03-08-2017, 10:15 PM
Olha eu aqui. É leitor, infelizmente o tempo anda escasso como sempre digo e você está enjoado de saber, por isso ando meio ausente do blog. Hoje falo sobre algo que todos nós vamos experimentar: a morte.
A morte pode nos ensinar muito, mas geralmente nos esquecemos dela. Eu não sou uma exceção, eu também esqueço que vou morrer um dia. Por que venho aqui hoje refletir sobre as lições que a morte nos ensina sobre viver? Por que me lembrei dela? Perdi um amigo dias atrás, agora no fim de Janeiro (Update: Janeiro de 2016, pouco antes de escrever esse artigo na época).
Esse meu amigo era apenas um pouco mais velho que eu. Não tinha nem 40 anos. Há pouco mais de 1 ano descobriu que tinha câncer. Fez o tratamento e em um primeiro momento a doença pareceu regredir, mas depois voltou com mais força e se espalhou. No começo do ano fui visitar esse meu amigo pela última vez. Ele já estava de cama. O que era um cara atlético que gostava de correr e jogar futebol, se vestia bem e era asseado, tornou-se uma caveira com pele repuxada na cama, fedendo à urina. Não sei se o que me chocou mais, se foi a aparência debilitada dele ou ver a angústia nos olhos da mulher e da filha que tem apenas 7 anos e custava a entender o que estava acontecendo ali. A morte dele me fez refletir muito nos últimos dias e como eu disse acima, é a razão desse artigo.
Este é um assunto sombrio, sem dúvidas. Portanto vou tentar escrever de uma maneira diferente, de forma literária, que é uma maneira mais leve e descontraída de abordar assunto tão pesado e controverso. Escrevo um diálogo com suas pitadas de humor, onde vou chamar a morte pra conversar numa mesa de bar. E assim mostrar os meus pontos de vista à cerca da morte (e da vida). O meu falecido amigo citado gostava de fazer piada de tudo, inclusive da situação dele, acho que ele gostaria de ler esse texto.
A conversa
A morte: Por que você me chamou aqui Rover? Não chegou sua hora ainda. E não precisa ficar com medo de mim, porque eu sei que você tem. Não precisa e nem importa. você não vai conseguir prevenir que eu apareça de novo algum dia. Eu sei que muita gente não gosta nem de ouvir o meu nome, mas tudo bem.
Rover: Deve ser porque as pessoas tem medo do desconhecido e de ficar longe das pessoas que elas gostam/amam.
A morte: Também. Mas não é só por isso. Até as pessoas que sabem que estão próximas de receber minha visita não querem saber de mim. Elas não querem aprender sobre mim, se planejar para a minha visita. Parece até que me odeiam, como se eu tivesse feito algo para elas.
Rover: Acho que é porque você acaba matando elas.
A morte: Alguém tem que fazer o serviço. Mas não sei porque o exagero. Quando falam de mim até parece que alguém morreu, todo mundo fica sério. As pessoas simplesmente não gostam de mim. E são ingratos. Sou eu que dou sentido à vida delas. Sou eu a força por trás de todas as metas e religiões que elas seguem.
Rover: Como assim você que dá sentido à vida? Você é a morte!
A morte: Oras, Rover. É claro que eu sou o sentido da vida de vocês. Se imagine como um imortal por um minuto. Uma vida em que eu não venha mais te visitar. Parece maravilhoso, não é? Viver eternamente. A maioria das religiões promete isso para a "vida após a morte".
Rover: Seria ótimo, fantástico. Aliás, o que existe depois da morte do nosso corpo, quero dizer, quando você vem fazer uma visita?
A morte: Infelizmente é contra as regras eu te dizer isso. Mas imagine você sendo imortal. Como seria ser imortal?
Rover: Eu nunca parei pra pensar seriamente nisso.
A morte: Eu vou dizer pra você como seria. SERIA CHATO PRA CACETE!!!
Rover: Cara, fala baixo, as pessoas estão olhando pra nossa mesa. E como assim seria chato?
A morte: É o que eu estou dizendo. Seria chato demais. Tão chato que você tentaria se suicidar muitas vezes, igual naquele filme do Bill Murray chamado Groundhog Day (Feitiço no Tempo) em que ele fica repetindo o mesmo dia milhares de vezes.
Rover: Eu já vi esse filme. Por um lado seria legal, mas com um dia só pra viver e depois começar tudo de novo como no filme, ficaria chato. Mas uma vida imortal, com um dia após o outro. Acho que não hein.
A morte: Engano seu. No começo seria maravilhoso. Por algumas décadas você poderia se tornar muito bom em muitas coisas, conseguir muito dinheiro, fama, mulheres, posses, etc, você provavelmente dominaria o mundo. Criariam uma religião pra você. Mas depois de passado um tempo, você não iria nem querer mais sair da cama pela manhã. Nada importaria mais. Sabe por que? Porque tudo seria muito fácil, muito sem graça. Não teria desafio. Acredite em mim, depois que você conseguisse tudo que você quer de material, que conseguisse visitar todos os lugares que quer, tudo perderia a graça. E seus entes queridos, amigos? Ver todos morrendo enquanto você ficaria aqui.
Rover: Bom, vendo por esse lado...
A morte: E suas realizações, seus esforços? Não significariam nada. Pois não existe senso de vitória sem dificuldade.
Rover: Bom, isso é.
A morte: Você gosta de futebol, Rover?
Rover: Não muito, por que? Prefiro futebol americano.
A morte: Que seja, mesmo assim vou dar o exemplo. Imagina um jogo que começa e nunca mais acaba. Não vai existir um perdedor e nem um vencedor. Qual a graça nisso? Depois de alguns tempos de jogo você vai ficar de saco extremamente cheio. Quer saber a real da coisa?
Rover: Sim, qual é?
A morte: Vocês humanos, precisam de prazos. Vocês tem um dia de nascimento e um dia de morte. Sem isso, a vida de vocês não teria significado. Vocês precisam de prazos para se sentir motivados. E ainda sim, as religiões vendem vida eterna. Como você acha que seria uma vida eterna sem certos prazeres da Terra. Se na Terra com "tudo liberado" seria chato demais, imagine em outro lugar controlado.
Rover: Não sei, eu não sou religioso. E já que você não quer ou não pode me dizer o que ocorre depois da sua visita eu não me preocupo muito.
A morte: Hoo ah! Muito bom. Você está certo, é isso que as pessoas deveriam fazer. E sabe o que mais? As pessoas deviam se planejar pra minha visita.
Rover: Como assim se "planejar"? Você quer dizer comprar um túmulo e ir escolher seu caixão igual aqueles malucos que de vez em quando aparecem na TV?
A morte: Não, não, claro que não. Quero dizer que as pessoas deveriam descobrir o que querem fazer da vida delas e fazer. Eu sei que você gosta de listas Rover, as pessoas poderiam fazer uma lista de tudo que querem fazer e ir fazer. Mas pouquíssimas fazem isso.
Rover: É verdade, eu até já escrevi isso no meu blog. Eu também já fiz coisas que gostaria de fazer, mas não tudo.
A morte: Eu sei que você fez. Ir viajar e se divertir muito ao invés de comprar um carro novo? Sim, eu vi. Mas você não fez tudo ainda que eu sei que gostaria porque fica com dó de perder ou gastar dinheiro.
Rover: É complicado cara, eu tenho planos...
A morte: Todo mundo tem. Pouca gente faz o que realmente quer na vida. Elas arranjam muitas responsabilidades que as prendem, ou pelo menos, acham que prendem. Na verdade a maioria gasta a vida fazendo coisas que acham que a sociedade quer que elas façam.
Rover: Não entendi.
A morte: Claro que entendeu. Pessoas vivendo sob regras ou dogmas. Elas não fazem as próprias regras. E pior aqueles que se acorrentam em bens materiais e dinheiro. Dinheiro é importante na vida de vocês, porque pode ajudar vocês a fazer as coisas que querem da vida. Mas é burrice da parte de vocês dedicar a vida toda exclusivamente a isso.
Rover: Você quer dizer trabalhar muito apenas pra comprar casas, carros e outras coisas?
A morte: Sim. O tempo de vocês é valioso, mas vocês gastam 1/3 dele dormindo e outro 1/3 trabalhando. Eu não conseguiria pra ser bem sincero. Pra que trabalhar tanto pra comprar coisas que vocês vão deixar ai?
Rover: Isso é verdade, mas mesmo assim desperdiçamos tanto tempo trabalhando. Precisamos de dinheiro se queremos aproveitar a vida de algum modo.
A morte: Claro, mas é preciso ser inteligente e encontrar um equilíbrio entre trabalhar pra comprar o suficiente e poder aproveitar o tempo restante. Sabe quando as pessoas começam a morrer Rover?
Rover: Não. Quando?
A morte: Dizem que o ser humano começa a morrer a partir do momento em que nasce, mas isso não é correto. Ele nasce e se desenvolve, cresce, aprende, o corpo muda. É quando seu corpo para de se desenvolver lá pelos 19, 20 anos de idade, ai sim ele começa a envelhecer e morrer. E quando uma pessoa chega nessa idade, ela já deveria ter aprendido a começar a se planejar para minha visita. Mas não. Todos os dias eu visito gente que não aprendeu isso. Gente que trabalha muito tempo em um trabalho que odeia, só pra pagar alguns luxos pra se exibir pra outras pessoas que também estão presos nesse círculo vicioso.
Rover: Já pensei muito nisso também.
A morte: A maioria é assim. São poucos os que criam alguma coisa que valha a pena, que exploram, que aprendem por aprender e não querendo algo em troca. A maioria na verdade assiste muita TV e navega muito na internet Rover, posso te garantir. E o tempo da vida deles passa.
Rover: Talvez esse seja o mal da nossa geração.
A morte: Talvez. O que quero dizer é que são poucas as pessoas que estão prontas para receber minha visita. Eu gosto muito quando eu chego e alguém me diz 'Eu vivi muito bem, fiz tudo o que eu queria, vamos lá, me leve!'. Realmente é gratificante pra mim visitar gente assim, que não fica com aquele sentimento de injustiça, de que não fez isso, que não tentou aquilo. Mas isso é bem raro. Outra coisa que não gosto é de gente que força minha visita. Eu fico puto. Sou eu que decido a hora de visitar e não vocês.
Rover: Você quer dizer os que cometem suicídio?
A morte: Sim. Cometer suicídio é uma burrice sem tamanho. Não é porque algumas religiões dizem que você vai pro inferno. Não, isso não existe. O que quero dizer é que você poderia usar seu tempo de maneira mais produtiva do que se matar. E muita gente se mata por bobagens, como dinheiro ou relacionamentos. Coisas que eles poderiam conseguir se mudassem algo aqui ou ali. Já que uma pessoa pretende cometer suicídio, porque não aproveita a sua vida e vai fazer o que quer, livre das obrigações que a maioria das pessoas acha que tem? O que se tem a perder, afinal?
Rover: Espera um pouco, você disse que não existe inferno? Ahah! Os ateus vão te amar por isso.
A morte: Ateus são chatos pra cacete. E não se engane, religiosos também são. Religiosos e ateus são insuportáveis, mas pelo menos alguns dos religiosos são humildes e mais respeitosos. Tirando aqueles caras que se explodem, é claro. Ateus acham que estão certos e se acham superiores. E fazem isso sem ter prova de nada. Os religiosos não podem se provar e nem os ateus podem. Agora quanto ao inferno, você é um cara que gosta de pensar com lógica não é, Rover?
Rover: Acho que sim, sempre tento colocar lógica e razão em tudo.
A morte: Então digamos que Deus, seja lá como ou o que ele é, seja realmente uma entidade de amor puro e benevolência total.
Rover: Ok...
A morte: E digamos que ele criou o universo e tudo nele, incluindo a Terra e vocês, humanos.
Rover: Ok, continue.
A morte: Você acha mesmo que Deus sendo a entidade de benevolência máxima, portanto, aquele que perdoa tudo, enviaria um filho seu para o sofrimento eterno em um inferno? Eu acho que não. Porque se isso acontecesse, e não estou dizendo que acontece, esse Deus na verdade seria um cara vingativo e mal. Você não quer se meter com alguém assim.
Rover: Quer dizer que gente que fez muito mal à outras pessoas não foram para o inferno? Hitler, Stalin, Gengis Khan...
A morte: Não, porque não existe um.
Rover: Quer dizer que foram perdoados na vida após a morte?
A morte: A! Ahhh Rover, eu não te disse que não posso te dizer o que acontece depois da minha visita? O que posso te dizer é que esses caras deixaram de existir na Terra e não fazem mais o mal. O tempo deles passou. Se tornaram apenas histórias tristes e lições para que aqueles no futuro não cometam os mesmos erros. Infelizmente eles escolheram fazer o mal no tempo em que estiveram aqui, mas já passou.
Rover: Então se não existe o inferno... não existe o...
A morte: Diabo? Não. O mal é como o amor Rover. Ele não é uma entidade com asas ou chifres. Ele está apenas dentro das pessoas. Todos possuem o mal e o bem dentro de si. E sabe o que permite que se opere pelo bem e não pelo mal? É simples. A razão. Veja só. Imagine uma pessoa que foi boa toda a vida, mas ficou doente de uma doença neurológica, ou seja, ela perdeu a capacidade de ter razão. Essa pessoa vai dizer coisas terríveis para as pessoas que ela ama. Coisas que poderiam ser consideradas más, mas na verdade ela apenas perdeu a razão.
Rover: Entendo.
A morte: Tem mais. A violência, que sempre me leva a fazer muitas visitas. As pessoas menos esclarecidas e geralmente mais pobres, tendem a ser mais violentas. Elas são assim porque não tiveram a razão desenvolvida o suficiente enquanto estavam crescendo, se desenvolvendo na sua infância, por falta de inúmeros recursos.
Rover: Mas existem pessoas que não são pobres, são inteligentes e que são más também.
A morte: Sim, tem razão. É claro que existem muitas pessoas que não operam pela razão, mesmo que tenham todos os recursos à mão. Esses, no caso, são assim porque são doentes e se desenvolveram de forma errada. São aqueles que vocês gostam de chamar de sociopatas e psicopatas. Aliás, como odeio fazer visita para pessoas que foram vítimas da falta de razão de outras pessoas assim. Esse país em que você vive é cheio disso Rover. Cheio de sociopatas, psicopatas e pessoas pobres materialmente, espiritualmente e intelectualmente, prato cheio para a maldade e a violência.
Rover: Nem me diga.
A morte: Bom meu amigo, eu tenho que trabalhar, tem muitas pessoas que vão receber minha visita nos próximos minutos, não posso ficar fazendo hora aqui.
Rover: Uma última pergunta, e... eu? Quando você vai voltar pra mim?
A morte: Ahh você ficaria louco se eu te dissesse. Mas vou te dar uma dica, cuide bem do seu corpo e evite correr riscos muito grandes. Fique longe desse pessoal que não age com muita razão no seu país. Fazendo isso, deve demorar pra que voltemos a nos ver. E não fique martelando na sua cabeça tudo o que eu disse. Vá viver sua vida e fazer o que quer fazer. Aja com a razão que você gosta tanto. Pois você terá tempo pra descobrir quando eu vier te visitar novamente. Seja um cavalheiro e pague a conta, sim? Até logo.
"Lembrar-se que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço de evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração." - Steve Jobs
Não sei se eu consegui mostrar a você as lições que a morte me ensinou. Eu escrevi dessa maneira, um diálogo, para tornar mais fácil entrar em certos assuntos, como o da religião que é sempre polêmico e sei que talvez eu seja atacado nos comentários por isso. (Update: e talvez seja atacado aqui novamente)
Existem dois grandes problemas principais em relação à morte.
Ou nós nos esquecemos que vamos morrer um dia e esquecemos de aproveitar nosso tempo escasso na Terra, nos dedicando apenas a acumular bens que vamos deixar para trás.
Ou nós achamos que vai existir uma existência eterna após nossa morte física e deixamos também de aproveitar o nosso tempo aqui. É ai que entram certas religiões. E é a razão porquê acho que se forem levadas ao pé da letra, só serão perda de tempo. Pois na religião você está se preocupando com algo que não tem total certeza. Afinal, é preciso ter fé. Não me leve a mal se você é religioso. Eu não sou ateu. Acho que a melhor definição para as coisas em que acredito seria que sou um agnóstico teísta. Ou seja, eu acredito que existe uma inteligência superior que criou o universo (ou universos) e que nós somos parte dessa criação. Mas é só. Não acho que tenha nenhuma influência na nossa vida diária. Nossa vida somos nós quem fazemos. Nossos obstáculos somos nós quem criamos e nossas vitórias somos nós quem vencemos, assim como nossas derrotas são fruto único e exclusivo de nossas falhas e incapacidades.
Para alguém que pensa assim como eu, a morte é algo muito importante (na verdade é pra todos). Pois estamos aqui agora, temos que fazer acontecer agora. Como diria René Descartes "penso, logo existo".
"O medo da morte sucede o medo da vida. Um homem que vive plenamente está preparado pra morrer a qualquer momento." - Mark Twain
E na minha humilde opinião, esse é o melhor dos dois mundos. Pois eu vivo minha vida tranquilamente sem ter que seguir regras ou dogmas religiosos e quando eu morrer, se realmente houver uma existência após a morte, provavelmente serei "perdoado" e aceito. Afinal, eu sou uma boa pessoa e até o presente momento, mais ajudei do que atrapalhei os outros.
Eu tive um avô, que sempre falava: "Quando eu morrer quero ir pro céu e quando chegar lá quero que cada um dos meus cachorros esteja me esperando, um sentado ao lado do outro."
Esse meu avô gostava e teve muitos cães durante a vida. Espero que ele tenha conseguido. Invejei a ideia de paraíso dele.
Enfim, ponderar a morte é algo complicado. A grande lição do artigo que fica, (e ficou para mim ao ver meu amigo definhar com câncer) caso você não tenha conseguido perceber do meu "diálogo" com a Morte, é que deve-se fazer o que tem vontade na vida (contanto que não seja prejudicial para os outros), trabalhe um pouco para realizar certas metas, mas não faça do trabalho e do dinheiro a sua razão de existir. E torne as coisas simples, fuja de regras e de gente dizendo o que você tem que fazer. Assim fica mais fácil navegar pela vida. Seja prático e sempre use a razão e a lógica para tudo. Nunca aceite nada sem refletir antes.
Curta e aproveite sua vida, não se esforce além do necessário, pois temos um prazo. E não se preocupe muito com o que vem “depois”, pois você, assim como eu e todos os outros seres humanos, teremos a chance de descobrir. Mais cedo ou mais tarde.
Comente.
Update: Decidi postar esse artigo do meu blog encerrado, porque gostaria que esse ficasse acessível para algumas pessoas e não apenas perdido num arquivo no meu computador. Como acredito que na Real a maioria dos confrades são unidos, deixo o texto para ser lido e refletido para os que desejarem. Cortei algumas partes do artigo onde eu falava sobre o blog em si (já que não interessa aqui) e infelizmente precisei cortar a última parte onde tinha um pequeno livro ilustrado sobre o que poderia acontecer depois da morte (bem interessante). Fiz isso porque infelizmente são mais de 10 imagens (limite por postagem).
Sobre a minha visão sobre religião e minha espiritualidade, quero deixar claro que a intenção do artigo não é atacar e desrespeitar ninguém que seja religioso (a não ser que você seja islâmico, nesse caso, pau no seu cu). A intenção é refletir sobre a morte e o que ela significa nas nossas vidas. Infelizmente religião é um assunto que não pode ser deixado de lado no assunto da morte. Eu fui muito criticado na época que publiquei esse artigo no PFL, fui chamado de ateu, comunista, etc. Não pretendo discutir sobre religião aqui, apenas sobre a morte e o que ela significa na nossa vida. Se os moderadores acharem ofensivo para o forum, não hesitem em excluir o post, não ficarei chateado e vou entender.
Quanto à mulher do meu amigo que faleceu, soube dela pela última vez agora no começo do ano (2017). Ela arranjou outro namorado/noivo. Mas quem sou eu pra julgar? Ela é viúva, jovem e tem que continuar vivendo a vida. Como diz o ditado "Jogo que segue!".
Artigo publicado no PFL em 04/02/2016