele e coisas do tipo. Tem muita gente que perde pai, mãe, irmãos, etc, e não tem nem essa oportunidade. Eu tenho, então estou me agarrando nela, mesmo que tenha que abrir mão da minha vida lá longe por algum tempo.
Sei que os confrades vão comentar a situação do meu pai e agradeço (de coração) de forma antecipada àqueles que derem um apoio, mas peço que prestem atenção e concentrem os comentários no assunto do post. Vamos lá.
Os homens e suas vidas de desespero silencioso
Alguns de vocês já devem ter ouvido sobre ou até lido alguma obra do filósofo americano Henry David Thoreau. Thoreau viveu a maior parte de sua vida na primeira metade do século XIX. Até o início desse ano confesso que não conhecia o filósofo e nada de suas obras. Eu leio muito, sou leitor assíduo, mas geralmente leio ficção e obras que me ajudam de maneira didática. Filosofia nunca foi minha praia. Não que eu não ache importante, mas eu gosto de aplicar as coisas que aprendo em leituras na prática. Os falantes de inglês tem uma expressão pra isso, eles dizem que a pessoa é "nuts and bolts", ou seja, uma pessoa que prefere coisas reais e tangíveis, práticas ao invés de teorias e ideias abstratas.
Eis que estava na casa de um dos meus vizinhos, um cara que gosta também de acampar e pescar e vi na prateleira da sala dele um livro chamado "Walden, Life on the Woods". A capa me chamou atenção e peguei o livro pra dar uma olhada. Perguntei pra ele se aquilo era um guia de sobrevivência em floresta, como viver em cabanas, etc. Ele respondeu que era mais ou menos isso, mas que tinha mais, era um livro bem mais complexo. Por fim me disse pra ficar com o livro, pois ele já tinha lido mais de uma vez. Aceitei e eventualmente li o negócio em poucos dias.
Pra minha surpresa, o livro e várias ideias do Thoreau se alinham com muitas das minhas próprias ideias. Foi um achado realmente fascinante pra mim. E pessoalmente acho que várias ideias se alinham com a Real, incluindo a famosa citação:
"The mass of men lead lives of quiet desperation. What is called resignation is confirmed desperation."
Traduzindo livremente ficaria algo como: "A maioria dos homens levam vidas de desespero silencioso. O que chamam de resignação é desespero confirmado."
Thoreau chegou à conclusão e escreveu isso na primeira metade do século XIX. Mas puta que pariu, como isso é real na nossa sociedade atual. Talvez por causas diferentes daquela época, mas a velha angústia continua a mesma. Naquela primeira metade do século XIX era a dureza da vida em si, a violência quase sempre sem justiça, homens ainda eram escravos, doenças que são simples pra nós hoje, mas que eram sentenças de morte lá atrás, etc. Uma fria incerteza sobre tudo e todos. Um caos vagamente sob controle.
Hoje, sendo bem prático e se concentrando apenas aqui na nossa comunidade realista, o desespero silencioso que enxergo, dos quais muitas coisas eu também já tive dentro de mim são:
O apego romântico que todos temos em relação às mulheres, especialmente aquelas que são fáceis aos olhos e que em determinados momentos nos enchem com carinho. Aquela afeição tão bem dissecada nos livros do Nessahan, que todos aqui conhecem (ou deveriam conhecer). A famigerada matrix que é tão difícil de escapar, mesmo quando se sabe tudo sobre ela.
O deserto sexual que muitos atravessam às vezes por anos.
A luta contra o ego e a necessidade de ostentar resultados para os círculos sociais, seja resultado de sucesso financeiro ou vida amorosa.
A falta de noção que a maioria tem sobre vida profissional e dinheiro na nossa sociedade consumista. Falta de compreensão causada muitas vezes pela visão de mundo da própria família, do círculo social, cegueira religiosa, escolas concentradas em produzir força de trabalho ao invés de bons cidadãos e malditas ideologias políticas de cunho marxista, que cerceiam a individualidade e matam o intelecto.
Tem mais, mas vou parar por aqui, porque quem está lendo sabe exatamente o que causa a angústia silenciosa dentro de si. Provavelmente os itens descritos ai em cima fazem parte.
Lá por 2015, quando eu ainda escrevia no meu blog, PFL, eu recebi um email de um cara, um marketeiro digital, me propondo criar um curso de coaching. Eu declinei porque a oferta era ruim e eu não queria me expor. Muito tempo seria gasto, eu iria me expor publicamente e o retorno financeiro seria ruim (sempre avaliem o custo benefício das coisas). Dinheiro eu já estava ganhando mais que o suficiente e já estava sendo ameaçado mesmo no anonimato do blog. Não queria essa dor de cabeça.
Nunca se esqueçam, ser low profile é o primeiro passo pra evitar uma avalanche de merda na sua vida. Ou seja, eu não sou coach, nunca fui e nem quero ser. Não dou mentoria (vou mentorar o que, caralho?). Eu só aprendo as coisas e escrevo sobre elas. Escrevo porque gosto de escrever e escrever me ajuda a internalizar tudo que aprendo. Muito do que escrevo, escrevo pra mim mesmo, ninguém lê. E se escrevo bem é porque tenho prática. Como em todas as coisas, quanto mais você pratica, melhor você fica. Escrever não é exceção.
Agora sim vem o artigo em si, o prato principal dessa parede de texto. De novo, não sou coach. O que vem ai embaixo não sou eu cagando regras pra vocês seguirem pra "se tornarem melhores" ou ter sucesso. Nada disso. Aliás, quem sou eu para querer aconselhar alguém?
São apenas sugestões, que para mim tem dado certo. Então se quiserem levar em consideração, aplicar e ver se funciona pra vocês, fiquem à vontade, se não... não tem problema. E também, este post é baseado nas minhas opiniões, ou seja, não precisa concordar e levar como verdade definitiva universal. Opinião é igual cu, cada um tem a sua.
Como (eu deixei) deixar de levar uma vida em desespero silencioso
A regra de ouro do auto-questionamento
Quando nós somos pequenos e temos pais e/ou avós que se importam conosco, ele dizem: "Filho/netinho você pode ser tudo que quiser na vida! Basta estudar/trabalhar/se esforçar o bastante."
A parte de que você pode ser tudo ou ter tudo o que quiser na vida é mentira. Não podemos. A parte de que esforço e dedicação te levam longe é uma meia verdade, vai depender de certos fatores. Mas não podemos ser tudo e ter tudo que quisermos. O maior problema é que somos bombardeados durante toda a vida por familiares, amigos e hoje em dia coaches de autoajuda com essa afirmação, chegamos na vida adulta e quando conseguimos realizar muito pouco ou quase nada, ai bate aquele desespero.
E tudo isso é pior para nós homens, que não ganhamos nada de graça por não termos uma perseguida entre as pernas como é o caso das mulheres. As mulheres também sofrem do mesmo desespero, mas no caso delas é diferente. Pra elas o desespero vem depois que desperdiçam sua juventude e oportunidades, ao contrário dos homens que já começam a sofrer na adolescência. As mulheres tem a vantagem de não ter que fazer nenhum esforço para ter contato sentimental e sexual com outra pessoa (de novo, elas tem o bucetão, que todo mundo quer, nós não temos). Homens nem essa facilidade tem.
Podemos ser muitas coisas, mas sempre é necessário ter o perfil certo e estar no lugar certo na hora certa. Dentro daquela janela de oportunidade.
Por exemplo, eu gosto de Formula 1. Mas eu já tenho 35 anos, idade em que geralmente os pilotos estão perto de se aposentar. Mesmo que eu tivesse 25 anos nas costas, ainda não poderia ser piloto, porque tirando minhas idas ao kartódromo de vez em quando, eu não tenho experiência pilotando carros de competição de verdade, nem tenho o biotipo necessário pra caber num monoposto e nem a grana/patrocínio pra isso. Se eu tivesse 15 anos, as chances não seriam melhores, minha família não teria grana pra me bancar e de novo, eu não tenho experiência suficiente atrás de um volante pra guiar de forma competitiva. Sem esquecer que mesmo que eu tivesse todos os pré-requisitos, ainda temos que lembrar que só existem 20 vagas no mundo para ser piloto de F1. E todas estão preenchidas. Tem vários pilotos que deviam estar lá e não estão. Só esse exemplo já dá uma boa ilustrada na coisa. Mas vamos dar outro mais simples.
Digamos que eu fosse apaixonado por barcos e quisesse ser capitão de corveta na marinha brasileira. Eu sou brasileiro nato, poderia servir a marinha, mas não tenho mais idade pra ingressar na marinha. Ou seja, não posso ser capitão de corveta. Essa oportunidade já passou.
Quando vocês querem fazer algo, a primeira coisa é se perguntar: Quais são as exigências pra isso? Como posso fazer realizar/isso? Quais são os passos? O que preciso ter, ser ou aprender pra isso? Onde preciso estar?
Usem isso pra tudo. Pra trocar o chuveiro no seu banheiro, o pneu do seu carro ou pra escolher uma profissão, pra fazer investimentos, pra se dedicar a hobbies, pra estudar, pra fazer uma feijoada, pra pegar uma mulher que você está de olho há um tempo, etc. Pra tudo.
Lembro que uma vez, quando eu ainda escrevia no blog, escrevi um artigo sobre não colocar mulheres em pedestais, principalmente por causa da aparência delas. Choveu comentários no artigo e encheu minha caixa de entrada do email do blog. Um desses emails era de um leitor que nem era assíduo no meu blog, ele era assíduo no blog do pobretão (então já da pra imaginar o vitimismo). Pelo que me recordo ele enviou um email com algo assim escrito (lembro até hoje porque o cara era tão vitimista que dava até pena):
"Rover eu sou preto, beta e pobre, mas não sinto atração por mulheres da minha raça, só me sinto afim de brancas. Só que as mulheres brancas não querem nada comigo. O que eu faço?"
Eu não lembro muito bem o que respondi pra ele naquela época, eu tinha bem menos paciência que hoje. Provavelmente dei uma cagada nele por ficar com essa rotulagem de alfa e beta, que continuo achando uma merda. Mas hoje usando esse exercício de se autoquestionar eu diria o seguinte:
Se o cara é negro e só tá afim de mulher branca, de duas uma, ou ele vai ter que achar uma branca que sinta atração por negros (e por ele), ou ele vai ter que jogar com o jogo das probabilidades e ir viver num país onde um número maior de mulheres brancas se atraem por negros. Por exemplo, já ouvi dizer que negão faz sucesso na Suécia, na Dinamarca, Finlândia, etc. Se o problema dele for apenas esvaziar o saco com brancas, simplesmente puta é o que mais tem por ai, não precisa mudar de país. Putas só ligam pra cor do seu dinheiro, elas curtem a nota azul, de R$ 100 mitos (e as civis também).
![[Image: F3x6H1O.jpg]](https://i.imgur.com/F3x6H1O.jpg)
E é isso. Você só precisa se perguntar "Sou negro e quero me relacionar com uma mulher branca. Do que eu preciso?"
Se a escolha for morar na Escandinávia, você vai precisar de: informação de imigração/vistos, informação sobre trabalho e moradia, vai precisar aprender o básico do idioma local e/ou bom inglês, vai precisar se exercitar e cuidar do corpo pra ter saúde e um físico atraente, vai precisar perder o medo de conversar com pessoas diferentes, vai ter que ter coragem pra se expor à uma cultura diferente e vai precisar de dinheiro pra realizar a mudança de país.
Se a escolha for procurar uma mulher por aqui mesmo, use algum app (conselho merda, mas enfim) e filtre as preferências. Ou observe conhecidas e tente perceber se dão alguma abertura, se mostram interesse. Ou trilhe o caminho do desenvolvimento pessoal, colha os frutos, principalmente os financeiros, que então não vai importar sua raça. Mulher vai atrás de você igual esquerdista vai atrás de lanche de mortadela.
Se a escolha for puta, separe uns R$ 350 mitos e vá comer a mais linda puta de flat que achar.
Pessoalmente acho que fazer todo um planejamento e um esforço enorme APENAS por causa de mulher é um tremendo de um desperdício. Mas esse exemplo que dei acima é o que me veio à cabeça e até serve pra ilustrar a situação pra alguns novatos que chegam aqui no fórum. Se você se concentrar em melhorar a si mesmo e ter certo sucesso fazendo isso, mulher será consequência e algo que não será fonte de preocupação em conseguir.
Voltando ao assunto, dá pra aplicar esse modus operandi em tudo que você for fazer. Absolutamente tudo. E fazendo isso você percebe se o que pretende é possível pra você ou não.
Uma vez aplicado o autoquestionamento a que me refiro acima, chega a hora de considerar o...
Custo benefício
Depois de aplicar o autoquestionamento e chegar à conclusão racional e lógica de que você pode conseguir realizar algo, chegou a hora de analisar o custo benefício desse algo. Ver se realmente vale a pena, mesmo que você tenha capacidade para atingir determinado objetivo. Novamente digo, faça isso com tudo que exigir o mínimo de tomada de decisão.
Vou dar um exemplo pessoal aqui sobre analisar custo benefício. Se você leu o meu artigo da virada do ano chamado Um Ano de América, vai lembrar que mencionei o fato de que estava indo numa escola para aprender mandarim. Qual era a minha razão pra querer aprender a falar chinês? Eu estava pensando no futuro. E eu disse que estava cursando mandarim, porque não estou mais, abandonei o curso de chinês. Vou explicar abaixo primeiro porquê decidi fazer o curso e depois porquê abandonei.
A China, na minha opinião, é o futuro (infelizmente). Por que acho isso? A economia chinesa é um castelo de cartas, baseada principalmente em cima de mão de obra barata e de domínio total do Estado, onde o direito à propriedade privada e intelectual é muito pequeno. Em algumas décadas, quando a automação de praticamente tudo deixar centenas de milhões de pessoas desempregadas na China, a teoria é de que pode ocorrer um colapso social, resultando em guerra civil ou sabe-se lá Deus o que. A lógica diz isso. Além disso, a China precisa de muitos recursos naturais pra continuar o crescimento econômico, e muitos desses recursos não estão em seu território.
Considerando esses problemas, por que ainda vejo a China como o futuro? Porque tem vantagens que o ocidente não tem.
A maior vantagem da China nesse momento é um dos assuntos que são o maior tabu hoje em dia. Tabu no ocidente, mas não na China (e espero que não seja aqui no fórum também): demografia.
O asiático do nordeste da Ásia (China, Hong Kong, Taiwan, Japão, Coreias e Mongólia) tem o maior QI (Quociente de inteligência) médio de todas as etnias/raças do planeta. A média é 105. Pra se ter uma ideia, a média do Brasil é 89 (acho que é bem menos, mas enfim, esse é o dado oficial).
E capital intelectual é o MAIOR e mais IMPORTANTE recurso que qualquer nação possui. Isso determina o FUTURO dessa nação. Só que infelizmente isso não se conserta investindo em educação. Bom investimento em educação e infraestrutura pode melhorar um pouco a situação apenas. Inteligência infelizmente é um trato majoritariamente genético, não existe conserto pra isso. Se gastarmos uma fortuna construindo as melhores escolas possíveis na Guiné Equatorial, erradicar a fome e melhorar o saneamento básico do país inteiro, por exemplo, o povo lá ainda vai continuar a ter um QI médio de algo em torno de 65, à beira do retardamento mental.
Então a China sai na frente de todos na coisa mais importante. Outra vantagem dos chineses é que devido à sua cultura, eles geralmente não se misturam com pessoas de outras raças, ou seja, o QI médio da população não vai cair, como está acontecendo na Europa, Austrália e América do Norte agora com o influxo de africanos, sul americanos e gente do oriente médio. Os globalistas (se é que não são o próprio governo chinês) não conseguem implantar a sua agenda disgênica na China. O chinês não sente culpa por sua raça, como o branco ocidental sente culpa por ser branco. Eles até tem um termo para o esquerdista SJW do ocidente. O termo é: baizuo. Pronuncia-se: bai-tsu-ó.
O Urban Dictionary define o baizuo como: um neologismo depreciativo chinês que define uma pessoa do ocidente, que possui educação superior, que defende a paz e a igualdade apenas para satisfazer seu próprio sentimento de superioridade moral. Um baizuo só se preocupa com temas como imigração, minorias, LGBT e o meio ambiente, enquanto é obcecado com o politicamente correto na medida em que eles importam valores islâmicos retrógrados em prol do multiculturalismo.
Ou seja, enquanto a média intelectual da população do ocidente todo diminui por causa de miscigenação forçada por sabe-se lá quem, os chineses se mantém na deles. E vão existir em torno de 1.5 bilhão de chineses em 2050.
Se a escolha for morar na Escandinávia, você vai precisar de: informação de imigração/vistos, informação sobre trabalho e moradia, vai precisar aprender o básico do idioma local e/ou bom inglês, vai precisar se exercitar e cuidar do corpo pra ter saúde e um físico atraente, vai precisar perder o medo de conversar com pessoas diferentes, vai ter que ter coragem pra se expor à uma cultura diferente e vai precisar de dinheiro pra realizar a mudança de país.
Se a escolha for procurar uma mulher por aqui mesmo, use algum app (conselho merda, mas enfim) e filtre as preferências. Ou observe conhecidas e tente perceber se dão alguma abertura, se mostram interesse. Ou trilhe o caminho do desenvolvimento pessoal, colha os frutos, principalmente os financeiros, que então não vai importar sua raça. Mulher vai atrás de você igual esquerdista vai atrás de lanche de mortadela.
Se a escolha for puta, separe uns R$ 350 mitos e vá comer a mais linda puta de flat que achar.
Pessoalmente acho que fazer todo um planejamento e um esforço enorme APENAS por causa de mulher é um tremendo de um desperdício. Mas esse exemplo que dei acima é o que me veio à cabeça e até serve pra ilustrar a situação pra alguns novatos que chegam aqui no fórum. Se você se concentrar em melhorar a si mesmo e ter certo sucesso fazendo isso, mulher será consequência e algo que não será fonte de preocupação em conseguir.
Voltando ao assunto, dá pra aplicar esse modus operandi em tudo que você for fazer. Absolutamente tudo. E fazendo isso você percebe se o que pretende é possível pra você ou não.
Uma vez aplicado o autoquestionamento a que me refiro acima, chega a hora de considerar o...
Custo benefício
Depois de aplicar o autoquestionamento e chegar à conclusão racional e lógica de que você pode conseguir realizar algo, chegou a hora de analisar o custo benefício desse algo. Ver se realmente vale a pena, mesmo que você tenha capacidade para atingir determinado objetivo. Novamente digo, faça isso com tudo que exigir o mínimo de tomada de decisão.
Vou dar um exemplo pessoal aqui sobre analisar custo benefício. Se você leu o meu artigo da virada do ano chamado Um Ano de América, vai lembrar que mencionei o fato de que estava indo numa escola para aprender mandarim. Qual era a minha razão pra querer aprender a falar chinês? Eu estava pensando no futuro. E eu disse que estava cursando mandarim, porque não estou mais, abandonei o curso de chinês. Vou explicar abaixo primeiro porquê decidi fazer o curso e depois porquê abandonei.
A China, na minha opinião, é o futuro (infelizmente). Por que acho isso? A economia chinesa é um castelo de cartas, baseada principalmente em cima de mão de obra barata e de domínio total do Estado, onde o direito à propriedade privada e intelectual é muito pequeno. Em algumas décadas, quando a automação de praticamente tudo deixar centenas de milhões de pessoas desempregadas na China, a teoria é de que pode ocorrer um colapso social, resultando em guerra civil ou sabe-se lá Deus o que. A lógica diz isso. Além disso, a China precisa de muitos recursos naturais pra continuar o crescimento econômico, e muitos desses recursos não estão em seu território.
Considerando esses problemas, por que ainda vejo a China como o futuro? Porque tem vantagens que o ocidente não tem.
A maior vantagem da China nesse momento é um dos assuntos que são o maior tabu hoje em dia. Tabu no ocidente, mas não na China (e espero que não seja aqui no fórum também): demografia.
O asiático do nordeste da Ásia (China, Hong Kong, Taiwan, Japão, Coreias e Mongólia) tem o maior QI (Quociente de inteligência) médio de todas as etnias/raças do planeta. A média é 105. Pra se ter uma ideia, a média do Brasil é 89 (acho que é bem menos, mas enfim, esse é o dado oficial).
E capital intelectual é o MAIOR e mais IMPORTANTE recurso que qualquer nação possui. Isso determina o FUTURO dessa nação. Só que infelizmente isso não se conserta investindo em educação. Bom investimento em educação e infraestrutura pode melhorar um pouco a situação apenas. Inteligência infelizmente é um trato majoritariamente genético, não existe conserto pra isso. Se gastarmos uma fortuna construindo as melhores escolas possíveis na Guiné Equatorial, erradicar a fome e melhorar o saneamento básico do país inteiro, por exemplo, o povo lá ainda vai continuar a ter um QI médio de algo em torno de 65, à beira do retardamento mental.
Então a China sai na frente de todos na coisa mais importante. Outra vantagem dos chineses é que devido à sua cultura, eles geralmente não se misturam com pessoas de outras raças, ou seja, o QI médio da população não vai cair, como está acontecendo na Europa, Austrália e América do Norte agora com o influxo de africanos, sul americanos e gente do oriente médio. Os globalistas (se é que não são o próprio governo chinês) não conseguem implantar a sua agenda disgênica na China. O chinês não sente culpa por sua raça, como o branco ocidental sente culpa por ser branco. Eles até tem um termo para o esquerdista SJW do ocidente. O termo é: baizuo. Pronuncia-se: bai-tsu-ó.
O Urban Dictionary define o baizuo como: um neologismo depreciativo chinês que define uma pessoa do ocidente, que possui educação superior, que defende a paz e a igualdade apenas para satisfazer seu próprio sentimento de superioridade moral. Um baizuo só se preocupa com temas como imigração, minorias, LGBT e o meio ambiente, enquanto é obcecado com o politicamente correto na medida em que eles importam valores islâmicos retrógrados em prol do multiculturalismo.
Ou seja, enquanto a média intelectual da população do ocidente todo diminui por causa de miscigenação forçada por sabe-se lá quem, os chineses se mantém na deles. E vão existir em torno de 1.5 bilhão de chineses em 2050.
![[Image: mgi37fp.jpg]](https://i.imgur.com/mgi37fp.jpg)
O segundo fato que os colocam em posição de destaque é que eles aprenderam como nossos "amigos" judeus que o melhor jeito de ganhar disputas é na esfera econômica e não no campo de batalha, mesmo porque ninguém tem condições de bater de frente com os EUA no âmbito militar. Neste exato momento, os chineses são praticamente donos do oeste do Canadá, Vancouver virou uma extensão de Hong Kong. São donos de muitos imóveis, terras e empresas em todos os EUA, especialmente na costa oeste, estão comprando absolutamente tudo na África e já usam a África como canteiro de exploração de recursos que eles não tem no território deles. Praticamente todos os governos africanos devem até as tangas pra China.
E estão comprando um monte de coisas no Brasil. De enormes fazendas, usinas hidrelétricas, grandes empresas à políticos alinhados com a esquerda internacional, como o tal de "Luis me engana", conhecido picareta. Os chineses se juntam em enclaves dentro de cidades do ocidente e prosperam, porque tem inteligência financeira e sabem empreender. Não é nem preciso sair do Brasil pra ver isso. Vá até a 25 de Março em São Paulo. Está dominada por chineses que estão ganhando fortunas vendendo lixo.
Outra curiosidade, a China tem a maior reserva de ouro do mundo. Não quero dizer que o ouro está no solo deles. Não. Falo de toneladas de lingotes de ouro dentro de cofres. Se a economia mundial for pro saco (e isso inclui criptomoedas) o governo deles vence. Leiam The Death of Money do autor James Rickards pra entender isso melhor e mais à fundo. É um livro assustador e eu recomendo.
E por ultimo, tem o comunismo social. Comunismo é uma merda, a pior merda que já inventaram. Mas os chineses aprenderam que pra fazer aquela merda funcionar eles precisam ser economicamente capitalistas, não tem outro jeito. Portanto eles adotaram o "melhor" dos dois mundos. A abundância da economia capitalista e o controle comunista total do cidadão, exacerbado agora pela tecnologia. O governo chinês não vai permitir idiotas úteis votando pra políticos que autodestroem o que controlam. Não vão cometer suicídio demográfico como o ocidente. Vejam o que acontece por toda a Europa, o que acontece na California socialista politicamente correta de hoje, onde as maiores cidades viraram pulgueiros cheios de merda nas ruas. Ou o que está acontecendo com Seattle, que há apenas 7 anos atrás quando fiz intercâmbio lá era uma cidade maravilhosa (veja aqui) e hoje virou um lixo cheio de drogados na ruas.
E estão comprando um monte de coisas no Brasil. De enormes fazendas, usinas hidrelétricas, grandes empresas à políticos alinhados com a esquerda internacional, como o tal de "Luis me engana", conhecido picareta. Os chineses se juntam em enclaves dentro de cidades do ocidente e prosperam, porque tem inteligência financeira e sabem empreender. Não é nem preciso sair do Brasil pra ver isso. Vá até a 25 de Março em São Paulo. Está dominada por chineses que estão ganhando fortunas vendendo lixo.
Outra curiosidade, a China tem a maior reserva de ouro do mundo. Não quero dizer que o ouro está no solo deles. Não. Falo de toneladas de lingotes de ouro dentro de cofres. Se a economia mundial for pro saco (e isso inclui criptomoedas) o governo deles vence. Leiam The Death of Money do autor James Rickards pra entender isso melhor e mais à fundo. É um livro assustador e eu recomendo.
E por ultimo, tem o comunismo social. Comunismo é uma merda, a pior merda que já inventaram. Mas os chineses aprenderam que pra fazer aquela merda funcionar eles precisam ser economicamente capitalistas, não tem outro jeito. Portanto eles adotaram o "melhor" dos dois mundos. A abundância da economia capitalista e o controle comunista total do cidadão, exacerbado agora pela tecnologia. O governo chinês não vai permitir idiotas úteis votando pra políticos que autodestroem o que controlam. Não vão cometer suicídio demográfico como o ocidente. Vejam o que acontece por toda a Europa, o que acontece na California socialista politicamente correta de hoje, onde as maiores cidades viraram pulgueiros cheios de merda nas ruas. Ou o que está acontecendo com Seattle, que há apenas 7 anos atrás quando fiz intercâmbio lá era uma cidade maravilhosa (veja aqui) e hoje virou um lixo cheio de drogados na ruas.
Não tem como o governo chinês perder o poder dessa forma. Eles não vão abrir as portas para os inimigos. Os cidadãos chineses vivem e vão continuar vivendo numa opressão filha da puta. Mas a China como nação vai ficar cada vez mais rica e poderosa.
Eu parei de acreditar em democracia já faz um tempo, acho que já completou sua utilidade na nossa civilização, já cumpriu seu ciclo. Entendi que hoje em dia não passa de um concurso de popularidade. Mesmo nos EUA é assim. À longo prazo, na sociedade atual, permitir que todos opinem nos destinos de uma nação é um erro terrível. Ainda mais com a inteligência emocional e o intelecto da grande massa se deteriorando como está. A maioria não tem capacidade de pensar em questões mais abrangentes, além de serem imediatistas. Agem mais baseados na emoção do que na razão. E essa brecha permite que pequenos grupos poderosos controlem nações inteiras.
Hoje pessoalmente creio que o melhor tipo de governo é uma monarquia constitucional onde o monarca tem plenos poderes (sem primeiro ministro pra fazer cagada), como acontece em lugares como Mônaco, Emirados Árabes Unidos, Bahrain, etc. Um monarca nunca vai querer ver sua nação/reino em condições precárias. É interesse pessoal dele. Nesses lugares, ideias marxistas não se criam. Mas é claro, só vai funcionar se o cidadão tiver liberdade e ter direito à propriedade privada e intelectual, como nas nações usadas como exemplo. Caso contrário vira ditadura (ditadura de verdade e não a que os esquerdistas dizem ter acontecido no Brasil). E é claro, numa nação onde o QI médio da população é de pelo menos 95 para que possa haver desenvolvimento orgânico dessa nação.
Considerando tudo que eu disse sobre a China e os chineses, na época decidi que aprender chinês seria uma ótima escolha como terceiro idioma. Uma boa ferramenta e algo útil de saber. Essa foi a análise de custo benefício que fiz na época usando as informações que compartilhei com vocês acima. E não foi algo que fiz durante 5 minutos enquanto dava uma cagada. Dei uma boa pesquisada antes, fiz minha lição de casa.
Mas depois de alguns meses fiz uma reavaliação da coisa toda. A situação da China mudou? Não. Continua sendo a nação do futuro na minha opinião. Só que eu comecei a considerar minha situação pessoal.
Aprender mandarim ou qualquer dialeto chinês que seja é difícil pra caralho. Qualquer idioma onde você não seja bombardeado diariamente com conteúdo desse idioma, será difícil aprender. Por isso mesmo que no Brasil tem mais gente falando inglês fluente do que espanhol que é um idioma bem similar ao português e todos nossos vizinhos falam. Porque somos bombardeados constantemente com conteúdo em inglês. Some o fato de que chinês usa um alfabeto completamente alienígena em comparação com o alfabeto latino que estamos acostumados e a porra toda vai por água abaixo.
Somado à minha dificuldade em aprender o novo idioma, eu racionalizei o seguinte:
Tenho 35 anos e não pretendo trabalhar além dos 45, ou seja, a China não vai dominar o mundo ou ser dona dos EUA até 2029 (espero).
Eu não pretendo morar na China e nem entrar em relacionamento com alguma chinesa. Sei falar algumas coisas em chinês que vou usar quando for visitar, mas é só.
Eu não faço negócios com chineses (fiz com um na época da empresa no Brasil, mas o cara morava no Brasil e falava português). Na verdade faço negócios no Mercosul, onde se fala português e espanhol. Não pretendo transformar minha empresa atual numa corporação gigante. Mesmo que isso acontecesse, não preciso falar chinês. O Elon Musk, Jeff Bezos e o Trump não falam chinês e são o que são, por exemplo.
Nada da informação que consumo está em chinês. Eu já sei falar o idioma de maior acesso à informação no planeta: inglês. É apenas isso que preciso.
E por fim estava gastando meu tempo e dinheiro numa classe cheia de marxistas que babam o ovo de chinês. Enche o saco você estar tentando aprender algo extremamente complexo enquanto a cada 5 minutos um idiota menciona que o Trump é racista, fascista, nazista, machista e taxista. Eu não mudei para aquele determinado lugar para ficar no meio de esquerdistas.
O custo benefício pra mim se mostrou altamente negativo depois da reavaliação. Meti o pé na porra toda sem nenhum remorso. Fico feliz com o que aprendi, mas dei um basta. Uma das melhores decisões que tomei até agora em 2019.
Portanto aqui vai um conselho: confiem nos seus instintos. Quando você tá num lugar fazendo algo e do nada surge a pergunta na sua mente "mas que merda estou fazendo aqui?" pare imediatamente pra reavaliar a situação. Porque seu inconsciente já detectou que há algo errado e você ainda não percebeu.
Encontre atividades simples que te trazem prazer e satisfação
Nesse ano comecei a fazer algo que nunca pensei que faria na vida. Garimpar ouro em beira de rio, e depois aprendi a purificar via processos químicos para fundir na garagem de casa.
Como me meti com isso? Bom, como eu disse lá no artigo da virada do ano, uma das coisas que faço em grande parte dos meus fins de semana lá nos EUA é juntar minhas tralhas de pesca e camping, pego o trabuco, entro no carro e vou pro meio do mato acampar e pescar. As vezes vou com amigos, as vezes sozinho.
E em uma dessas aventuras depois que acabou o inverno, lá no começo de Abril, encontrei um cara garimpando ouro na beira de uma corredeira e acabei acampando lá por umas horas pra dar uma pescada. Troquei muita ideia com o cidadão e ele me explicou muitas coisas sobre o assunto, inclusive me deixando ajudá-lo à prospectar. No caso ele só estava usando uma bateia, uma peneira, pá pequena, garrafinha de plástico pra sugar as partículas de ouro da bateia e um balde.
Eu parei de acreditar em democracia já faz um tempo, acho que já completou sua utilidade na nossa civilização, já cumpriu seu ciclo. Entendi que hoje em dia não passa de um concurso de popularidade. Mesmo nos EUA é assim. À longo prazo, na sociedade atual, permitir que todos opinem nos destinos de uma nação é um erro terrível. Ainda mais com a inteligência emocional e o intelecto da grande massa se deteriorando como está. A maioria não tem capacidade de pensar em questões mais abrangentes, além de serem imediatistas. Agem mais baseados na emoção do que na razão. E essa brecha permite que pequenos grupos poderosos controlem nações inteiras.
Hoje pessoalmente creio que o melhor tipo de governo é uma monarquia constitucional onde o monarca tem plenos poderes (sem primeiro ministro pra fazer cagada), como acontece em lugares como Mônaco, Emirados Árabes Unidos, Bahrain, etc. Um monarca nunca vai querer ver sua nação/reino em condições precárias. É interesse pessoal dele. Nesses lugares, ideias marxistas não se criam. Mas é claro, só vai funcionar se o cidadão tiver liberdade e ter direito à propriedade privada e intelectual, como nas nações usadas como exemplo. Caso contrário vira ditadura (ditadura de verdade e não a que os esquerdistas dizem ter acontecido no Brasil). E é claro, numa nação onde o QI médio da população é de pelo menos 95 para que possa haver desenvolvimento orgânico dessa nação.
Considerando tudo que eu disse sobre a China e os chineses, na época decidi que aprender chinês seria uma ótima escolha como terceiro idioma. Uma boa ferramenta e algo útil de saber. Essa foi a análise de custo benefício que fiz na época usando as informações que compartilhei com vocês acima. E não foi algo que fiz durante 5 minutos enquanto dava uma cagada. Dei uma boa pesquisada antes, fiz minha lição de casa.
Mas depois de alguns meses fiz uma reavaliação da coisa toda. A situação da China mudou? Não. Continua sendo a nação do futuro na minha opinião. Só que eu comecei a considerar minha situação pessoal.
Aprender mandarim ou qualquer dialeto chinês que seja é difícil pra caralho. Qualquer idioma onde você não seja bombardeado diariamente com conteúdo desse idioma, será difícil aprender. Por isso mesmo que no Brasil tem mais gente falando inglês fluente do que espanhol que é um idioma bem similar ao português e todos nossos vizinhos falam. Porque somos bombardeados constantemente com conteúdo em inglês. Some o fato de que chinês usa um alfabeto completamente alienígena em comparação com o alfabeto latino que estamos acostumados e a porra toda vai por água abaixo.
Somado à minha dificuldade em aprender o novo idioma, eu racionalizei o seguinte:
Tenho 35 anos e não pretendo trabalhar além dos 45, ou seja, a China não vai dominar o mundo ou ser dona dos EUA até 2029 (espero).
Eu não pretendo morar na China e nem entrar em relacionamento com alguma chinesa. Sei falar algumas coisas em chinês que vou usar quando for visitar, mas é só.
Eu não faço negócios com chineses (fiz com um na época da empresa no Brasil, mas o cara morava no Brasil e falava português). Na verdade faço negócios no Mercosul, onde se fala português e espanhol. Não pretendo transformar minha empresa atual numa corporação gigante. Mesmo que isso acontecesse, não preciso falar chinês. O Elon Musk, Jeff Bezos e o Trump não falam chinês e são o que são, por exemplo.
Nada da informação que consumo está em chinês. Eu já sei falar o idioma de maior acesso à informação no planeta: inglês. É apenas isso que preciso.
E por fim estava gastando meu tempo e dinheiro numa classe cheia de marxistas que babam o ovo de chinês. Enche o saco você estar tentando aprender algo extremamente complexo enquanto a cada 5 minutos um idiota menciona que o Trump é racista, fascista, nazista, machista e taxista. Eu não mudei para aquele determinado lugar para ficar no meio de esquerdistas.
O custo benefício pra mim se mostrou altamente negativo depois da reavaliação. Meti o pé na porra toda sem nenhum remorso. Fico feliz com o que aprendi, mas dei um basta. Uma das melhores decisões que tomei até agora em 2019.
Portanto aqui vai um conselho: confiem nos seus instintos. Quando você tá num lugar fazendo algo e do nada surge a pergunta na sua mente "mas que merda estou fazendo aqui?" pare imediatamente pra reavaliar a situação. Porque seu inconsciente já detectou que há algo errado e você ainda não percebeu.
Encontre atividades simples que te trazem prazer e satisfação
Nesse ano comecei a fazer algo que nunca pensei que faria na vida. Garimpar ouro em beira de rio, e depois aprendi a purificar via processos químicos para fundir na garagem de casa.
Como me meti com isso? Bom, como eu disse lá no artigo da virada do ano, uma das coisas que faço em grande parte dos meus fins de semana lá nos EUA é juntar minhas tralhas de pesca e camping, pego o trabuco, entro no carro e vou pro meio do mato acampar e pescar. As vezes vou com amigos, as vezes sozinho.
E em uma dessas aventuras depois que acabou o inverno, lá no começo de Abril, encontrei um cara garimpando ouro na beira de uma corredeira e acabei acampando lá por umas horas pra dar uma pescada. Troquei muita ideia com o cidadão e ele me explicou muitas coisas sobre o assunto, inclusive me deixando ajudá-lo à prospectar. No caso ele só estava usando uma bateia, uma peneira, pá pequena, garrafinha de plástico pra sugar as partículas de ouro da bateia e um balde.
Bateia é aquela tigela que o garimpeiro usa para ir eliminando areia e pedras com água enquanto as partículas de ouro, que é mais pesado, vão ficando no fundo. Tudo, com exceção do balde, cabe em uma mochila. E sendo tudo de plástico, é bem leve. Então comprei um kit desses que desde então, levo comigo quando sei que vou acampar em algum lugar que tem rio ou riachos. Não gastei nem US$ 50 dólares no kit. Vejam a foto abaixo feita por mim em um desses riachos no meio do mato.
![[Image: XngrHIx.jpg]](https://i.imgur.com/XngrHIx.jpg)
Em casa eu já tinha uma tocha de acetileno mas precisei comprar mais alguns itens para poder purificar as pequenas partículas e pepitas que fui coletando nas minhas saídas. Comprei três copos de precipitação, dois frascos Erlenmeyer, um pequeno fogão elétrico, cadinhos de grafite e uma forma também de grafite, pinça de metal para manipular o cadinho, um filtro à vácuo (a parte mais cara do equipamento), pequena balança de precisão, filtros de papel, máscara e óculos de proteção, luvas de látex e luvas resistentes ao calor e mais alguns itens. Também comprei alguns galões de ácido nítrico e hidroclorídrico (também conhecido como muriático), garrafas de água destilada e mais alguns outros reagentes químicos.
Além de todos esses itens, comprei um livro explicando o passo a passo do processo e assisti vários vídeos de como fazer o processo no Youtube. Dei uma boa estudada antes de realizar o processo químico e fundi cobre antes de fundir o ouro pra testar o cadinho e a tocha. Quem se interessar, tiver curiosidade e paciência, no longo vídeo abaixo o cidadão mostra como é o processo de refinamento do ouro. Mas no caso dele ele faz com jóias velhas/quebradas que possuem ouro em vários níveis de pureza e outros metais juntos. No meu caso, o ouro já é mais puro porque foi encontrado em estado natural. A quantidade de outros metais e impurezas é bem menor.
Além de todos esses itens, comprei um livro explicando o passo a passo do processo e assisti vários vídeos de como fazer o processo no Youtube. Dei uma boa estudada antes de realizar o processo químico e fundi cobre antes de fundir o ouro pra testar o cadinho e a tocha. Quem se interessar, tiver curiosidade e paciência, no longo vídeo abaixo o cidadão mostra como é o processo de refinamento do ouro. Mas no caso dele ele faz com jóias velhas/quebradas que possuem ouro em vários níveis de pureza e outros metais juntos. No meu caso, o ouro já é mais puro porque foi encontrado em estado natural. A quantidade de outros metais e impurezas é bem menor.
Eu nunca manjei muito de química, metalurgia é mais a minha praia, já que fez parte da minha formação universitária. Mas vou dizer pra vocês: nunca me diverti tanto com algo quanto fazendo isso. Primeiro que aliado ao fato de estar indo ao ar livre pra acampar, pescar, caminhar e fotografar, estou ainda fazendo um exercício extra ao peneirar lama e pedras na beira do rio como o cara do vídeo ali em cima mostra. Segundo que é uma diversão limpar e depois processar o ouro quimicamente, apesar de que demanda paciência, pois o processo todo leva uns dois dias.
Por fim, o resultado da diversão: Já devo ter ido garimpar oito ou nove vezes, não tenho certeza. E depois de acumular o que encontrei nessas saídas, realizei apenas uma vez o processo químico e a fundição. Tenho agora lá em casa, dentro do meu cofre, uma pequena barrinha retangular com 39 gramas de ouro puro, mais ou menos do tamanho da tampa de uma caneta bic se você quebrar aquela haste que usamos pra tirar cera do ouvido. Tão brilhante que nem foi preciso polir nem nada. Foi do cadinho para o molde, do molde pra dentro de uma caneca cheia de água fria e estava pronta.
Eu gastei com todo o equipamento de laboratório e de prospecção, em torno de US$ 600 dólares. A barrinha de ouro vale no preço de hoje US$ 1.680 dólares ou algo em torno de R$ 6.500 mitos. Nada mal pra um hobby, hein? Um PS4 e mais dois jogos também sairiam e torno de US$ 600 trumps, mas nunca me daria o retorno financeiro, a vantagem do exercício ao sair ao ar livre e nem o prazer de realizar uma atividade dessas. Claro, que o retorno financeiro é irrelevante nesse caso, garimpar ouro com bacia não vai pagar minhas contas. Pra mim o que vale foi o grande prazer de fazer a coisa toda.
Eu não pretendo vender a barrinha, gravei o nome da família e um "999" nela. Pretendo guardar todo o ouro que eu garimpar e fundir no futuro. Vai que um dia acontece o que eu disse sobre a situação da China acima, o sistema financeiro mundial entrar em colapso, dinheiro de papel virar papel pra limpar a bunda e criptomoedas não passarem de bits num disco rígido. Terei algo de valor real pra negociar.
Essa atividade não é tão "simples" mas é acessível (em valores financeiros) e me gerou uma satisfação enorme em fazer. Vocês podem perceber isso na maneira como detalho no texto. Me senti como uma criança de novo, daquelas que são criadas fechadas em apartamentos e nunca tem oportunidade de brincar com terra, de sujar as mãos.
Ainda quero ter outro hobby semelhante (do tipo botar a mão na massa) no futuro, que é aprender a restaurar carros velhos, como citei na virada do ano. Mas isso já é uma atividade que exige mais recursos e espaço em casa, coisa que ainda não tenho, vai ficar planejado para a minha propriedade rural no futuro. E preciso ir estudar mecânica de autos também. Mesmo assim, fico muito satisfeito de ter tropeçado nesse hobby de garimpo amador. Estou até pensando em comprar uma caixa para lavar cascalho, daquelas que você coloca uma pá inteira de terra e cascalho e a água desce lavando a sujeira e deixando o ouro na rampa escalonada. Não sei como se chama em português, em inglês se chama sluice box. Tipo essa abaixo.
![[Image: qN7K3eA.jpg]](https://i.imgur.com/qN7K3eA.jpg)
Conselho que fica é: encontre atividades desse tipo, que fazem com que você aprenda algo útil, não fique sentado num sofá e se possível acrescente algum valor tangível na sua vida, seja material ou intelectual. Faz um bem tremendo pra sua saúde mental.
Solitude, aprenda a ser autossuficiente
Eis uma das grandes chaves para o desenvolvimento pessoal que muito coach filho da puta não consegue entender porque focam muito em relações interpessoais. Como se estar cercado por outras pessoas fosse a coisa mais importante do mundo.
Não me entendam mal, saber lidar com pessoas, negociar, saber falar não, ser "político", etc, são habilidades indispensáveis que todos podem e devem aprender. Saber ser social abre muitas portas, pernas e cofres. Use as regras do jogo a seu favor.
Mas será apenas na solitude que você vai ter capacidade de aprender sobre você mesmo e testar muitos dos seus limites. E é só na solitude que conseguimos ter o foco suficiente pra nos tornarmos autodidatas. Quem não é autodidata, morre na praia. Lembro de quando fui morar sozinho pela primeira vez. Não tenho vergonha de admitir que cheguei a procurar no Google como cozinhar e realizar certas tarefas domésticas. É verdade que a necessidade é a mãe de todas as invenções e o desconforto o pai de todo o progresso. Não tenham vergonha de ir procurar informação para algo que precisam aprender, por mais ridículo e simples que seja esse algo.
Não sei se foi aqui no fórum ou no blog que comentei uma vez, que a melhor maneira de perder o medo de interagir com pessoas que estão fora do nosso círculo social e descobrir capacidades que você não sabia que tinha, é viajando sozinho, de preferência para o exterior. Depois que se faz isso, você perde muito daquela vergonha, inibição que muitos de nós temos quando somos mais jovens. Você fica cara de pau. E ser cara de pau é uma virtude. A grande maioria das pessoas tem até vergonha de ir num cinema sozinhos. Imagina viajar sozinho então.
E não confundam solitude com solidão.
Solidão é um vazio emocional. Faz com que o indivíduo não apenas tenha dificuldade em se conectar com outras pessoas como não consegue se conectar com si mesmo. Sente-se excluído, diminuído, descartável, rejeitado. Acaba no fim se tornando uma pessoa carente que vai tentar chamar atenção pra si por meio de ostentação, vitimismo e outras maneiras nada saudáveis. E querer chamar atenção por motivo de carência é algo que geralmente termina muito, muito mal. Afasta pessoas e oportunidades. Solidão é um mal que atinge qualquer tipo de pessoa, pobres e ricos, desconhecidos e famosos. Homem e mulher. De todas as raças, religiões e nacionalidades. Dinheiro e fama não resolvem esse problema. Se resolvesse não existiriam caras como o "Rei do Camarote" e famosos que tem tudo na mão enchendo o cu de drogas e morrendo mortes sem sentido por ai.
Solitude significa estar satisfeito com a própria companhia. Permite que o indivíduo tenha liberdade para aprender e criar muitas coisas e hábitos positivos. Ser um praticante da solitude confere outro benefício de grande valor: não ter a necessidade de aprovação das outras pessoas. Isso permite que você ligue o foda-se e se torne uma pessoa low profile.
A solitude também permite que você se torne escasso para seu círculo social. Isso faz com as pessoas acabem inconscientemente valorizando muito mais o tempo que passam com você e você próprio, e essa valorização acaba sendo positiva para sua autoestima, quanto maior a autoestima, maior a confiança, melhor você se relaciona. Uma coisa puxa a outra. No mundo dos negócios também funciona da mesma forma. Não te levam a sério se você estiver disponível 24/7 e dizer sim pra todos. A conquista de todo objetivo que tem obstáculos é sempre mais valorizada. Portanto se você é o objetivo de alguém, coloque alguns obstáculos. Faça a pessoa merecer sua atenção.
Aprender a cultivar a solitude não significa se isolar das pessoas, muito pelo contrário. Você pode ter relacionamentos familiares, de amizade e amorosos e ainda sim sempre separar um tempo para você mesmo.
Quem quiser se aprofundar bastante nesse assunto, indico o livro que possui a citação que dá nome à esse post: Walden de Thoreau.
Aprenda o que é o dinheiro
Dinheiro, ou a falta dele, é uma das principais razões do homem moderno viver numa vida de desespero silencioso (ou não tão silencioso assim). Infelizmente as pessoas não aprendem sobre dinheiro na escola e raramente aprendem em casa.
O que as pessoas acham que é dinheiro? Uns vão dizer que é felicidade. Outros vão dizer que é liberdade. Uns dizem que é a pior coisa que o homem inventou, já outros dizem que é coisa do demônio. E por ai vai.
Dinheiro traz felicidade? Sim, se você entender a dinâmica do dinheiro. Se você conseguir muito dinheiro e não entender como ele funciona e pra que serve, você se torna um escravo dele. E não será feliz. E se você for pobre, a falta do dinheiro vai te limitar em tantas coisas que você provavelmente vai levar uma vida infeliz.
Então o que seria entender a dinâmica do dinheiro?
Vou dizer pra vocês o que é. Dinheiro é tempo. E tempo, que quase sempre é proporcionado pelo dinheiro, é o bem mais valioso que um ser humano pode possuir. Tempo é um bem precioso que as vezes nem mesmo o dinheiro pode comprá-lo, vejam o caso do meu pai, morrendo de câncer. Mesmo que eu desse tudo que eu tenho, que meus irmãos tem, que o Jeff Bezos desse os US$ 100 bilhões dele, não poderíamos salvar meu pai. Não podemos comprar mais tempo pra ele.
Vejam bem, não estou dizendo que dinheiro é uma coisa negativa. Que não devemos persegui-lo pelo fato de que vamos perder tempo fazendo isso. Pelo contrário, temos que ir em busca de conquistas financeiras sim. Pois no fim das contas vamos precisar dele se quisermos ter tempo para desfrutar um pouco desse mundo.
A primeira coisa que é preciso entender se você quer ganhar dinheiro é que você não vai ficar rico e corre um sério risco de não chegar nem a ficar confortável financeiramente se você trocar seu tempo pelo dinheiro. O que quero dizer com isso? Se você trabalha como empregado de alguém, você está vendendo seu tempo (e talvez conhecimento) para essa pessoa. E tempo é algo limitado. Você só pode trabalhar 8 horas por dia.
Aqueles que ficam ricos fazem o contrário, eles dão dinheiro em troca de tempo e como consequência acabam ganhando mais dinheiro ainda.
Se você quer ganhar bastante dinheiro é preciso gerar algum tipo de valor para as pessoas e vender esse valor (que será em forma de mercadorias, serviços e/ou experiências). É vendendo algo que chegamos lá.
Na minha opinião, não apenas vender é necessário para que dinheiro deixe de ser escasso na sua vida, mas é preciso ter mais de uma fonte de renda. Quanto mais fontes melhor. E de preferência fontes de renda passiva, onde você não precisa entregar seu tempo. Além disso, é preciso sempre estar dentro de um orçamento nas suas finanças domésticas. Fixe um valor e nunca ultrapasse aquele valor.
Sendo curto e grosso: se tu for CLT a vida toda, você sempre vai se preocupar se vai ter dinheiro ou não pra pagar as contas do próximo mês. E no fim, vai depender da previdência do governo brasileiro. Pra mim isso seria um pesadelo. Fico até gelado de pensar em pessoas que tem seu futuro atrelado ao nosso governo. Afinal, por mais que eu aprove o que o Bolsonaro está tentando fazer pra arrumar a casa, sabemos que ele não será presidente pra sempre.
Vocês já fizeram um exercício de quanto dinheiro seria necessário para realizarem os sonhos de consumo de vocês?
Geralmente quando perguntam nas ruas em épocas que a Mega-Sena acumulou, o povão responde: "quero comprar uma casa", "quero comprar um sítio", "quero trocar de carro e ir viajar", "quero ajudar familiares/amigos", etc.
Vejam como a grande maioria das pessoas não tem noção do que um prêmio de Mega-Sena pode proporcionar. E percebam também que os maiores sonhos de consumo das pessoas não são coisas grandiosas.
Você não ve as tias velhas no ponto de ônibus respondendo ao repórter "pretendo comprar uma villa no Lago Como, na Itália", ou "vou comprar um iate de 90 pés, navegar por toda a costa brasileira e depois conhecer o mundo", você não ve o tiozão do boteco falando "vou diversificar o dinheiro do prêmio em investimentos no Brasil e fora dele, mas não antes de comprar um Learjet"...
Os sonhos de consumo das pessoas podem ser totalmente realizáveis sem precisar da possibilidade extremamente remota de se ganhar uma loteria.
Quanto custa uma casa decente num local razoável? R$ 500 mil? R$ 1 milhão?
Quanto custa um sítio razoável (que provavelmente já vem com uma casa)? R$ 1 milhão, R$ 1.5, R$ 2 milhões?
Quanto custa um carro legal? R$ 60 à R$ 100 mil?
Quanto custa ajudar familiares (não se dá dinheiro pra amigo, pois você perde o dinheiro e depois o amigo)? R$ 5, R$ 10 mil?
Viajar pelo mundo todo, gastando em reais, se o viajante tiver o conhecimento de como economizar aqui e ali, sai em torno de R$ 40, R$ 50 mil. Se for marinheiro de primeira viagem vai gastar uns R$ 70, R$ 80 mil.
Mesmo somando tudo isso que citei, R$ 3 milhões fecham a conta com sobras. Com R$ 3 milhões dá pra fazer todas as coisas acima que um apostador da Mega-Sena, que paga R$ 50, R$ 100, R$ 150 milhões de prêmio, deseja.
"Tudo bem Rover, mas conseguir R$ 3 milhões de mitos é difícil."
Sim, é difícil, mas não é impossível se você estiver vendendo algo que não seja seu tempo. Mas será impossível se você for CLT, com exceção se você for um médico muito requisitado, juiz, político ou jogador de futebol.
De tudo isso citado a única coisa que você PRECISA querer é:
"Quero ter renda passiva mensal/anual de R$ ou US$ X."
Vou dar um exemplo aleatório: Quero ter uma renda passiva de US$ 50 mil dólares por mês ou US$ 600 mil por ano.
Simplesmente se eu conseguir chegar nesse montante e gastar menos mensalmente/anualmente, o que significa? Que atingi a independência financeira. A famosa IF. E significa que agora eu tenho acesso à coisa mais preciosa do mundo: tempo. Porque não preciso mais trabalhar. Posso fazer o que eu quiser com meu tempo, porque agora o sistema não é mais o dono do meu tempo, eu sou. E quando estamos falando de dinheiro essa é a coisa mais importante que vocês precisam saber.
Depois, apenas DEPOIS que vocês atingem o valor da IF que desejam, ai vocês vão atrás dos passivos. O que eu quero dizer? As casas, apartamentos, sítios que desejam morar. O carro que querem guiar, as viagens que querem fazer, os eletrônicos que querem ter, as putas que querem comer, etc. Se tiver que continuar trabalhando pra realizar esses passivos ou aumentar o poder de compra da sua IF, continue, mas não toque no seu pé de meia inicial que te garante a liberdade financeira.
Vejam meu caso. No começo desse ano eu conheci uma cidadezinha num estado vizinho ao que vivo no momento e me apaixonei pelo lugar. É uma cidadezinha de pouco mais de 20 mil pessoas. A cidade tem todas as características demográficas que me agradam, todo mundo é conservador, o cenário é fantástico, no meio das montanhas, além de ter um lago enorme, etc. Decidi que quero a minha propriedade rural da aposentadoria lá. É claro, se a coisas não mudarem, se os socialistas da California e de New York não começarem a se meter por lá. Por isso vou manter minha atenção lá nos próximos anos. E agora quero uma propriedade com um rio ou pelo menos um riacho passando dentro dela, já que não só quero pescar mas quero garimpar também.
É por isso que continuo trabalhando. Pra isso e pra aumentar o tamanho do alcance da minha IF. Quando eu tiver a grana e ficar de saco cheio de trabalhar, vou começar a fuçar nos sites de imóveis (mentira, já to fazendo isso agora) e vou puxar o gatilho, assim como fiz quando chegou a oportunidade de sair do Brasil.
Aprendam sobre dinheiro. Sem preconceitos contra dinheiro ou contra quem tem mais dinheiro ou sabe mais que vocês, procurem aprender com essas pessoas ao invés de afastá-las. Essa é uma lição que sigo e me abriu os olhos pra muitas coisas que não aprendi em casa nem em escolas.
Propósito
Pra finalizar, aqui será rápido. Se você não tiver um propósito na vida, sua vida será um desperdício. Falei disso no Um Ano de América também. O ser humano precisa ter um objetivo pra seguir.
Se você quer desesperadamente mas não consegue achar um propósito, objetivo, sonho, etc, siga essa dica: faça a independência financeira ser o seu objetivo. Use os passos acima. Pergunte-se como, quais são as ferramentas que vocês tem com vocês, quais vocês precisam aprender, meçam os custos benefícios dessas ações, aprendam a ser autossuficientes, não foquem apenas em lazer inútil e aprendam sobre dinheiro.
Simplesmente durante esse caminho, você vai ter experiências novas e no fim vai acabar achando aquilo que você quer ser e fazer. Aquela missão que não tem nada a ver com ganhar dinheiro, pois o dinheiro é apenas a ferramenta que vai te proporcionar tempo.
Não precisamos viver vidas de desespero silencioso. Não se entreguem à resignação. Deixem a entrega apenas pro dia que forem morrer.
Já indiquei no meio do texto mas indico novamente: leiam Walden, a obra do Henry David Thoreau, vocês vão gostar.
Solitude, aprenda a ser autossuficiente
Eis uma das grandes chaves para o desenvolvimento pessoal que muito coach filho da puta não consegue entender porque focam muito em relações interpessoais. Como se estar cercado por outras pessoas fosse a coisa mais importante do mundo.
Não me entendam mal, saber lidar com pessoas, negociar, saber falar não, ser "político", etc, são habilidades indispensáveis que todos podem e devem aprender. Saber ser social abre muitas portas, pernas e cofres. Use as regras do jogo a seu favor.
Mas será apenas na solitude que você vai ter capacidade de aprender sobre você mesmo e testar muitos dos seus limites. E é só na solitude que conseguimos ter o foco suficiente pra nos tornarmos autodidatas. Quem não é autodidata, morre na praia. Lembro de quando fui morar sozinho pela primeira vez. Não tenho vergonha de admitir que cheguei a procurar no Google como cozinhar e realizar certas tarefas domésticas. É verdade que a necessidade é a mãe de todas as invenções e o desconforto o pai de todo o progresso. Não tenham vergonha de ir procurar informação para algo que precisam aprender, por mais ridículo e simples que seja esse algo.
Não sei se foi aqui no fórum ou no blog que comentei uma vez, que a melhor maneira de perder o medo de interagir com pessoas que estão fora do nosso círculo social e descobrir capacidades que você não sabia que tinha, é viajando sozinho, de preferência para o exterior. Depois que se faz isso, você perde muito daquela vergonha, inibição que muitos de nós temos quando somos mais jovens. Você fica cara de pau. E ser cara de pau é uma virtude. A grande maioria das pessoas tem até vergonha de ir num cinema sozinhos. Imagina viajar sozinho então.
E não confundam solitude com solidão.
Solidão é um vazio emocional. Faz com que o indivíduo não apenas tenha dificuldade em se conectar com outras pessoas como não consegue se conectar com si mesmo. Sente-se excluído, diminuído, descartável, rejeitado. Acaba no fim se tornando uma pessoa carente que vai tentar chamar atenção pra si por meio de ostentação, vitimismo e outras maneiras nada saudáveis. E querer chamar atenção por motivo de carência é algo que geralmente termina muito, muito mal. Afasta pessoas e oportunidades. Solidão é um mal que atinge qualquer tipo de pessoa, pobres e ricos, desconhecidos e famosos. Homem e mulher. De todas as raças, religiões e nacionalidades. Dinheiro e fama não resolvem esse problema. Se resolvesse não existiriam caras como o "Rei do Camarote" e famosos que tem tudo na mão enchendo o cu de drogas e morrendo mortes sem sentido por ai.
Solitude significa estar satisfeito com a própria companhia. Permite que o indivíduo tenha liberdade para aprender e criar muitas coisas e hábitos positivos. Ser um praticante da solitude confere outro benefício de grande valor: não ter a necessidade de aprovação das outras pessoas. Isso permite que você ligue o foda-se e se torne uma pessoa low profile.
A solitude também permite que você se torne escasso para seu círculo social. Isso faz com as pessoas acabem inconscientemente valorizando muito mais o tempo que passam com você e você próprio, e essa valorização acaba sendo positiva para sua autoestima, quanto maior a autoestima, maior a confiança, melhor você se relaciona. Uma coisa puxa a outra. No mundo dos negócios também funciona da mesma forma. Não te levam a sério se você estiver disponível 24/7 e dizer sim pra todos. A conquista de todo objetivo que tem obstáculos é sempre mais valorizada. Portanto se você é o objetivo de alguém, coloque alguns obstáculos. Faça a pessoa merecer sua atenção.
Aprender a cultivar a solitude não significa se isolar das pessoas, muito pelo contrário. Você pode ter relacionamentos familiares, de amizade e amorosos e ainda sim sempre separar um tempo para você mesmo.
Quem quiser se aprofundar bastante nesse assunto, indico o livro que possui a citação que dá nome à esse post: Walden de Thoreau.
Aprenda o que é o dinheiro
Dinheiro, ou a falta dele, é uma das principais razões do homem moderno viver numa vida de desespero silencioso (ou não tão silencioso assim). Infelizmente as pessoas não aprendem sobre dinheiro na escola e raramente aprendem em casa.
O que as pessoas acham que é dinheiro? Uns vão dizer que é felicidade. Outros vão dizer que é liberdade. Uns dizem que é a pior coisa que o homem inventou, já outros dizem que é coisa do demônio. E por ai vai.
Dinheiro traz felicidade? Sim, se você entender a dinâmica do dinheiro. Se você conseguir muito dinheiro e não entender como ele funciona e pra que serve, você se torna um escravo dele. E não será feliz. E se você for pobre, a falta do dinheiro vai te limitar em tantas coisas que você provavelmente vai levar uma vida infeliz.
Então o que seria entender a dinâmica do dinheiro?
Vou dizer pra vocês o que é. Dinheiro é tempo. E tempo, que quase sempre é proporcionado pelo dinheiro, é o bem mais valioso que um ser humano pode possuir. Tempo é um bem precioso que as vezes nem mesmo o dinheiro pode comprá-lo, vejam o caso do meu pai, morrendo de câncer. Mesmo que eu desse tudo que eu tenho, que meus irmãos tem, que o Jeff Bezos desse os US$ 100 bilhões dele, não poderíamos salvar meu pai. Não podemos comprar mais tempo pra ele.
Vejam bem, não estou dizendo que dinheiro é uma coisa negativa. Que não devemos persegui-lo pelo fato de que vamos perder tempo fazendo isso. Pelo contrário, temos que ir em busca de conquistas financeiras sim. Pois no fim das contas vamos precisar dele se quisermos ter tempo para desfrutar um pouco desse mundo.
A primeira coisa que é preciso entender se você quer ganhar dinheiro é que você não vai ficar rico e corre um sério risco de não chegar nem a ficar confortável financeiramente se você trocar seu tempo pelo dinheiro. O que quero dizer com isso? Se você trabalha como empregado de alguém, você está vendendo seu tempo (e talvez conhecimento) para essa pessoa. E tempo é algo limitado. Você só pode trabalhar 8 horas por dia.
Aqueles que ficam ricos fazem o contrário, eles dão dinheiro em troca de tempo e como consequência acabam ganhando mais dinheiro ainda.
Se você quer ganhar bastante dinheiro é preciso gerar algum tipo de valor para as pessoas e vender esse valor (que será em forma de mercadorias, serviços e/ou experiências). É vendendo algo que chegamos lá.
Na minha opinião, não apenas vender é necessário para que dinheiro deixe de ser escasso na sua vida, mas é preciso ter mais de uma fonte de renda. Quanto mais fontes melhor. E de preferência fontes de renda passiva, onde você não precisa entregar seu tempo. Além disso, é preciso sempre estar dentro de um orçamento nas suas finanças domésticas. Fixe um valor e nunca ultrapasse aquele valor.
Sendo curto e grosso: se tu for CLT a vida toda, você sempre vai se preocupar se vai ter dinheiro ou não pra pagar as contas do próximo mês. E no fim, vai depender da previdência do governo brasileiro. Pra mim isso seria um pesadelo. Fico até gelado de pensar em pessoas que tem seu futuro atrelado ao nosso governo. Afinal, por mais que eu aprove o que o Bolsonaro está tentando fazer pra arrumar a casa, sabemos que ele não será presidente pra sempre.
Vocês já fizeram um exercício de quanto dinheiro seria necessário para realizarem os sonhos de consumo de vocês?
Geralmente quando perguntam nas ruas em épocas que a Mega-Sena acumulou, o povão responde: "quero comprar uma casa", "quero comprar um sítio", "quero trocar de carro e ir viajar", "quero ajudar familiares/amigos", etc.
Vejam como a grande maioria das pessoas não tem noção do que um prêmio de Mega-Sena pode proporcionar. E percebam também que os maiores sonhos de consumo das pessoas não são coisas grandiosas.
Você não ve as tias velhas no ponto de ônibus respondendo ao repórter "pretendo comprar uma villa no Lago Como, na Itália", ou "vou comprar um iate de 90 pés, navegar por toda a costa brasileira e depois conhecer o mundo", você não ve o tiozão do boteco falando "vou diversificar o dinheiro do prêmio em investimentos no Brasil e fora dele, mas não antes de comprar um Learjet"...
Os sonhos de consumo das pessoas podem ser totalmente realizáveis sem precisar da possibilidade extremamente remota de se ganhar uma loteria.
Quanto custa uma casa decente num local razoável? R$ 500 mil? R$ 1 milhão?
Quanto custa um sítio razoável (que provavelmente já vem com uma casa)? R$ 1 milhão, R$ 1.5, R$ 2 milhões?
Quanto custa um carro legal? R$ 60 à R$ 100 mil?
Quanto custa ajudar familiares (não se dá dinheiro pra amigo, pois você perde o dinheiro e depois o amigo)? R$ 5, R$ 10 mil?
Viajar pelo mundo todo, gastando em reais, se o viajante tiver o conhecimento de como economizar aqui e ali, sai em torno de R$ 40, R$ 50 mil. Se for marinheiro de primeira viagem vai gastar uns R$ 70, R$ 80 mil.
Mesmo somando tudo isso que citei, R$ 3 milhões fecham a conta com sobras. Com R$ 3 milhões dá pra fazer todas as coisas acima que um apostador da Mega-Sena, que paga R$ 50, R$ 100, R$ 150 milhões de prêmio, deseja.
"Tudo bem Rover, mas conseguir R$ 3 milhões de mitos é difícil."
Sim, é difícil, mas não é impossível se você estiver vendendo algo que não seja seu tempo. Mas será impossível se você for CLT, com exceção se você for um médico muito requisitado, juiz, político ou jogador de futebol.
De tudo isso citado a única coisa que você PRECISA querer é:
"Quero ter renda passiva mensal/anual de R$ ou US$ X."
Vou dar um exemplo aleatório: Quero ter uma renda passiva de US$ 50 mil dólares por mês ou US$ 600 mil por ano.
Simplesmente se eu conseguir chegar nesse montante e gastar menos mensalmente/anualmente, o que significa? Que atingi a independência financeira. A famosa IF. E significa que agora eu tenho acesso à coisa mais preciosa do mundo: tempo. Porque não preciso mais trabalhar. Posso fazer o que eu quiser com meu tempo, porque agora o sistema não é mais o dono do meu tempo, eu sou. E quando estamos falando de dinheiro essa é a coisa mais importante que vocês precisam saber.
Depois, apenas DEPOIS que vocês atingem o valor da IF que desejam, ai vocês vão atrás dos passivos. O que eu quero dizer? As casas, apartamentos, sítios que desejam morar. O carro que querem guiar, as viagens que querem fazer, os eletrônicos que querem ter, as putas que querem comer, etc. Se tiver que continuar trabalhando pra realizar esses passivos ou aumentar o poder de compra da sua IF, continue, mas não toque no seu pé de meia inicial que te garante a liberdade financeira.
Vejam meu caso. No começo desse ano eu conheci uma cidadezinha num estado vizinho ao que vivo no momento e me apaixonei pelo lugar. É uma cidadezinha de pouco mais de 20 mil pessoas. A cidade tem todas as características demográficas que me agradam, todo mundo é conservador, o cenário é fantástico, no meio das montanhas, além de ter um lago enorme, etc. Decidi que quero a minha propriedade rural da aposentadoria lá. É claro, se a coisas não mudarem, se os socialistas da California e de New York não começarem a se meter por lá. Por isso vou manter minha atenção lá nos próximos anos. E agora quero uma propriedade com um rio ou pelo menos um riacho passando dentro dela, já que não só quero pescar mas quero garimpar também.
É por isso que continuo trabalhando. Pra isso e pra aumentar o tamanho do alcance da minha IF. Quando eu tiver a grana e ficar de saco cheio de trabalhar, vou começar a fuçar nos sites de imóveis (mentira, já to fazendo isso agora) e vou puxar o gatilho, assim como fiz quando chegou a oportunidade de sair do Brasil.
Aprendam sobre dinheiro. Sem preconceitos contra dinheiro ou contra quem tem mais dinheiro ou sabe mais que vocês, procurem aprender com essas pessoas ao invés de afastá-las. Essa é uma lição que sigo e me abriu os olhos pra muitas coisas que não aprendi em casa nem em escolas.
Propósito
Pra finalizar, aqui será rápido. Se você não tiver um propósito na vida, sua vida será um desperdício. Falei disso no Um Ano de América também. O ser humano precisa ter um objetivo pra seguir.
Se você quer desesperadamente mas não consegue achar um propósito, objetivo, sonho, etc, siga essa dica: faça a independência financeira ser o seu objetivo. Use os passos acima. Pergunte-se como, quais são as ferramentas que vocês tem com vocês, quais vocês precisam aprender, meçam os custos benefícios dessas ações, aprendam a ser autossuficientes, não foquem apenas em lazer inútil e aprendam sobre dinheiro.
Simplesmente durante esse caminho, você vai ter experiências novas e no fim vai acabar achando aquilo que você quer ser e fazer. Aquela missão que não tem nada a ver com ganhar dinheiro, pois o dinheiro é apenas a ferramenta que vai te proporcionar tempo.
Não precisamos viver vidas de desespero silencioso. Não se entreguem à resignação. Deixem a entrega apenas pro dia que forem morrer.
Já indiquei no meio do texto mas indico novamente: leiam Walden, a obra do Henry David Thoreau, vocês vão gostar.
P.S. Me perdoem por erros de português que deixei passar na edição e caso a parte sobre a China for um comentário muito sensível à integridade legal do fórum (especialmente a parte que fala sobre QI), podem derrubar sem problema nenhum, pois é um assunto politicamente incorreto. Um grande abraço aos confrades.