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Como se tornar uma máquina de ímpeto: Combine princípios psicológicos poderosos para melhorar a motivação, construir autoestima, e ser um vencedor
Publicado em janeiro 27, 2015 por Daniel Castro
por Ludvig Sunström
Tradução: Daniel Castro
Revisão: Iara Terra
“Você é uma máquina!” “Você está sempre fazendo algo, é como se você fosse um homem máquina.” “Você é uma máquina absurda cara — você simplesmente não para de seguir em frente.” (Etc.) Muitas pessoas me disseram que eu sou uma “máquina” nos últimos 3 meses. A coisa engraçada é que nenhuma dessas pessoas sequer conhece as outras. De qualquer modo, este é provavelmente o elogio mais lisonjeante que eu já recebi – porque eu sinto que o mereci. Se eu sou uma “máquina” agora, eu certamente não era há alguns anos. Foram necessários muito trabalho e estratégias espertas para eu chegar onde estou agora. E eu tive de aprender algo importante. . . . . . Você pode adivinhar o que este algo importante é? Eu acho que sim. É isto mesmo — é o conceito de ímpeto. . . . . . Como consegui-lo. E como mantê-lo. Todas as pessoas que conquistam muitas coisas entendem o que é necessário para criar uma rotina poderosa. Eles sabem como implementar hábitos positivos. E elas dominaram a fina arte de se tornarem motivadas. Estas pessoas sabem disto em primeira mão. Elas podem não entender a psicologia por trás disto. Elas podem não entender os processos por trás disto. Elas podem ter conseguido tudo intuitivamente graças a uma bússola interna forte. Talvez elas tiveram sorte? Eu não sei. Mas eu sei que. . . . . . Cada pessoa que conquistou muitas coisas entrou profundamente no círculo virtuoso do ímpeto. E hoje, nós vamos explicar o que isto significa. Aqui vai um pouco do que vamos falar sobre:
- Como a autoestima é construída.
- Porque é usualmente melhor usar o processo da mudança incremental para melhorar a sua vida no longo prazo.
- Como usar diversos princípios psicológicos poderosos para aumentar a motivação e a consistência de execução.
- Como vencer todos os dias!
Citação:[Nota: Este artigo é enorme, com cerca de 6.000 palavras. Eu poderia transformá-lo em uma série de 2 a 4 partes se eu quisesse. Mas eu penso que desse modo ele ajudaria menos. Todas as coisas que você está prestes a aprender estão fortemente interconectadas e são usadas juntas em combinação. E a melhor maneira de aprender isto é primeiro se imergindo e absorvendo toda essa informação de uma só vez.]
Cavalheiros: Abram seu livro de notas, fiquem prontos, e vamos começar com. . .
A verdade sobre a autoestima positiva
Muitas pessoas hoje em dia pensam que ter uma autoestima positiva significa “estar O.K com quem você é”. Existe algo chamado movimento sentir-bem. Talvez você tenha ouvido falar sobre ele. Ele consiste em um punhado de “especialistas de auto-ajuda” que administram empresas, escrevem livros, dão palestras para dizer que você já é bom o suficiente do jeito que você é, não importa quem você seja. Em outras palavras. . . . . . Eles estão no negócio de dizer às pessoas o que quer que elas queiram escutar. E adivinhe o quê? Verdades inconvenientes sobre sucesso, motivação e autoestima não são bem colocadas nesta lista. Elas não vendem. Estes bastardos safados dizem para as pessoas coisas como: “É totalmente correto ser um gordo de merda estar um pouco acima do peso. Você é bom do jeito que você é. Não é o que está fora que importa, é só o que está dentro. Comece a se amar e blá blá blá. . .” E então o pequeno perdedor acredita naquilo. Porque é confortável. É uma verdade conveniente. E além disso ele quer acreditar nela. Se ele acreditar nisso ele não precisará levantar pesos ou desenvolver disciplina. Então, o pequeno perdedor tenta se convencer de que ele é bom do jeito que ele é (obviamente isso não funcionará) ao acreditar em alguma merda sobre “se sentir bem”. E adivinhe o quê? Esta crença é realmente perigosa se você quiser melhorar de vida e ser bem sucedido. Porque o sucesso (em qualquer área da vida) é sempre sobre adaptabilidade. E se você achar que você já é bom do jeito que você é — e que você não tem de mudar suas atitudes – o quê vai acontecer? Eu te conto o quê. . . Você não vai definir objetivos e ter a motivação para executá-los consistentemente. O quê, diga-se de passagem, é como você constrói a autoestima real. (mais sobre isto em breve). Então muitas pessoas compram as diversas “crenças em se sentir bem” de merda para acobertar a sua falta de autoestima positiva. E tudo bem com isso. . . . . . Se elas quiserem ser perdedoras. Se elas quiserem consolação de curto prazo. Se elas quiserem se sentar sobre suas bundas e não fazer nada. Mas isto NÃO deve ser confundido com ter uma autoestima positiva. Autoestima positiva só pode ser conquistada ao termos experiência em primeira mão com o sucesso, onde o sucesso é definido como chegar mais próximo de seus objetivos. Autoestima positiva é sobre acreditar em si mesmo para fazer a coisa certa. . . . . . E o quê é a “coisa certa”, você pergunta? A “coisa certa” é fazer aquilo que você quer e deseja. Se você tiver uma autoestima positiva você irá automaticamente se levantar e conseguir o que você quer da vida. Porque você terá construído hábito:
Citação:Hábitos ativos se fortalecem pela repetição mas os passivos são enfraquecidos –Joseph Butler
É realmente simples assim. E quanto mais você AGIR em seus desejos, mais fortes eles ficam e melhor a sua autoestima se torna. Então você vê, a autoestima positiva não tem nada a ver com a merda passiva de “se sentir bem”. Isto é só um prêmio de consolação para perdedores tentando se iludir até se sentir melhor sobre sua falta de conquistas. E isto é fraco, nojento e patético. Aqueles bastardos safados do movimento de se sentir bem são mentirosos profissionais. Por exemplo, semana passada eu estava correndo e passei por uma banca de jornais. Na primeira página havia uma notícia sobre “Os perigos de se exercitar e comer saudavelmente”. A premissa do artigo era que basicamente você não deve se preocupar muito com a ‘moda fitness’ porque. . . . . . Você é bom do jeito que você é. E sequer tente ser parecido como uma estrela de cinema porque você não conseguirá, e não será bom para você — diz o especialista – e é perfeitamente O.K se você quiser comer um pouco de doces e. . . É, certo. Você sabe, provavelmente o problema de saúde #1 no mundo ocidental é a combinação do sedentarismo com uma dieta ruim. E quais tipos de pessoas fazem esta combinação perigosa? São pessoas preguiçosas e sem ambição que ficam presas a comidas modernas insalutares. Elas inconscientemente as usam como consolação. E adivinhe o quê? A última coisa que essas pessoas precisam é de mais uma desculpa ou justificativa porque é “O.K” manter seus hábitos insalutares. A verdade disto é realmente simples, de verdade. . . Pessoas que ficam paradas não fazendo nada se condicionada a quê? A continuar não fazendo nada. E isto é o exato oposto de entrar em um círculo virtuoso de ímpeto. Você deve olhar para a vida como uma longa série de repetições. E para mudar sua vida você tem de deliberadamente induzir o tipo correto de repetições. O tipo que te leva para mais perto de seus objetivos e constroem autoestima. A questão então se torna: O que é necessário para. . .
Construir uma autoestima positiva
No file Clube da Luta, Tyler Durden acertou quando ele disse que:
Citação:Você não é o seu trabalho, você não é o quanto de dinheiro você tem no banco. Você não é o carro que você dirige. Você não é o conteúdo de sua carteira. Você não é sua maldita calça cáqui. . .
Porque nada disso importa muito para a sua autoestima. Sua autoestima é subjetiva — e é construída sobre uma coisa somente: Saber o que você quer na vida — e conseguir! E como você consegue o que quer na vida? Primeiro se pergunte estas três perguntas:
- O quê eu quero?
- Como posso conseguir?
- O quê eu preciso fazer especificamente?
- Torná-lo mensurável
- Transformar o objetivo em algo que você pode fazer todos os dias (uma ação diária que você pode implementar como hábito)
- Você começa a executar o seu objetivo como louco.
Como entrar no círculo virtuoso do ímpeto
Você sabia que muitas das mais habilidosas e bem sucedidas pessoas na história começaram a “praticar” (ganhar experiência) enquanto elas ainda eram jovens? Sim, é verdade. Empreendedores e homens de negócios em particular. Agora, você já imaginou o porquê disto? É porque elas foram sortudas de terem algumas pessoas espertas e mais velhas as levando para a direção correta quando elas eram crianças. Eu recentemente li um livro sobre as pessoas mais ricas da Suécia. Cerca de metade delas vieram das famílias de elite. A outra metade eram pessoas que vieram do nada. Por exemplo, o homem sueco mais rico veio do nada: Ingvar Kamprad, fundador da IKEA. E o décimo homem mais rico da Suécia também: Bertil Hult, fundador da EF (eles vendem viagens para aprendizado de idiomas). Estes dois homens vêm de ambientes totalmente diferentes — e é fascinante estudá-los. Por quê? Porque ambos tiveram um ponto de inflexão bem claro em suas vida. Isto aconteceu quando eles entraram em um círculo virtuoso de ímpeto. Para. . .
Ingvar Kamprad
Isto aconteceu muito cedo. Ele demonstrou habilidades empreendedoriais já aos sete anos quando ele começou a comprar e vender figurinhas e coisas do tipo. Claro, ele falhou muito. . .
. . . Mas ele teve sorte que sua avó descobriu rapidamente sua inclinação para o empreendedorismo, e fez da missão dela apoiá-lo da melhor maneira que ela pudesse. A cada vez que o jovem Ingvar falhasse ela iria motivá-lo a tentar de novo. E a cada vez que estivesse vendendo algo (ele importava muitas coisas diferentes) ela sempre comprava dele. Anos depois, quando ela morreu, eles acharam várias caixas escondidas. As caixas continham todos os itens que ela havia comprado do jovem Ingvar. Ela nunca usou nenhuma delas. Ela apenas as comprou para encorajar sua “prática empreendedorial”. Então, desde cedo Ingvar Kamprad foi recompensado por fazer o que queria e por assumir riscos. Ele entrou no círculo virtuoso do ímpeto aos 7 anos e ainda não saiu dele aos 88. Depois nós temos. . .
Bertil Hult
Que não foi nem de perto tão sortudo quanto Ingvar Kamprad. Hult teve uma infância difícil. Ele começou a escola aos seis anos e logo percebeu que não gostou de lá O sistema escolar era estrito. As crianças tinham de ler em voz alta e seguir ordens. Se elas não acatassem batiam e gritavam com elas. Isto era um problema para o pequeno Bertil — porque ele tinha dislexia grave. Então a cada vez que ele tentava fazer algo — e falhava — ele era punido. E isto acontecia regularmente. Ele “aprendeu” com seus “erros” e parou de tentar para minimizar as punições. Como resultado todo mundo achou que ele era estúpido e ele foi colocado em uma classe com crianças lentas e retardadas. Pelos dez anos seguintes ele foi ignorado pelos professores e não aprendeu muito na escola. Ele caiu em um estado de incapacidade aprendida. No final de sua adolescência ele saiu da escola e sua autoestima caiu a seu ponto mais baixo. Ele então conseguiu um trabalho como garoto de recados de um banco. No trabalho ele tinha de vestir um determinado uniforme. Um dia seu chefe o mandou entregar o uniforme. Hult ficou amedrontado e imediatamente imaginou que estava sendo demitido. Mas ele não estava. O chefe devolveu o uniforme a ele, com os bolsos das calças costurados. O chefe lhe disse: “Daqui por diante, eu quero que você ande com suas costas retas, sua cabeça no alto, e que você nunca coloque as mãos nos bolsos novamente.” O chefe percebera que as tendências de perdedor de Hult eram refletidas e manifestadas em sua linguagem corporal, e decidiu que ajudaria a resolver isto. Dali por diante a vida de Bertil Hult melhorou dramaticamente. Ele finalmente fora notado após 10 anos sendo ignorado. E ele começou a trabalhar insanamente para deixar seu chefe orgulhoso. Ele colocou tudo o que tinha em seu trabalho e foi promovido diversas vezes nos anos seguintes. Então o banco ofereceu a ele para mandá-lo a Londres e paga-lhe para aprender inglês (isto foi há 60 anos quando suecos ainda eram ruins com a língua inglesa). De novo, a dislexia de Hult era um grande problema. Mas graças a suas habilidades muito desenvolvidas de escuta ele conseguiu dar conta — por pouco. Quando ele voltou a trabalhar para o banco ele percebeu algo muito importante: Que ele jamais iria mandar no banco — e fazer dele o maior de seu setor — por causa de sua dislexia. Ele então assumiu um risco grave ao sair de seu trabalho e começar um negócio próprio. E o resto é história. Conforme você pode ver, estes caras começaram a “ganhar” cedo na vida. . . . . . E nunca pararam. A avó de Kamprad o ajudou a vender desde novo. O primeiro chefe de Hult o ajudou no final de sua adolescência. Literalmente existem “vencedores” e “perdedores” na vida, e não é só porque estou dizendo. Vencer te transforma em uma pessoa diferente. Vencer te muda em um nível celular, e se você quiser entrar no círculo virtuoso do ímpeto você precisa de. . .
Usar o Efeito Vencedor
alexander winner effect self-esteemQue é um termo usado na biologia. Eu aprendi este termo pelo neuroscientista Ian Robertson enquanto lia seu livro (que tem o mesmo nome (NT. The Winner Effect)). Basicamente, o que o efeito vencedor significa é que uma vez que você sente o gosto da vitória você não vai querer voltar a perder. Cada vitória aumenta sua autoestima aos poucos. Vencer na verdade transforma a sua biologia.
Citação:Vencer aumenta o número de receptores de dopamina no cérebro, o que te faz mais esperto e corajoso. –Ian Robertson
O termo efeito vencedor foi cunhado por biólogos que perceberam que um animal que acabara de vencer uma luta por território, era mais propenso a vencer a próxima luta também. Você pode adivinhar por quê? É porque o vencedor tem sua testosterona e sua dopamina aumentadas. (É isso mesmo — vencedores se tornam mais másculos e dominantes que perdedores.) E vice versa. Se você estiver constantemente perdendo ou falhando em coisas você terá níveis menores de testosterona e dopamina. Você se tornará tímido e inseguro. Por exemplo. . . . . . Bertil Hult estava dentro do “efeito perdedor” até que seu chefe o ajudou a sair dele. Isto significa que seus níveis de stress (cortisol) estavam altos e que sua testosterona estava mais baixa do que deveria. Treinadores de esporte habilidosos entendem o efeito vencedor. Isto é provado pelo modo que eles colocam seus atletas contra adversários fracos, para incrementalmente aumentar a autoestima deles. Cus D’Amato, que foi mentor e treinador do jovem Mike Tyson, era muito bom em fazer isto. Por vários anos ele deliberadamente colocou Mike para lutar contra boxeadores fracos, para criar uma grande sequência de vitórias para ele. Cus se referia a estes oponentes como “presas” ou “comida”. E eles eram.Tyson winner effect positive self-esteem Mike os nocauteava no começo do primeiro assalto. Quando ele tinha 16 anos seus adversários o temiam. Alguns até mesmo desistiam das lutas. Neste ponto Mike tinha um poderoso efeito vencedor trabalhando para ele. Muito depois, quando Mike Tyson saiu da cadeia e planejou recuperar seu título, Don King usou a mesma estratégia. Ele deu a Tyson duas lutas fáceis antes da do título para aumentar sua confiança. Tyson derrubou Peter McNeeley no primeiro assalto, e então no terceiro ele derrubou Buster Mathis. Quando ele finalmente enfrentou o então campeão, Frank Bruno do Reino Unido, Mike ganhou a luta (sem impressionar) com um nocaute técnico e recuperou seu cinturão. Se ele não tivesse conseguido duas vitórias fáceis talvez nem isso ele tivesse conseguido. Em outras palavras: O efeito vencedor é importante para sua motivação e autoestima. E, felizmente. o efeito vencedor não se aplica somente a bater em pessoas. Por exemplo, jogadores de xadrez e de videogames são afetados por ele também. Alguns dos principais modos que você pode usar o efeito vencedor, e conseguir aumentos na testosterona e na dopamina, são:
- Consistentemente se superando
- Quebrando recordes (pessoais)
- Ganhando competições
- Subindo ao topo de uma hierarquia social
Você quer que coisas positivas aconteçam incrementalmente
E vice versa — você quer que as coisas ruins venham todas de uma vez. Por que é assim? Bem, porque é assim que o cérebro funciona. Aqui está um trecho do livro Seeking Wisdom, de Peter Bevelin:
Citação:“Mary nunca empacota os presentes de natal das crianças em uma única caixa.” Uma vez que nossas experiências parecem mais longas quando quebradas em segmentos. nós queremos ter experiências prazerosas divididas em segmentos, mas as dolorosas combinadas. É por isso que Mary coloca os presentes em várias caixas. Recompensas frequentes parecem melhores.
Recompensas frequentes parecem melhores. Continue lendo, e isto fará mais sentido.
Citação:Nós preferimos uma sequência de experiências que melhoram ao longo do tempo. Perder U$100 primeiro e então ganhar U$50 parece mais recompensador (NT.: ou menos frustrante) que primeiro ganhar U$50 e então perder U$100. Nós queremos nos livrar das más experiências primeiro. Perdas imediatas são preferidas em relação a perdas postergadas. Assim como não gostamos de más experiências, nós também não gostamos de esperar por elas. Queremos que elas acabem rapidamente.
Então, as implicações disto são que:
- Para melhorar a motivação e boas emoções: Você quer se colocar em uma sequência de eventos consistentemente melhores, mesmo que levemente melhores.
- Para minimizar o dreno da motivação (tristeza, pesares etc.): Você vai querer que as coisas negativas passem o mais rapidamente possível.
Entender e usar o poder da consistência
Porque seu cérebro é programado para a consistência em vários modos (NT.: Sobre o assunto, eu recomendei o livro O Poder do Hábito, aqui). Primeiramente, eu quero mostrá-los alguns modos em que pessoas sem saber usam isto contra elas próprias. E você quer evitar isto. Por exemplo, se alguém te diz algo legal como: “Você é tão confiante e calmo”, adivinhe o que irá acontecer? Você irá querer confirmar isto. E você irá querer agir em congruência com as expectativas colocadas sobre você. Negociantes habilidosos sabem disto, e elogiam seus adversários no começo das negociações para conseguir um acordo melhor: “Uau, você realmente fez um bom trabalho ao nos dar todos os detalhes. Você é um cara tão legal, Rob, você sempre nos dá um acordo bom.” Quando Rob escuta isto ele inconscientemente irá querer agir como alguém legal e dar aos outros caras um bom acordo (se ele for um negociante mal treinado). Isto é às vezes chamado de “Efeito Pigmaleão”. (Mais sobre isso em breve.) Outro aspecto da programação em favor da consistência é o conceito de dissonância cognitiva. Se você pegar uma ação específica você irá pós-racionalizar seus pensamentos para criar uma narrativa interessante que irá explicar porque você fez aquilo. Por exemplo, vamos dizer que você está dirigindo na estrada, e você vê um cara no passeio que parece estar ferido e com frio. Mas por algum motivo você é devagar para reagir a isto, e sem querer continua seu caminho. O que irá acontecer? Aqui vai o quê você provavelmente pensará: “Eu deveria ter parado para ajudá-lo. . .Mas. . . Tanto faz. Alguma outra pessoa vindo de trás irá ajudá-lo de qualquer jeito. Além disto, eu preciso ir à minha reunião agora. Sim. Eu estou realmente atarefado. Eu não tenho tempo para voltar atrás.” Aqui vai outro exemplo, assumindo que você não foi à academia por alguma razão estúpida: “Eu não fui à academia porque eu . . .eu. . . me sentia cansado. Certo. E dizem que é má ideia ir treinar cansado. É. . .Eu poderia me machucar seriamente. E eu não quero arriscar minha vida. É, eu sou esperto demais para isso. Ainda bem que eu não tive de ir à academia!” A programação para a consistência é algo muito poderoso, e ela tem um amplo campo de aplicação. Ela se aplica a ideologia, crenças, e suas ações. Digamos que você decidiu ir ao cinema com alguém no primeiro encontro. Então vocês dois se sentam para assistir o filme, e trinta minutos depois você percebe que o filme é HORRÍVEL. Seu encontro vai ser um desastre! É melhor você fazer algo. A coisa racional então é fazer algo diferente. Algo diferente: Sair do cinema e escolher um curso de ação que dá mais valor ao tempo que vocês gastarem juntos. Certo? Certo. Mas isto NÃO vai acontecer. Não. Aqui vai o que vai acontecer. . .
. . . Vocês dois vão ficar calados e fingir que o filme que estão assistindo é divertido. Por quê? É porque:
- Você gastou dinheiro comprando os ingressos
- Você investiu 30 minutos de seu tempo assistindo o filme, sem contar o tempo que gastou para ir ao cinema
- Você investiu seu status social — e não quer “criar uma cena” saindo do filme enquanto todo mundo o assiste
- E, talvez o aspecto psicológico mais importante no caso de um primeiro encontro: Você se investiu emocionalmente. . .
Alcançar o poder da consistência
Porque ela é poderosa. E conforme você percebeu, muitas pessoas estão usando vários princípios da consistência contra elas próprias. Agora, a primeira coisa que você quer saber sobre usar o poder da consistência do seu cérebro é. . .
O Efeito Pigmaleão
Que é um nome bacana para explicar porque nossas expectativas ou pensamentos são autorrealizáveis. Se você pensar coisas boas sobre si mesmo você formará altas expectativas sobre si mesmo. E altas expectativas te farão mais audacioso.
Esta é uma das razões pelas quais afirmações (autossugestão) e elogiar outras pessoas melhoram a autoestima e o desempenho. Se você se achar um vencedor — logo você será. Isto significa que começando agora você irá. . .
. . .Nunca mais pensar, falar, ou escrever negativamente sobre você mesmo. Porque isto irá se tornar uma profecia autorrealizável que irá colocá-lo em um “efeito perdedor”. Vamos à próxima. . .
A cadeia de consistência
Que é meu próprio nome para a construção de uma sequência de ações consistentes.
O poder da cadeia de consistência está no fato de que tudo que você fizer todos os dias consistentemente — sem falhar — por um grande período de tempo você irá querer continuar a fazer. Ela é baseada numa combinação de princípios psicológicos como aversão a perdas, a falácia dos custos irrecuperáveis (NT.: em inglês, Sunken cost fallacy), e a formação de hábitos. (NT.: Sobre este último tema, eu recomendo o livro O Poder do Hábito).
Isto muda seu pensamento de, “Eu não deveria fumar um cigarro hoje” para, “Eu não fumo há 40 dias, e não vou começar hoje!” Uma vez que você tiver começado você não irá querer “quebrar a corrente”.
Quanto mais tempo você faz algo, mais fácil fica simplesmente continuar fazendo aquilo. Mas há mais. . . Depois você irá desenvolver uma elemento visual para se lembrar de suas conquistas. Isto irá te ajudar a colocar o seu trabalho em perspectiva, o que é uma grande ajuda para a sua motivação. Aqui vão alguns exemplos de cadeias de consistência:
- O pai de Will Smith forçou ele e seu irmão a construírem um muro de tijolos. Demorou um ano e meio de trabalho diário. No começo eles queriam desistir, mas depois que eles terminaram a fundação eles não queriam parar mais
- Arnold Schwarzenegger marcava com giz na parede da academia a cada série de exercícios que ele fazia
- Jerry Seinfeld usava grandes calendários nos quais ele colocava um “X” para cada dia que ele escrevia piadas. (Você vai encontrar um calendário para impressão no final deste artigo)
- Escolha um objetivo.
- Escolha uma data limite para quando o objetivo deva ser completado (18 meses é um molde temporal bom)
- Transforme o objetivo em um formato que permite que você aja nele todos os dias. você faz isso ao. . .
- . . . Fazer do objetivo algo mensurável. Quebre-o em pequenas partes. Por exemplo:
A tendência ao compromisso
Que significa que se você se comprometer a fazer algo você aumentará sua chance de sucesso. Em algum momento você provavelmente já escutou sobre pesquisas indicando que pessoas que escrevem seus objetivos têm mais chances de consegui-lo. Mas isto é mesmo verdade? Sim, é verdade. Então tenha certeza de escrever seus objetivos. E após escrever seus objetivos você olha para eles diariamente para melhor seu reconhecimento de padrões. Existem muitas pessoas inteligentes que nunca transcendem a mediocridade — apesar de seu talento. Adivinhe por quê. É porque elas não têm a coragem de se comprometer com um curso de ação definitivo. Elas têm medo de definir objetivos e se ater a eles. Elas têm medo de falhar. Elas têm medo de se envergonhar. . .
. . . E a razão pela qual estou te contando isto é porque todo mundo se beneficia de fazer compromissos. Você pode não ficar confortável fazendo isto, mas você irá se beneficiar disto. Nem todo mundo necessariamente irá se beneficiar de fazer compromissos públicos e ser cobrado por outras pessoas. Porém, algumas irão. Você deve experimentar para ver de que tipo você é. (Eu já falara sobre isto sobre definição de objetivos: você deve falar sobre eles ou não?) Aqui vai algo para você considerar. . . . . . Das as coisas que eu escrevo sobre aqui no SGM, sob meu próprio nome, você acha que isto me faz mais ou menos motivado em melhorar meu desenvolvimento pessoal? O quê você pensa? Exatamente. Isto é mais ou menos o que você precisa saber sobre os princípios psicológicos da consistência. Agora, vamos olhar para algumas perguntas desculpas típicas.
Perguntas comuns sobre ímpeto, motivação e consistência
Ajuda! Eu não estou no círculo virtuoso do ímpeto e já passei dos 30 anos! É muito tarde para mim? Acalme-se. Não, não é muito tarde para você. Jamais pense isto. Jamais tenha um pensamento que atrapalhe seu sucesso. Escolha ser desiludidamente positivo. Use o Efeito Pigmaleão. Pense como um vencedor e logo você será um. Muitas pessoas se autossabotam antes mesmo de agir. Elas fazem isto porque. . .
. . .Elas estão em homeostase. E seus cérebros tentarão impedi-las de usar mais energia do que elas estão acostumadas a usar. Se elas estiverem inativas elas irão arrumar qualquer desculpa para permanecerem inativas. O cérebro não quer evoluir. Mas se lembre que. . .
. . . Seu cérebro não é seu chefe. Nem é seu amigo. Ele é seu empregado. Trate-o como tal. Você deve antecipar esta resistência — homeostase — quando você estiver mudando seus hábitos e estiver entrando no círculo virtuoso do ímpeto. Agora, se você tem ou não este ímpeto agora é irrelevante. Tire isto de sua cabeça. Estava fora de seu controle até agora há pouco. Não perca energia se culpando por coisas das quais você não sabia. Mas você sabe agora. Então faça o que tem de ser feito para entrar neste círculo virtuoso. Combine as coisas que você acabou de aprender. Seja pragmático.
Ajuda! Como usar o “efeito vencedor”? Primeiramente, você deve ter um objetivo claro sobre o que você irá fazer. Em segundo lugar, você irá querer conseguir ganhos incrementais rumo ao seu objetivo. Você faz isso ao deliberadamente se colocar em uma série de pequenas e consistentes vitórias. E é muito importante que estas vitórias sejam consecutivas. Você deve querer ganhar o tanto quanto possível, de preferência todas as vezes. Recompensas frequentes são o melhor. Como você pode garantir isto? Começando pelos passos mais fáceis do que você faria de outro modo. . . . . . E aumentando a dificuldade aos poucos, a cada vez. Aqui vão alguns exemplos pessoas de como eu usei o efeito vencedor com resultados positivos:
- No último mês eu corri quase todo dia. Eu comecei aos poucos e aumentei isto incrementalmente. No primeiro dia eu corri por 35 minutos e no último dia do mês eu corri por 95 minutos. Eu acho que a maior mudança foi mental (e não que minhas pernas tenham ficado mais fortes).
- Há 2 anos e meio eu comecei a tomar banhos gelados. Eu comecei com água morna. Então eu fui abaixando a temperatura aos poucos de cada vez. No começo eu tinha dificuldades para respirar e não conseguia ficar debaixo da água por muito tempo. Hoje, eu consigo ficar debaixo da água mais gelada por minutos e ainda respirar mais ou menos normalmente.
- Há pouco mais de 3 anos eu comecei a ler. Eu troquei os videogames pela leitura de livros. No começo eu não conseguia ler por mais de 15 minutos sem perder o foco. Após um mês eu conseguia ler por mais de uma hora.
- Há 1 ano e meio eu comecei a escrever no meu livro “commonplace” todos os dias. (NT.: Commonplace é um livro de notas para sintetizar e tornar mais fácil o acesso a novos conteúdos e aprendizados) Ajustar o sistema foi difícil. Mas uma vez que eu consegui, foi fácil continuar. E eu tenho melhorado o sistema desde então. Oh, e por sinal: Imagine o tanto que eu me comprometi/investi neste processo — a tendência à consistência assegura minha motivação permanente.
- Há pouco menos de um ano eu comecei a blogar seriamente e a fazer posts como convidado. Quando eu fiz isto eu deliberadamente comecei aos poucos para progredir mais lentamente e incrementalmente aumentar minha confiança. Agora eu me sinto confortável escrevendo para qualquer site grande do mundo. De maneira alguma isto seria verdade um ano atrás.
. . . Se você é do tipo de pessoa que se beneficia em ser cobrado por outros (compromisso público), você deve descobrir uma maneira de usar isto. Assim como Muhammad Ali fazia quando ele dizia a todos que ele era “o maior de todos”. E lembre-se, ele continuou a dizer isto por anos até isto se tornar a verdade.
A maioria das pessoas não têm a coragem de fazer isto. Elas têm medo que os outros as achem arrogantes, e que elas estejam contando vantagem. Mas . . . não é contar vantagem se for de verdade. Há uma grande diferença entre ser convencido e ser confiante. Se outras pessoas não são espertas o suficiente para entender isto — fodam-se elas. Diga a si mesmo que você é o melhor e aja como se fosse verdade. Em alguns países — como a Suécia — pessoas perdedores irão te dizer para ser mais humilde. Como você lida com isto? Você não lida. Você as ignora. Ninguém se importa com um perdedor humilde de qualquer modo. Você poderá ser humilde quando você for um vencedor. Entendeu? Bom.
Como ser um vencedor todos os dias
Agora que você conhece o círculo virtuoso do ímpeto você pode começar a usá-lo em sua própria vida. Aqui vai como:
- Você constrói autoestima positiva de verdade ao executar seus objetivos. E você cria objetivos ao responder às seguintes perguntas:
- O quê eu quero?
- Como eu posso conseguir?
- O quê eu preciso fazer especificamente?
- Sua autoestima não é só baseada em conquistas – ela é principalmente baseada na consistência de execução. Você constrói a autoestima incrementalmente, aos poucos, todos os dias ao quebrar recordes, fazer coisas assustadoras, e criar novos pontos de referência.
- Você deve se preparar para usar o “efeito vencedor” tão logo quanto possível. Você deliberadamente se prepara para uma série de vitórias consistentes e constrói a confiança um pouco de cada vez. Você entra em ciclo autorrefortificante de dopamina e testosterona.
- A mudança incremental dá mais motivação que a mudança repentina dá. Você quer que as coisas boas — as recompensas — venham incrementalmente. E que as coisas más venham todas de uma só vez.
- Seu cérebro é feito para comportamentos consistentes. Existem muitas explicações para como a consistência engana seus pensamentos. E isto pode ser algo bom ou ruim. Para a maioria das pessoas é algo muito ruim. Porque elas sem saber deixam que isto trabalhe contra elas. Você deve descobrir maneiras de usar isto, usando. . .
–A “Cadeia de Consistência” ao transformar seus objetivos para um formato que te permite tomar ações diárias em direção a eles, de modo a permitir uma grande cadeia execução consistente. Então você adiciona um elemento visual para se lembrar de seu progresso e conquistas (veja os recursos abaixo).
–A “Tendência ao Compromisso” ao colocar seus objetivos (não importa o quão pequenos) por escrito ou ao pronunciá-los em público para você poder ser cobrado. Quando você combinar estes princípios psicológicos você se tornará uma máquina – uma máquina de ímpeto.
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Fonte: https://nuvemdegiz.wordpress.com/2015/01...-vencedor/